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Comitê Temático para Recuperação do Setor Sucroenérgetico do Nordeste vai debater pagamento da subvenção

sub liberada2Reunião já está agendada para 10 de abril, em Brasília

O Comitê Temático Interinstitucional para Recuperação do Setor Sucroenérgetico da Região Nordeste, criado no fim de 2013, já tem sua primeira missão definida: pleitear junto ao Governo Federal a celeridade do pagamento do subvenção de R$ 12,00 por tonelada de cana-de-açúcar, produzida na safra 2011/2012 e, com isso, o início do pagamento referente à produção de 2012/2013. O pedido será em caráter emergencial para amenizar a crise pela qual o setor vem passando devido à estiagem que assola a Região desde 2011. O Setor Sucroenérgetico  é responsável pela geração de 330 mil empregos diretos no Nordeste. Na Paraíba são cerca de 40 mil.

“Vamos buscar a equalização da subvenção, pois são quatro anos de luta dos fornecedores e dois dos industriais”, comentou o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Lima. A Unida é uma das entidades que integra o comitê, coordenado pela Sudene. Alexandre lembrou que a dificuldade na liberação do recurso é que a subvenção é regida por uma Medida Provisória. “Vamos pleitear para que isso se torne lei, assim poderemos garantir o seguro desemprego para o trabalhador temporário, tendo em vista que a atividade é sazonal”, afirmou.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, o pagamento da subvenção é de suma importância para o equilíbrio do setor produtivo da região. “A subvenção deveria ser permanente e não favor político. Ela deveria ser respaldada em lei porque só assim o setor nordestino consegue competir com o centro-sul”, destaca Murilo.

O Investimento em inovação, o aumento da produção, o elevado endividamento das empresas e baixo nível de mecanização e modernização tecnológica, devem ser temas constantes nas reuniões do Comitê, criado pelo Ministério da Integração Nacional (MI) e integrado pela  Sudene, setor industrial, fornecedores de cana-de-açúcar, Contag, Banco do Brasil, BNB, BNDES e Ministérios da Integração (MI), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Fazenda (MF) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Atualmente, estão disponíveis na Lei Orçamentária Anual da União R$ 50 milhões para a cana-de-açúcar e para o etanol.

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Corte mecanizado é discutido durante palestra na Asplan

deficO déficit de mão de obra especializada para o corte manual da cana-de-açúcar no setor canavieiro e a proximidade do fim do prazo para o processo de queima da matéria-prima por questões ambientais, estimulou a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) a promover debates sobre colheita mecanizada. Um dos debates aconteceu na tarde dessa quarta-feira (19), no auditório da entidade, em João Pessoa, com o relato do caso da Usina Tabu, que passou a adotar o método nesta safra 2013/2014. “A mecanização no setor da cana-de-açúcar é inevitável, pois as queimadas serão proibidas a partir de 2017”, destacou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso.

A experiência bem sucedida com o corte mecanizado da Usina Tabu, em Caaporã, foi relatada pelo engenheiro agrícola Silas Alves Monteiro da Silva com a palestra: “Corte mecanizado, solução para o déficit de mão de obra rurícola”. O debate contou com a participação de associados da Asplan e dos diretores Oscar Gouvêa, José Inácio e Raimundo Nonato, além do presidente Murilo Paraíso e vice-presidente Pedro Jorge. Na oportunidade, Silas Alves lembrou os problemas que o setor tem enfrentado e explicou as vantagens que a usina já identificou com o corte mecanizado, a exemplo da redução dos custos de produção. “A cortadeira realiza cortes inclusive em áreas de relevo acidentado, como encostas, e substitui, em média, o trabalho de 40 pessoas”, detalhou o engenheiro da Tabu.

De acordo com Silas Alves, em 7 horas de corte mecanizado foram contabilizadas na Usina Tabu, aproximadamente, 300 toneladas de cana-de-açúcar, com um custo de 7.93 litros de diesel/hora, o que corresponde a metade do valor gasto no corte manual. “Além disso, o gasto com a manutenção é pequeno e a empresa possui o diferencial de adaptar o equipamento as nossas expectativas”, ressaltou Silas Alves, explicando que no início dos trabalhos a usina pediu a empresa fornecedora da cortadeira que fizesse algumas adaptações técnicas, como o aumento do diâmetro da lamina de corte. Somado a todos os benefícios, a experiência com o corte mecanizado não apresentou danos ao solo, mantendo o processo de germinação, crescimento e brotação da cana uniforme.

Durante a apresentação de Silas Alves, foi exibido um documentário sobre a operacionalização da cortadeira utilizada pela Usina Tabu: a Centracana, da empresa Inovando Soluções Viáveis, cujo representante Félix de Castro Neto, também acompanhou a discussão e fez uma rápida explanação, que foi intercalada pela demonstração da empresa Ihara, fabricante de defensivos agrícola. Félix falou sobre a atuação da empresa no mercado e os aspectos técnicos e econômicos de aquisição da cortadeira, ressaltando que a empresa, que é especializada em desenvolver novas tecnologias para o setor sucroalcooleiro, garante total e permanente serviço de assistência técnica e treinamento de operadores para seus clientes, assim como o fornecimento de peças. “Mantemos um canal de comunicação permanentemente aberto com os clientes com o objetivo de desenvolver novas tecnologias que sejam convenientes para o setor sucroalcooleiro”, finalizou o representante da empresa.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, avaliou o debate como muito positivo. “Nestes fóruns, a gente debate questões que estão ligadas diretamente a nossa atividade e aprofundamos conhecimentos que, com certeza, repercutirão em ações que melhorarão nossa atividade de algum modo, por isso também eles são tão importantes”, destacou o presidente. A palestra dessa terça-feira (19) foi organizada pelo Departamento Técnico da Asplan (Detec).

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Setor canavieiro terá R$ 1,4 bilhão em linhas de crédito a partir deste ano

plantil canaAs linhas de crédito são destinadas para desenvolver pesquisas de inovação tecnológica

As empresas envolvidas com a cadeia de plantio e processamento da cana-de-açúcar poderão obter linhas de crédito para desenvolver pesquisas de inovação tecnológica por meio de uma nova modalidade: o Plano de Apoio Conjunto à Inovação Tecnológica Agrícola no Setor Sucroenergético (PAISS Agrícola). O Plano foi lançado nesta segunda-feira (17), na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), vai disponibilizar a partir deste ano e até 2018 R$ 1,4 bilhão para o setor. O dinheiro será liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Os recursos terão juros subsidiados de 4% ao ano, três anos de carência e prazo de dez anos para pagamento. No caso de investimentos de maior risco, os juros caem para 3,5% e a carência vai para quatro anos. A medida faz parte do Plano Inova Empresa, lançado em março do ano passado, com a intenção de aplicar R$ 32,9 bilhões em melhoramento tecnológico para ampliar a produtividade nos mais diversos setores.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, elogiou a iniciativa do Governo Federal. “A medida é muito positiva pois se constitui num aceno importante do governo no sentido de buscar uma saída para estimular o setor, que vem enfrentando, nos últimos dez anos, aumentos seguidos dos custos de produção sem que a remuneração da matéria-prima acompanhe essa evolução”, destacou Murilo. Dados da Única mostram que  nas últimas cinco safras, o custo de produção da tonelada de cana passou de US$ 15 para US$ 30.

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