Asplan repudia teor de samba-enredo de escola de samba carioca que denigre imagem e atuação dos produtores rurais
Além da Asplan, várias entidades ligadas ao agronegócio em nível nacional integram manifesto de indignação e repúdio contra teor do samba-enredo
A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) se uniu a diversas entidades ligadas ao agronegócio nacional no repúdio ao teor do samba-enredo e das peças publicitárias da escola carioca Imperatriz Leopoldinense para o desfile de carnaval no Rio de Janeiro deste ano. A letra do samba-enredo além de denegrir equivocadamente a imagem dos produtores rurais do país, ainda os coloca como vilões da natureza. “Isso é inaceitável. Chamar quem coloca a comida na mesa dos brasileiros e quem mais gera emprego no campo e divisas para o país de ‘monstros’ é, no mínimo, uma indelicadeza com os produtores rurais do Brasil e nós não vamos aceitar isso calados”, destacou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso.
Em nota, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) também, repudiou a postura da Imperatriz Leopoldinense. “Antes de qualquer coisa é preciso esclarecer e reforçar que o país do samba é sustentado pela pecuária e pela agricultura. Chamados de “monstros” pela escola, nós, produtores rurais, respondemos por 22% do PIB Nacional e, historicamente, salvamos o Brasil em termos de geração de renda e empregos”, destaca um trecho da nota da ABCZ.
Para o presidente da Asplan, é inadmissível que a maior festa popular brasileira, que é amplamente divulgada no país e exterior, sirva para denegrir a imagem de um setor tão importante para a economia nacional. “Nós não ficaremos inertes diante dessa injustiça. É preciso que os brasileiros não só enxerguem e reconheçam a importância do agronegócio, como se orgulhem dessa vocação de alimentar as pessoas, porque por trás dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros, há o trabalho de um produtor rural”, finaliza o dirigente da Asplan.