30 de janeiro de 2018

José Inácio de Morais é eleito por aclamação presidente da Unida

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais foi eleito nesta segunda-feira (29), por aclamação, presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-açúcar (Unida). A escolha do novo dirigente e dos novos membros da diretoria, que responderá pelo mandato 2018-2020, aconteceu na sede da Asplan, em João Pessoa, e contou com a presença e votação de representantes de entidades associadas de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia e Paraíba.

Antes da eleição e posse, o então presidente da Unida, Alexandre Lima, que também preside a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), fez uma breve retrospectiva das ações de suas gestões e agradeceu a confiança dos associados em reconduzi-lo à presidência da entidade por vários mandatos consecutivos. “Defendi, nos últimos nove anos, com muita honra e satisfação, os pleitos dos produtores de cana do Nordeste, penso que cumpri bem essa missão porque me dediquei bastante a ela, mas é chegada a hora de passar o comando da entidade a outro produtor, que tem o mesmo amor a essa causa, é um profundo conhecedor do setor e é um líder muito respeitado”, disse Alexandre. Além da apresentação das ações, houve ainda a prestação e aprovação das contas da entidade.

Além de José Inácio, foram eleitos e empossados, José Amado, que vai responder como diretor adjunto, Edgar Antunes, que é o diretor secretário, Raimundo Nonato, que responde agora como diretor tesoureiro e Bráulio Gomes, diretor técnico. Como não tem sede própria, a Unida passará a funcionar na sede da Asplan, mas, por sugestão do novo presidente, as reuniões de diretoria serão realizadas em Recife para facilitar o deslocamento dos integrantes da direção da entidade.

José Inácio agradeceu a confiança dos associados e disse que é com satisfação que ele assume mais esse compromisso com a classe produtiva canavieira. “É uma honra dirigir a Unida e eu sei que terei que ter tempo para me dedicar as ações da entidade, além das atividades na Asplan, além de meus próprios negócios, mas, assumi mais esse compromisso porque sei da importância dos órgãos de classe no fortalecimento das lutas e defesas em prol do setor”, destacou o novo dirigente.

Na ocasião, de forma democrática e ressaltando seu perfil de líder, José Inácio conduziu a definição das novas taxas de pagamento das associadas, inclusive, abrindo mão de parte de seus recebíveis em prol de ajudar uma das associações que encontra-se inadimplente com a Unida, por dificuldades inerentes à perdas na safra. O novo diretor tesoureiro da Unida, Raimundo Nonato, que secretariou os trabalhos, reforçou a importância da Unida para os produtores de cana nordestinos. “Essa entidade surgiu em uma época muito difícil, fruto das ideias do consultor Gregório Maranhão, e ao longo de sua breve história já fez muito pelos produtores do Nordeste”, disse Nonato.

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Bancada federal da PB atende convite da Asplan, participa de debate sobre questões ligadas ao setor sucroenergético e assume defesa do segmento

O senador Cassio Cunha Lima e os deputados federais Efraim Filho, André Amaral, Pedro Cunha Lima e Rômulo Gouvêa participaram, na manhã desta segunda-feira (29), no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), de um encontro com produtores e industriais, além de dirigentes de entidades do setor sucroenergético do Nordeste, reiteraram apoio às causas do segmento e se mostraram contrários à questão da retirada pelo Governo Federal da taxação de 20% sobre o bicombustível importado dos Estados Unidos. Todos afirmaram que vão lutar para que a taxação continue, inclusive conscientizado outros políticos sobre a importância da manutenção da cobrança, que é fundamental para o equilíbrio da indústria sucroalcooleira nacional.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, abriu o evento agradecendo a presença da bancada federal e enaltecendo a importância do setor para a economia nacional. Ele fez ainda uma breve retrospectiva do setor nos últimos governos federais, passando pela questão do endividamento rural, do subsídio da cana, do recém criado Renovabio, dando ênfase a importância da atividade produtiva e da cultura canavieira para o desenvolvimento do país. “O setor gera emprego, renda, tem um papel social e econômico importante onde quer que atue e precisa ser priorizado como tal e não é possível que o governo, na ânsia de resolver outros problemas, sacrifique o setor sucroenergético nacional com essa retirada da taxa”, destacou José Inácio.

O discurso do presidente da Asplan foi reforçado pelo diretor do Sindalcool, Edmundo Barbosa, que destacou o desequilíbrio provocado no mercado interno com a importação do álcool dos Estados Unidos. “Em 2017 tivemos um aumento de 128% na importação do etanol que entra pelo porto do Maranhão com redução de impostos, em qualquer época, prejudicando enormemente a indústria nacional que além da concorrência desleal ainda tem que cumprir uma série de normas legais que não atingem o mercado externo, a exemplo dos estoques reguladores”, disse Edmundo, apelando à bancada federal para que ela se posicione contra essa retirada.

O presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Lima, também presente ao evento, reiterou a importância da manutenção da taxação para o equilíbrio do mercado interno. “Ora, não é possível manter essa disparidade de tratamento, porque enquanto a indústria nacional tem que cumprir uma série de regras, o álcool importando chega ao país com desconto de impostos, sem regulação e imagina sem taxação. A indústria nacional não aguenta essa concorrência que fragiliza o parque industrial do país. Ai eu pergunto: por que o açúcar do Brasil não chega aos EUA sem taxação, já que 50% de nossa produção é exportada para lá? É óbvio que os americanos jamais fortaleceriam qualquer país em detrimento de seu próprio mercado”, destacou Alexandre, lembrando a responsabilidade das bancadas federais, especialmente, do Nordeste, em se mobilizarem contra essa retirada da taxa.

O secretário da Agricultura da Paraíba, Rômulo Montenegro, que representou o Governo do Estado no encontro, disse que a postulação da Paraíba, que será encaminhada para a reunião da Conseagro, desta semana, será justamente ser contrária a retirada desta taxa. O senador Cassio Cunha Lima reiterou seu compromisso com o segmento, destacando a importância do agronegócio, especialmente, o setor canavieiro e prometeu se posicionar contra a retirada da taxa e defender outras pautas, inclusive a de criar uma proteção à indústria nacional. “Defendo que é preciso contratar a produção local primeiro e depois comprar de fora e que as regras que são obedecidas pela indústria nacional sejam as mesmas, a exemplo de estoques, etc. Isso é estratégico para um setor vital como esse. Contem comigo”, disse o senador.

Os deputados estaduais Ricardo Barbosa e Lindolfo Pires, também presentes ao evento, enalteceram a importância da pauta e reiteraram que embora não possam atuar diretamente na questão, se colocam à disposição para encaminhamentos locais sobre o setor. O presidente da FAEPA, Mário Borba foi o último a discursar e lembrou a injustiça que se comete contra o produtor rural. “Somos uma classe que produz, gera emprego e renda, promove o desenvolvimento e ainda assim não temos o devido reconhecimento”, disse ele.

O presidente da Asplan José Inácio, encerrou o evento destacando que ele cumpriu seu propósito. “Trazer quatro deputados federais atuantes e mais um senador para uma reunião de trabalho bem produtiva como essa, que debateu uma questão que não é só importante para o Nordeste, mas para todo o país, e sairmos daqui com o compromisso de todos de lutar para defender a indústria nacional e um segmento que é fundamental para o desenvolvimento e economia do país, nos deixa muito alegres e certos de que ao convocar essa reunião estamos no caminho certo”, disse José Inácio.

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