18 de outubro de 2014

Biomassa como solução para um país que desperdiça energia

garrasA matriz energética limpa do Brasil é a maior e a melhor do mundo, com 26,2% de biomassa, sendo 16,1% de Cana-de-açúcar, 8,3% lenha/carvão e 1,8% lixívia. Entre 103 países, Rússia e Brasil têm 31% de toda a área florestal do planeta, enquanto a Europa ocidental já removeu 99,7% das nativas. Essa área é de apenas 22 mil km², o que representa 0,3% do território nacional. Esse pequeno número é para alimentos, criação de cidades, estradas e indústrias. Desmatamentos programados são autorizados por lei. A maioria não sabe que 55% do oxigênio do planeta é produzido por algas marinhas e não pelas árvores. A Amazônia Legal brasileira representa 6,8% da superfície do planeta e não é o pulmão do mundo, mas sim os oceanos. 

Em nosso país, desperdiça-se biomassa energética. Se fossem aproveitados os resíduos da Cana-de-açúcar por meio de uma lei que ainda não existe, geraria 20% de toda a demanda elétrica do Brasil. Isso foi descoberto em 2011, em pós-doutorado da Unicamp, e ainda não sabemos quem impede de se reduzir apagões evitando um anunciado racionamento de energia. 

Estima-se um total anual de 21 milhões de toneladas de resíduos de serrarias, da indústria moveleira e madeireira, de acordo com outro doutorado, esse da UnB. Esse potencial pouco aproveitado tem 4,1 Mega TEP (tonelada equivalente de Petróleo) ou 1,4% de toda oferta interna de energia no Brasil em 2013.  A razão do crescimento da biomassa é o alto preço do óleo combustível (BPF) usado nas indústrias. Assim, o preço do quilo de vapor gerado é de R$ 30 para cana; R$ 33 para eucalipto e R$ 77 para o BPF de Petróleo, 2,3 vezes mais caro e em extinção. Além da economia, a Bioenergia alivia o Desmatamento, uma vez que não é cortada lenha da mata nativa.

Para finalizar, existe o desmanche da indústria do Etanol no Brasil, pela política energética equivocada, ao não se pagar os produtores um preço mínimo nas 400 agroindústrias da cana. Foram fechadas 50 delas nos últimos anos. Esse Etanol nasceu em 1975 e atende hoje uma frota de 32 milhões de automóveis. Isso constitui grave erro de gestão pública, pois 1,5 milhão de empregos diretos e famílias dependem do setor. Em benefício da matriz energética e da sociedade, esse cenário ameaçador deve ser removido.

Segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, o artigo escrito pelo professor e Ph.D, Luiz Vicente Gentil, publicado recentemente no jornal Correio Braziliense, mostra o quanto o Brasil ainda desperdiça biomassa energética e menospreza um setor tão importante para a economia nacional. “É preciso que o governo federal defina  e coloque em prática políticas públicas que fortaleçam o setor sucroenergético nacional, do contrário outras indústrias do setor fecharão e essa política energética equivocada que temos hoje refletirá, muito negativamente, no futuro próximo de nossa nação”, finaliza o dirigente da Asplan.

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Nova diretoria da Asplan é eleita por aclamação

posse 2014Posse acontece no próximo dia 28, às 17h, na sede da Associação em João Pessoa

Eleita de forma consensual e com uma composição bastante representativa, a nova diretoria da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) foi eleita por aclamação, nesta sexta-feira (17) pela manhã, durante Assembleia Geral Ordinária realizada no auditório da entidade. O pleito transcorreu tranquilamente, visto que a eleição ocorreu com chapa única, mostrando a unidade dos integrantes da entidade que reconheceram avanços na atual gestão e reconduziram a diretoria para um mandato de três anos, ou seja, de 2014 até 2017. A posse festiva dos eleitos ocorrerá no dia 28, às 17h, na sede da entidade, em João Pessoa.

 O engenheiro civil e ex-diretor secretário da entidade e atual presidente, o produtor Murilo Correia Paraíso, foi reconduzido ao cargo de presidente da Asplan para o triênio 2014/2017. Também compõem a nova diretoria o ex-presidente da entidade, Raimundo Nonato Siqueira, que ocupará o lugar de vice-presidente. O atual vice-presidente, Pedro Jorge Coutinho responderá pelo cargo de Diretor Secretário, enquanto que Oscar de Gouvea Cunha Barreto foi eleito diretor-tesoureiro.  José Inácio de Morais  ficará como diretor Adjunto da instituição. Os titulares do Conselho Fiscal são:  Francisco Siqueira de Lima Neto, José Jorge da Costa, Adriano de Barros Tavares e suplentes:  Elisabeth Marie Lundgren,  Jucelino Marques Tavares e José Américo Tavares Filho.

Durante a cerimônia de eleição e aclamação da nova presidência e diretoria, mediada pelo advogado Ricardo Afonso, Murilo Paraíso fez um breve relato dos avanços da entidade enaltecendo o espírito de união da categoria e a importância desta unidade para que a entidade se fortaleça cada vez mais. “Mais uma vez, nesta eleição, prevaleceu a união, que é o mais importante para a Asplan. Todos nós, com esforço, conseguimos fechar uma chapa representativa e comprometida com as causas do produtor. Assim todos saem fortalecidos”, disse Murilo, que também agradeceu o apoio dos atuais diretores e colaboradores da Asplan para que os pleitos e ações capitaneadas pela associação conseguissem êxito. Ele anunciou ainda que, a partir do próximo ano, a entidade vai fazer palestras mensais com especialistas no setor.

O ex-presidente e agora vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, enalteceu a importância da união da classe na condução da eleição. “Essa chapa eleita é resultado de um consenso entre os que fazem parte do setor e, por isso, também abraçamos essa nova composição que demonstra a união da categoria”, disse Nonato. José Inácio, também enalteceu a união da classe. “Fomos felizes quando somamos e não dividimos e neste momento cabe também agradecer ao pessoal que pensou em lançar uma chapa concorrente, mas reconheceu que juntos somos mais fortes e que o trabalho que está sendo feito está sendo bem feito”, afirmou José Inácio, que aproveitou o momento para lamentar  a defasagem do preço da cana e a falta de políticas públicas que fortaleçam o setor sucroenergético do país. “Há três safras que o preço da cana gira em torno de      R$ 60,00 enquanto que os custos de produção oscilam entre R$ 80,00. Isso gera indignação e preocupação, inclusive pelo fechamento de quase 60 indústrias sem que o governo tenha uma atenção especial para o problema”, disse ele.

Oscar Gouvea reforçou o discurso de José Inácio, lembrando que a política de contenção da inflação, segurando o preço dos combustíveis nos causou um prejuízo de proporções incomensuráveis, mas que a Asplan, apesar de todas as adversidades, ainda é uma praça de defesa do produtor para reagir contra os problemas que atingem o setor. “Nossa união é nossa força”, disse ele adiantando que, em breve, haverá mudanças no estatuto da entidade para criação de novos cargos de direção com a finalidade de agregar um maior número de fornecedores e tornar a Asplan ainda mais forte e representativa.

Para o presidente reeleito, Murilo Paraíso, o desafio de comandar a Asplan por mais três anos é uma honra. “Fico muito feliz e honrado de ser reconduzido ao cargo, pois isso reflete o reconhecimento da categoria e quero dizer que vou fazer o possível para corresponder as expectativas e a confiança de vocês e afirmar que vou continuar lutando pelos interesses dos produtores canavieiros da Paraíba”, declarou Murilo. Depois dos discursos, o advogado da entidade, Ricardo Afonso, proclamou a nova diretoria e presidência da entidade e encerrou o pleito que foi finalizado com um coffe breack no salão de eventos da Asplan.

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