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O uso da tecnologia da Internet no agronegócio ainda é insipiente no Brasil

O uso da tecnologia da Internet no agronegócio ainda é insipiente no Brasil

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raynerTema foi debatido na manhã desta terça-feira (01), durante palestra promovida pela Asplan

O Brasil é o terceiro maior produtor agrícola do mundo e a produção doméstica segue em expansão. Uma das principais explicações para o bom desempenho do país no ramo é o investimento dos produtores nacionais em alta tecnologia, que vai desde a seleção de sementes, melhoramento genético e adoção de máquinas inteligentes, com computador de bordo e GPS. Ironicamente, um entrave tecnológico persiste no campo: a falta de conexão com a internet. De acordo com o Ministério das Comunicações, são apenas 250 mil as propriedades rurais conectadas à rede mundial de computadores, ou seja, nem 5% do total do país. Mas, ao poucos esse realidade tente a mudar. E foi justamente para despertar o interesse por essa ilimitada e importante ferramenta, que a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), promoveu nesta terça-feira (01) uma palestra sobre o “Uso da tecnologia da internet e celular no agronegócio”.

Proferida pelo especialista na área, Rayner Holmes, da Ponto R Comunicação, a abordagem serviu para despertar o interesse para o uso desta ferramenta chamada Web. “Há inúmeros exemplos de aplicativos e soluções que podem auxiliar o produtor no seu dia a dia e melhorar o acompanhamento da cultura no campo, e muitos deles com acesso gratuito, outros com preços bem acessíveis, mas,  por desconhecimento, o produtor deixa de desvendar esse amplo universo de possibilidades”, destacou Rayner. Um exemplo citado pelo palestrante foi o do  Google Earth Pro, um programa pago, disponibilizado pelo Google que faz a medição de áreas  de forma precisa, ágil e rápida. “Por um valor irrisório, o produtor tem à sua disposição essa ferramenta e, muitas vezes, por não conhecê-la, deixa de utilizá-la”, destacou Rayner.

Ele citou alguns aplicativos e sites que, em sua opinião, são importantes ferramentas de informações para acesso do produtor, a exemplo do Ageitec Embrapa, do PIMS MC, da Próxima, além dos endereços eletrônicos www.agritempo.gov.br; do www.revistaplantar.com.br e do próprio site da asplan www.asplapb.com.br. Ainda segundo Rayner, com a evolução dos smartfones, tablets, etc, o acesso a web tende a se popularizar e se disseminar cada vez mais. “Hoje, no Brasil, temos 272,3 milhões de celulares, contra 195 milhões de pessoas, ou seja, temos mais aparelhos que cidadãos. Destes, 4,9 milhões de celulares estão na Paraíba e boa parte deles estão conectados com a internet”, afirmou Rayber, ao mesmo tempo em que fazia apresentações dos aparelhos mais modernos e eficientes para ter acesso a rede mundial e a todas as suas vantagens e possibilidades.

“O agronegócio brasileiro é admirado no mundo por sua eficiência, mas está muito atrasado quanto à exploração das possibilidades da internet”, afirmou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso. Segundo ele, essa realidade começa a mudar, aos poucos, no dia a dia da Asplan, já que desde o início do ano a entidade também redirecionou sua estratégia de comunicação para o mundo das possibilidades da internet, melhorando seu site e inserindo-se nas redes sociais, a fim de ampliar a integração, disseminação de ideias, atividades e ações com os seus associados.