Dirigentes canavieiros do Nordeste reforçam articulação política em Brasília para governo reabrir crédito para pagamento da subvenção
Dirigentes de entidades que representam 23 mil produtores de cana do Nordeste se reúnem no MAPA, com o senador Renan Calheiros, nesta terça-feira (11)
Depois da negativa de pagamento por parte do Governo Federal e de mais de um ano de espera, já que a sanção da lei que aprovou o pagamento da subvenção para os produtores de cana-de-açúcar do Nordeste foi feita em julho do ano passado, pela presidenta Dilma Roussef, dirigentes de entidades que representam os produtores canavieiros reforçam a articulação política em Brasília e se reúnem, nesta terça-feira (11), capitaneados pelo senador Renan Calheiros, com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Em pauta a busca de uma solução para que o governo possa abrir um crédito extraordinário no orçamento da União que viabilize o pagamento da subvenção ainda da safra 2012/2013.
“A subvenção equivale a uma ajuda financeira que corresponde a R$ 12,00 por tonelada de cana fornecida à indústria, até o limite de 10 mil toneladas por produtor”, lembra o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, que também vai participar da reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. O engenheiro agrônomo André Nassar, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério é quem vai receber a comitiva e encaminhar os pleitos.
“Os produtores acreditaram nas várias promessas do governo para iniciar o pagamento do benefício, durante mais de um ano e depois dessa longa espera o governo simplesmente nos comunicou que não ia pagar com o argumento de que não há recursos disponíveis. Nós sabemos que há, o que falta é boa vontade com um setor vital para a economia do Nordeste. O que o governo federal está fazendo com os produtores nordestinos é um completo descaso. A subvenção é fundamental para mantermos o equilíbrio do setor, que é um dos mais importantes da região e o que mais emprega no campo”, finaliza Murilo.