Presidente da Asplan projeta boa safra

A safra 2022/2023 de cana-de-açúcar, segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, será boa e com bom preço. A estimativa da entidade canavieira, que congrega cerca de 1.800 associados, é de uma safra que chegue a cerca de 7 milhões de toneladas. “Essa será uma safra com muita cana, com preço bom, o que não é usual, porque normalmente quando há uma boa safra o preço não acompanha e vice-versa, mas, as estimativas são otimistas”, destaca José Inácio.

Otimismo

E o otimismo do dirigente canavieiro não se abalou nem na atual conjuntura em que o preço do ATR da cana teve uma redução de cerca de 15% em função da queda dos preços do etanol, do álcool hidratado e do açúcar no mercado interno e externo. “A queda nos preços já era esperada porque a composição do preço pago pela matéria-prima está atrelada a todos esses produtos citados acima, mas há boas perspectivas em curto prazo”, destaca José Inácio.

 

Vai melhorar

O término da safra de São Paulo, que está próximo de encerrar, é um bom indicativo de melhoria no preço da cana no Nordeste. “Não vai voltar ao patamar que estava, mas vai melhorar”, estima José Inácio, que tem quatro décadas de experiência no setor como produtor canavieiro. Outro atenuante é que os preços dos fertilizantes também tiveram uma sensível melhora, boa parte fruto do empenho do presidente Bolsonaro que em viagem a Rússia garantiu o abastecimento de insumos para o Brasil e a regularidade da entrega de fertilizantes.

 

Temor

“Existia um temor da falta de insumos no início da guerra que foi solucionado com essa ida do presidente à Rússia o que garantiu a regularidade dessas entregas para o mercado nacional no primeiro e segundo semestres, não apenas para a safra de cana-de-açúcar, mas também para a safra de grãos e a safrinha contemplando todo o setor no Centro-Sul e no Nordeste”, afirma José Inácio.

 

Chuvas boas

Outro fator positivo na atual safra foi os índices de chuva no litoral Sul e também no Norte, com precipitações bem acima da média dos últimos anos. No Litoral Sul, onde ficam grandes regiões produtoras, a exemplo de Santa Rita, Lucena, Caaporã, Pedras de Fogo, Pitimbu e Conde, choveu de janeiro a agosto, 2.400 milímetros, superando a média da região que é de 1.700. No Litoral Norte, formado por Mamanguape, Rio Tinto, Itapororoca, Mataraca, Cuité, Capim, Jacarapé entre outros municípios, a média de chuva também foi maior este ano, atingindo 1.900 milímetros, ao invés dos 1.500 usuais. No Agreste também houve boas precipitações esse ano, quase que duplicando a média local de chuva, atingindo 1000 milímetros, o dobro da média da localidade.

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