8 de novembro de 2024

Asplan participa da primeira reunião do Projeto Cultivo Limpo

O Projeto Cultivo Limpo, que estuda o uso de defensivos agrícolas, com o objetivo de orientar agricultores paraibanos sobre o uso responsável de agrotóxicos, além de divulgar alternativas sustentáveis e boas práticas ambientais, é uma parceria do Ministério Público Estadual, com a UFPB (Universidade Federal da Paraíba), EMPAER (Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária), ARPAN (Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Nordeste), ASPLAN (Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba) e IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). E, nesta quinta-feira (7), aconteceu a primeira reunião envolvendo os participantes do Projeto, na sede do Centro Social Gilberto Valério, em Alhandra (PB).
O Engenheiro de Segurança do Trabalho da Asplan, Alfredo Nogueira Neto, que representou a entidade canavieira na reunião, destaca a importância do Projeto. “Essa pesquisa de uma professora da UFPB que estuda o uso de agrotóxicos na agricultura é muito importante para reforçar a importância das boas-práticas no cultivo, independente de qual cultura, para conscientizar os agricultores, principalmente os familiares sobre o manejo correto de defensivos”, destaca Alfredo, lembrando que na cultura canavieira da Paraíba esse manejo já é feito de forma técnica, responsável e correta, tanto pelos pequenos, médios e grandes produtores.
Durante essa primeira reunião, os participantes receberam informações sobre culturas alternativas ao uso de agrotóxicos, uso e importância de  EPIs e orientações sobre métodos para melhorar a produtividade agrícola.

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Informe Climático – Novembro de 2024

07 DE NOVEMBRO DE 2024

FENÔMENO LA NIÑA COMEÇA A SE RESTABELER E MODELOS CLIMÁTICOS APONTAM TRIMESTRE MAIS ÚMIDO NA FAIXA LITORÂNEA DA PARAÍBA

CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Figura 01 – Anomalia da Superfície do mar sobre os Oceanos Pacífico e Atlântico – 06/11/2024. Em azul resfriamento e vermelho aquecimento.

Nestas últimas duas semanas, o fenômeno La Niña voltou a ganhar força, com as anomalias de temperaturas da superfície do mar reduzindo gradativamente (resfriamento da temperatura do oceano) e se estabelecendo em toda a bacia tropical do Oceano Pacífico, figura 01.

Assim, as condições climáticas sobre o oceanos Pacífico continua evoluindo favoravelmente e apresentando configurações vantajosas para o ínicio do período mais chuvoso do semiárido nordestino e trazendo um período mais úmido, com nebulosidade variável e chuvas isoladas, porém de fraca intensidade, para a região do litoral nordestino, em particular no litoral da Paraíba.

Deste modo, as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM), sobre o Oceano Pacífico Tropical, apresentam predomínio de anomalias negativas da TSM dando indicativo do reestabelecimento do fenômeno La Niña e com isso um favorecimento gradativo para a evolução de sistemas convectivos sobre o Nordeste do Brasil (NEB).

Sobre o Oceano Atlântico tropical, figura 01, as TSM sobre a área oceânica da costa leste da América do Sul, começam a apresentar redução das anomalias negativas, ou seja, estão apresentando um relativo aquecimento em nas últimas semanas e que deste modo, começam a apresentar uma condição mais favorável ao clima sobre o Nordeste do Brasil, em particular sobre o litoral paraibano, regiões do Agreste, Brejo e Litoral, onde deverá trazer impactos mais favoráveis a manutenção da nebulosidade e, apesar da região do litoral estar em pleno período de estiagem, este aquecimento das TSM sobre o Atlântico Tropical poderá induzir a ocorrência de precipitações pluviométricas isoladas neste final de 2024, embora de fraca intensidade, mas mantém o tempo mais amêno, e com temperaturas oscilando próximo a média histórica.

Figura 02– Previsão da anomalia de evolução das Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) sobre os Oceanos Pacífico e Atlântico. Tons em azul indicam resfriamento e em tons laranja aquecimento. Fonte: NCEP`/NOAA.

TENDÊNCIA CLIMÁTICA

Figura 03 – Anomalia de tempertura da superfície do mar sobre o Oceano Atlântico Tropical – média das últimas 04 semanas – 09/10/2024 – 30/10/2024.

Conforme a previsão da modelagem atmosférica observada na figura 02, com relação as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) sobre os Oceanos Pacífico e Atlântico, observa-se a previsão de expansão e aumento das anomalias negativas de TSM sobre toda a bacia leste do Oceano Pacífico Tropical mostrando o estabelecimento do fenômeno La Niña, pelo menos, até o trimestre março a maio de 2025, e sobre a bacia do atlântico tropical oeste, observa-se uma tendência de previsão para padrão de neutralidade à aquecimento das anomalias de TSM sobre a costa leste do Nordeste do Brasil (NEB) garantindo assim, um quadro oceânico em evolução favorável ao início do periodo chuvoso com boas perspectivas na região semiárida do NEB e uma pré-estação favorável sobre o litoral paraibano.

Uma análise mais apurada sobre o Oceano Atlântico Tropical, figura 02, mostra que neste último mês de outubro as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM), sobre o Oceano Atlântico Tropical, evoluiram para um quadro mais positivo em relação aos meses anteriores, e as anomalias negativas de temperatura, temperaturas abaixo da média, evoluiram para um padrão de neutralidade, ou seja, estão aquecendo, fator esse que melhora a condição atmosférica para evolução de precipitações pluviométricas sobre o setor leste do Nordeste do Brasil (NEB).  Condição esta que, também contribui para um maior transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente aumentando a umidade atmosférica e melhorando as possiblidades de precipitações na faixa leste do NEB, em particular sobre o litoral paraibano.

TENDÊNCIA DO TEMPO

Figura 04– Previsão da anomalia de precipitação pluviométrica sobre a América do Sul para o período de 07 a 20 de novembro. Tons em azul indicam precipitações acima da média, em vermelho abaixo. Fonte: CPTEC/INPE.

Com a evolução do período de estiagem, ainda permanece o quadro de ausência de precipitações representativas em todo o estado da Paraíba.

Conforme indicativos de diversos modelos de previsão do tempo à médio prazo, neste mês de novembro, ainda não há indicativos de ocorrência de precipitações representativas, e os modelos estão prevendo que as precipitações pluviométricas sobre o NEB, apresentem totais dentro da normalidade, conforme exemplo do resultado do modelo regional do CPTEC/INPE, figura 04. 

Particularmente para o litoral paraibano, as pecipitações devem se manter dentro do padrão de normalidade para o período de estiagem e não devem apresentar chuvas representativas, apenas precipitações pluviométricas passageiras e isoladas. As temperaturas devem se manter em torno da média e teremos nebulosidade variável sobre a região no decorrer desta primeira quinzena do mês.

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