12 de agosto de 2016

Projeto da Feplana pode mudar cenário de comprometimento de safra por causa da falta de chuvas no Nordeste

reuniaoProposta foi apresentada nesta quarta-feira (10), na Secretaria Nacional de Irrigação do Ministério da Integração

A estimativa de produção da safra 2016/2017 no Nordeste, especialmente nos estados de Pernambuco e Paraíba, pode ser alterada em função da escassez de chuva nos meses de junho e julho. É que estes meses, que costumam ter um elevado índice pluviométrico, este ano foi seco, ficando 40% abaixo da média histórica do período. Mas, um projeto que  está sendo desenvolvido pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e que foi apresentado pela diretoria da Federação ao  secretário nacional de Irrigação, Ricardo Santa Rita, nesta quarta-feira (10), pode mudar esse cenário e minimizar ou resolver esse problema hídrico que prejudica a produção canavieira do Nordeste todos os anos.

O projeto foi apresentado pelo presidente da Feplana, Alexandre Lima, que estava acompanhado do vice-presidente e o tesoureiro da entidade, Paulo Leal e Murilo Paraíso, este último presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). “O ciclo pluviométrico do Nordeste é marcado por bons volumes de chuva em poucos meses e o restante fica bem baixo, sobretudo quando a planta precisa de água para rebrotar. Com isso, a produção cai significativamente e promove a morte da socaria. A proposta do projeto é reter a água abundante da quadra chuvosa em pequenas propriedades através de micro barragens, evitando seu desperdício e utilizando-a durante o período mais seco. A medida, se aprovada pelo governo federal, pode dobrar a produção da cana na região  e evitar a morte da planta com o armazenamento da água da chuva, otimizando o seu uso”, argumenta Alexandre Lima.

Segundo o presidente da Asplan, a água armazenada poderá, também, ser usada pelos pequenos produtores que não têm recursos para instalar as suas barragens. “Assim, além de garantir a segurança hídrica para a produção canavieira, com essa ação ainda evitaríamos que a água da chuva deságue no mar sem nenhuma função”, explica Murilo Paraíso, complementando que as barragens de salvação, como estão sendo chamadas pela Feplana, podem contribuir e até dobrar a produção da cana e evitar um prejuízo ainda maior com a morte da socaria da planta, que pode durar até seis safras se irrigadas de forma adequada.

De acordo com o dirigente da Feplana, as barragens de salvação são indispensáveis para os canaviais do Nordeste e fundamentais para as demais regiões produtores que carecem de uma segurança hídrica mínima. O secretário de Irrigação Nacional se mostrou interessado pela proposta e pediu para que a Feplana entregasse uma minuta do projeto, o que deve ser feito até o início de setembro.

A audiência na Secretaria Nacional de Irrigação do Ministério da Integração foi articulada pelo deputado federal André Amaral (PMDB/PB), que é suplente de Veneziano Vital do Rego e assumiu o mandato com a licença do titular, que disputa a eleição para prefeito de Campina Grande.

Com informações da AFCP

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Nutrição e adubação do solo foi tema de palestra realizada na Asplan com especialista de renome internacional

palestra“O solo do litoral do Nordeste é muito arenoso, de baixa fertilidade e tem baixo teor de matéria orgânica, de forma que se o produtor canavieiro quiser ter bons resultados, ele precisa  adotar práticas que aumentem a eficiência da adubação mineral, que incluem as etapas de calagem, gessagem, fosfatagem, além de adubação verde e orgânica do solo. Aliás, via de regra, essas etapas de manejo devem ser adotadas no preparo do solo”. Essa foi uma das dicas dadas pelo professor Dr. Godofredo Cesar Vitti, da Universidade de São Paulo,  durante palestra para produtores de cana-de-açúcar, realizada nesta quarta-feira (10), no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). O evento foi realizado pelo Departamento Técnico da Associação e contou com apoio da Heringer que, na ocasião, apresentou sua equipe de representantes e técnicos na região, além de divulgar seus produtos.

Durante a palestra técnica ‘Nutrição e adubação para altas produtividades, qualidade e longevidade da cana-de-açúcar’, o Dr. Vitti detalhou as várias etapas do manejo químico do solo, desde o preparo até as práticas corretivas, exemplificando e justificando a importância do uso correto e adequado dos micronutrientes, com ênfase para o Cobre, Manganés, Zinco, Boro, Fósforo, Potássio e Cálcio. “Só o calcário não resolve é preciso magnésio, que aumenta o transporte de açúcar. Mas, é necessário repor o calcário, se for o caso, corte o adubo, mas não o calcário”, disse o professor, lembrando que o principal fator que aumenta a produtividade é o solo. “O grande gargalo na fase de manejo do solo é o uso correto de micronutrientes que vai resultar, se bem feito, numa planta mais resistente as altas temperaturas, déficit hídrico, pragas, etc”, reforçou Vitti, que durante sua palestra também apresentou experiências nutricionais de várias propriedades do Brasil e exterior.

Segundo reforçou o especialista, é preciso ter especial atenção com os produtos a serem utilizados na correção e adubação do solo. “Às vezes, o produto é excelente, mas colocado em quantidade insuficiente ou desnecessariamente vai prejudicar a planta ao invés de contribuir para seu desenvolvimento”, disse ele, lembrando que no caso específico da cana-de-açúcar, alguns subprodutos, a exemplo da vinhaça e do bagaço devem ser utilizados no preparo do solo, já que eles promovem uma maior retenção de nutrientes, de água, entre outras vantagens.

O vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, fez a abertura e o encerramento do evento, representando o presidente Murilo Paraíso, que está em Brasília, agradeceu a palestra do Dr. Vitti, enaltecendo-a como ‘extremamente esclarecedora e oportuna para melhor orientação dos plantadores de cana da Paraíba’, além de abrir o ciclo de perguntas ao palestrante. “Foi uma palestra brilhante, com informações completas e de uma abrangência muito ampla sobre nutrição e adubação, de forma que só temos a agradecer a Heringer, que patrocinou a vinda do Dr. Vitti, e que nos possibilitou ampliar o leque de conhecimentos sobre solo”, finalizou  o coordenador do DETEC, engenheiro agrônomo, Vamberto Rocha.

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