O 1º Seminário Sobre a História das Engenharias e Agronomia Paraibana (HEAP) realizado no auditório da Asplan, e que aconteceu nesta quinta-feira (21) e sexta-feira (22), teve palestras e homenagens. No primeiro dia de atividades o Engenheiro Civil, Argemiro de Brito, falou sobre o cálculo estrutural da Torre da TV Cabo Branco, um ícone da engenharia paraibana, cujos cálculos foram feitos por ele, que também assina outros projetos estruturais de obras da capital paraibana, a exemplo da Rodoviária de João Pessoa e do Ronaldão. O também Engenheiro Civil José Reinaldo Lima, responsável pelas obras da rodoviária, falou em seguida sobre as dificuldades e resoluções encontradas para viabilizar a solidez do empreendimento rodoviário.
Na parta de tarde, a Professora Dra. e pesquisadora, Gabriella Cavalcanti falou dos desafios da pesquisa para obtenção de pó de cactos para uso como aditivos em concreto e argamassa, explicando toda a metodologia utilizada para transformar a babosa da planta em pó. E o ex-secretário municipal de João Pessoa e professor Joácio Morais abordou a problemática do desperdício de material de construção e do surgimento de usinas de beneficiamento destes materiais.
A abertura do evento contou com a participação do presidente do CREA, Renan Guimarães, da Representante do Confea, Giucélia Figueiredo e do Diretor Técnico da Asplan, Neto Siqueira, que representou o presidente da Associação, José Inácio de Morais, que só pôde comparecer ao evento no final da manhã. O idealizador do 1º HEAP, Engenheiro Ricardo Lombardi conduziu os trabalhos e as entrevistas/homenagens aos palestrantes nos dois dias do evento.
Em sua fala, o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, destacou a importância das profissões de Engenharia e Agronomia e se dirigiu aos futuros profissionais da área com mensagens de otimismo em relação às oportunidades no mercado de trabalho. “O bom profissional, aquele que atua numa área onde ele se identifica, sempre encontra formas de desenvolver o seu talento. A questão é perseverar e acreditar. Há campo de trabalho nas áreas de Engenharia e Agronomia e o Brasil dá show também nestas áreas. Além disso, quem estuda e persevera, não falta emprego”, disse ele.
Nesta sexta-feira (22), no segundo dia do seminário, o especialista em Geoprocessamento da Asplan, Thybério Luna Freire falou sobre a evolução do uso da geotecnologia no agronegócio. A Asplan, explicou Thybério, começou a mapear áreas com GPS em 2005 e de lá para cá evoluiu esse trabalho de geoprocessamento com a aquisição de drones e outros programas. O primeiro drone da associação tem capacidade para mapear 50 hectares por voo. Já o segundo equipamento, que é bem mais sofisticado e detém melhores recursos tecnológicos, faz de 120 a 130 hectares por voo. Cada voo demora, em média, 15 minutos. Thibério falou da evolução do trabalho de geoprocessamento enaltecendo que a tecnologia facilitou e agilizou o levantamento dos dados e que o mercado de trabalho tem muitas oportunidades porque ainda há pouca mão de obra especializada.
Em seguida, o Eng. Agrônomo Gabriel Petelinkar, do Sistema Faepa/Senar, abordou A evolução do modelo de atendimento ao produtor rural no Brasil fazendo um contraponto entre os processos de atendimento ao homem do campo executado no passado com o trabalho de extensão rural realizado atualmente que visa à orientação do produtor, com objetivo de viabilizar o negócio e gerar lucro para quem atua na área rural.
E a última palestra do evento foi feita pelo Eng. Agrônomo e Mestre em Gestão Ambiental. Anderson Fontes, que abordou a questão da Arborização urbana nos municípios paraibanos e o papel do engenheiro agrônomo no desenvolvimento das árvores nestes municípios. Com a apresentação de fotografias, o palestrante foi discorrendo sobre o comportamento das administrações públicas no direcionamento da arborização de espaços urbanos, dando exemplo de cidades do interior e da capital, João Pessoa. Em sua fala, ele enalteceu a importância da participação de agrônomos nestes projetos, dado os conhecimentos técnicos destes profissionais.
O 1º HEAP teve como apoiadores, além da Asplan a empresa RL2 Construções, Assessoria e Consultoria de Engenharia, a Rebrite (Reciclagem de Material de Construção), a Maccaferri, o Confea – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Coopcon Paraíba, a Brascon, a Hoop Eyewear, o Treinamento Engenheiros do Futuro, o Mundo das Tintas e a Sente Mente – Clínica Integrada. O idealizador do 1º HEAP, Engenheiro Ricardo Lombardi, avaliou o evento como muito positivo. “Foi um primeiro evento, que avaliamos como muito positivo, onde debatemos temas importantes e homenageamos profissionais de destaque. Sinto que plantamos uma boa semente”, finalizou ele, agradecendo o apoio dos parceiros, especialmente, a Asplan, sem os quais o evento não seria realizado com tanta magnitude.