Há vários anos, os proprietários da fazenda Maracanã, em Santa Rita, desenvolvem um projeto solidário que ao mesmo tempo em que ajuda as famílias dos trabalhadores a terem feijão o ano todo e obter uma renda extra, também contribui com a rotatividade de culturas, que é uma das boas práticas agronômicas. Este ano, 30 hectares da fazenda que pertence ao engenheiro agrônomo e produtor canavieiro, Raimundo Nonato Siqueira, foram cedidos aos funcionários da propriedade para o plantio de feijão, cuja colheita é destinada 100% aos trabalhadores para consumo próprio e comercialização de excedentes, com renda destinada também, exclusivamente, a eles. A expectativa é que a safra de feijão verde e seco seja colhida até maio.
Em junho, explica o filho de Nonato, Neto Siqueira, a terra é devolvida para o plantio de cana-de-açúcar, que é a principal lavoura da propriedade. “Nos sentimos extremamente gratificados por poder proporcionar um ganho extra aos nossos colaboradores e também assegurar o feijão para consumo próprio deles durante todo o ano”, destaca Neto, que também é engenheiro agrônomo e é quem ajuda a administrar a fazenda do pai.
Ele lembra que a rotação de culturas é uma técnica agrícola de conservação que visa a diminuir a exaustão do solo. “Isto é feito trocando as culturas a cada novo plantio de forma de que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo. Consiste em alternar espécies vegetais numa mesma área agrícola”, explica ele, lembrando que além de contribuir com a conservação do solo, ela também ajuda no controle de pragas e doenças da lavoura e, neste caso, específico também tem um viés social e econômico importante, já que ajuda na alimentação e renda dos trabalhadores.