Produtores de cana conhecem as vantagens da redução de gemas e as novidades da Yara para o manejo do plantio

Produtores de cana conhecem as vantagens da redução de gemas e as novidades da Yara para o manejo do plantio

Implantar uma nova área de cana-de-açúcar custa muito caro para o produtor, que precisa sempre colocar na ponta do lápis os custos com sementes, mão de obra, fertilizantes, insumos, dentre outros itens. Assim, a maior parte deles está sempre em busca de novas tecnologias que possam aumentar a produtividade ou, ao menos, dinamizar o seu plantio com o uso de novos conceitos e estratégias. Para melhor orientar os canavieiros paraibanos, a Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em parceria com a Yara, realizou, nesta quarta-feira (12), através de seu Departamento Técnico (Detec), duas palestras que mostraram como o produtor pode dar mais sustentabilidade a sua lavoura. A empresa Yara trouxe informações sobre o manejo de plantio e a Ph Química apresentou o plantio com baixa densidade.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, abriu o evento afirmando que a esperança sempre deve ser uma qualidade do produtor rural e que a solução para muitos dos problemas da cana deve ser resolvido com o aumento de produtividade. “Se a gente não tiver esperança, a gente não sai do lugar. Eu acredito que só há uma saída para o Nordeste, que é aumentar nossa produtividade”, comentou, agradecendo a presença das empresas que sempre orientam os fornecedores de cana para fazer suas escolhas diante de tantos bons produtos.

O Programa Nutricional Longevita, da Yara Fertilizantes foi o destaque da empresa no evento da Asplan. Segundo Eduardo Saldanha, representante da Yara, o produto proporciona uma safra mais uniforme, maior quantidade de ATR (Açúcar Total Recuperável), aumento no tamanho dos entrenós e estimula o nascimento de raízes. Além do LongeVita, a Yara também apresentou o YaraMila, um produto que traz nitrogênio, fósforo e potássio no mesmo grânulo para tratamento de toletes e aplicações foliares.

“Eles devem ser usados em conjunto. Os resultados são incríveis. Temos experimentos em que a planta dava seis cortes e passou a dar 13. Isso tudo em função da combinação de Fósforo, Nitrogênio e Potássio em um só grão”, afirmou Eduardo, destacando também que em toneladas de cana, os canaviais também deram lucro. “Temos lugares que passaram de 8 para 10 toneladas de cana por hectare”, disse, reforçando a experiência e qualidade da Yara.

Já a empresa Ph Química trouxe dados sobre o plantio de baixa densidade para o produtor de cana. A técnica indica que a redução da densidade de gemas por hectare, reduzindo também a competição entre as plantas ao nascer. De acordo com Claudemir Virgínio, representante da marca, o grande diferencial é que isso proporciona um melhor desenvolvimento inicial, visto que diante de técnicas tradicionais, com o plantio de cerca de 50 pés de cana, cerca de 10 se desenvolvem realmente em face dessa “competição”.

“Já que nossa meta é a gema, temos que aplicar os produtos diretamente lá, controlar o ph, proteger a raiz, o rebolo de todos os perigos. E esse é um método em que é possível fazer isso diretamente, sob a forma de um canteiro diferente do tradicional, com espaçamento de cerca de 50 cm”, explicou o representante da Ph Química. Ele frisou também que o modelo de plantio apresenta uma padronização simples de canteirização, o que também proporciona uma boa condição para a formação de sistema radicular. “com esse formato de canteiro e a recomendação do uso de grupos como o estrobilurina e o triazol, temos proteção garantida no rebolo contra qualquer perigo e teremos, crescimento radicular e vigor vegetativo para a brotação”, afirmou, lançando o desafio para os paraibanos. “Se aqui a 579 dá certo, que tal tentar com ela?”, concluiu.

Para Jucélio dos Santos, técnico agrícola da Usina Tabu, o encontro foi muito produtivo. “Gostamos muito quando estamos aqui na Associação porque sempre saímos com dados importantes para melhorar nossa produção. Hoje, vimos sobre produtividade, e o que mais nos chamou a atenção foi o plantio com redução de gemas que já é uma técnica aplicada na Tabu”, comentou Jucélio.

Em função do horário, não foi possível a realização da palestra da empresa Corteva/Sc Tec. que falaria sobre “Tecnologia Corteva para o Plantio da Cana-de-Açúcar e Pastagem”. O tema será abordado, oportunamente, em outro evento promovido pelo Detec.