17 de fevereiro de 2017

Posse do novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária tem participação do presidente Temer, de ministros e várias autoridades

A posse do deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), nesta terça-feira (14), na presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no Dúnia City Hall, em Brasília (DF), foi bastante prestigiada e contou com a presença do presidente Michel Temer, vários ministros, deputados, senadores, governadores e prefeitos. O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, que está na capital federal onde cumpre compromissos da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), também participou da solenidade.

A Frente, denominada como a mais combativa e atuante do Congresso Nacional, com 222 deputados e 24 senadores, era dirigida pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG). Em seu discurso, Nilson Leitão destacou que há uma extensa pauta a ser defendida pela Frente. “Precisamos aperfeiçoar o nosso trabalho no Legislativo. É preciso, por exemplo, superar o famoso custo Brasil, acelerar os processos de licenciamento ambiental e aprovar uma nova legislação para o trabalho rural”, disse o novo presidente.

O dirigente da Asplan, que estava acompanhado dos deputados federais da Paraíba, André Amaral e Efraim Filho, lembra que o setor rural, embora seja um dos grandes responsáveis pelo progresso do Brasil, ainda não tem o devido reconhecimento da sociedade. “O trabalho desta Frente é de suma importância para mudar a mentalidade de alguns setores da sociedade, pois apesar do setor rural ter grande participação no PIB Nacional, gerar milhares de empregos, renda, riqueza e produzir alimentos, ainda somos injustamente vítima de preconceito ideológico, de uma parcela da sociedade que não enxerga a evolução do agronegócio”, destaca Murilo Paraíso. Ele lembra que essa falsa imagem já começa a mudar com o trabalho da Frente que, aos poucos, vai consolidando a realidade de que o agronegócio é um dos principais alicerces da economia nacional.

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Canavieiros do Nordeste querem apoio do governo federal para o enfrentamento do sexto ano consecutivo de seca na região

Os produtores canavieiros do Nordeste, especialmente os dos estados com maior produção de cana-de-açúcar, respectivamente, Alagoas, Pernambuco e Paraíba- estão amargando redução na safra ano após ano. A estiagem que castiga a região e que se agravou a partir de  2011 provoca perdas na lavoura, compromete a produtividade e desequilibra a atividade agrícola mais importante do Nordeste. Para tentar minimizar os prejuízos e buscar alternativas que estimulem a produção canavieira da região, dirigentes de entidades ligadas ao setor, sob a coordenação da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), se reuniram nesta quarta-feira (15), em Brasília, para elaborar uma pauta de reivindicações que será encaminhada ao governo federal.

A pauta inclui desde a adoção de políticas públicas que defendam a produção canavieira no país e o estímulo ao uso do álcool, um combustível limpo e renovável oriundo da cana-de-açúcar, até ações emergenciais e estruturadoras. Entre as ações emergenciais, destaca-se o pagamento da subvenção da cana, que deveria ter ocorrido em 2014, mas que até agora não foi efetivado, apesar de existir uma subvenção federal já sancionada e pendente de pagamento desde aquele ano.

De acordo com o presidente da Unida, Alexandre Lima, em relação ao pagamento do subsídio, que tem um teto de até dez mil toneladas por produtor, a entidade estuda se solicitará outra subvenção ou buscará o apoio do governo e do Congresso Nacional para atualizar a validade da aplicação da subvenção não paga no respectivo período. “Vamos avaliar com a bancada federal que nos apoia, conversar com nossos interlocutores no governo e verificar juridicamente o que é mais viável e mais rápido de ser efetivado”, afirma Alexandre.
Dentre as medidas de médio e longo prazo que serão sugeridas ao governo, destaca-se a implantação de uma edição regional do projeto hídrico para canaviais denominado  “Águas do Norte”. Idealizado pelo consultor, Gregório Maranhão, o projeto consiste na retenção da água abundante da quadra chuvosa em pequenas propriedades, através da construção de micro barragens, possibilitando que essa reserva possa ser utilizada no período mais seco. “O projeto foi concebido para garantir a segurança hídrica necessária para a produção dos canaviais e ainda evitar o desperdício de água da chuva que, atualmente, não é aproveitada e deságua no mar sem nenhuma função”, explica o autor da proposta.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, que também participou dos debates em Brasília, junto com o diretor da Associação, Pedro Jorge Coutinho, destaca que o setor precisa da ajuda do governo para continuar sendo referência na geração de emprego e renda na região. “Seja emergencialmente, através do pagamento da subvenção, ou a médio e longo prazo, com a adoção de políticas que regulem e protejam, minimamente, o setor, o fato é que precisamos do apoio do governo federal para enfrentar essa queda de produção provocada pela escassez de chuvas na nossa região. Sem uma ajuda, o setor vai encolher ainda mais, o que acarretará em sérios e irreversíveis danos a economia regional”, finaliza Murilo.

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