Trabalho é desenvolvido em todas as unidades industriais da PB, durante toda a safra
Três das oito unidades industriais que atuam no Estado da Paraíba já iniciaram o processo de moagem da cana-de-açúcar correspondente à safra 2012/2013, com a trituração de cana própria. Na próxima segunda-feira (20) se inicia o processo de fiscalização da cana dos fornecedores ligados à Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). E para acompanhar esse processo, a Asplan acaba de contratar 22 profissionais para atuar como agentes tecnológicos nas unidades industriais e em seus laboratórios durante toda moagem da safra que seguirá até fevereiro de 2013. A primeira reunião dos fiscais com a gerente administrativa da entidade, Kiony Vieira, a supervisora da fiscalização, Marlene de Lima e o engenheiro químico, Francisco Dutra, responsáveis pela capacitação e acompanhamento da equipe, aconteceu nesta quinta-feira (16), no auditório da entidade, em João Pessoa.Ao logo da reunião, os agentes tecnológicos contratados pela Asplan receberam informações importantes referentes ao plano geral de fiscalização da safra 2012/2013 e tiraram todas as suas dúvidas a respeito do processo, desde a pesagem da cana-de-açúcar nas balanças de carga , a coleta das amostras, a trituração, a pesagem de sub-amostras, até a leitura do Brix (teor de sacarose) e da Pol (pureza do caldo extraído) da matéria-prima. Todos esses procedimentos estão relacionados à qualidade da cana do fornecedor e, consequentemente, à remuneração que eles recebem das unidades industriais. Os fiscais, neste caso, têm a função de monitorar o cumprimento das normas técnicas estabelecidas entre empresas processadoras de cana e fornecedores
A gerente administrativa da Asplan, Kiony Vieira, explica que para garantir a remuneração correta da cana dos fornecedores associados, a Asplan, além dos serviços que oferece de monitoramento de moagem nas usinas 24 horas por dia, também mantém um laboratório devidamente equipado em sua sede para análise comparativa. O objetivo da ação é aprimorar ainda mais a fiscalização, comparando amostras e exaurindo qualquer dúvida”, salienta a gerente, lembrando que o trabalho é feito de forma diária em todas as unidades industriais e que além da fiscalização, os agentes também elaboram dois relatórios por semana e os enviam via internet para a equipe responsável pela fiscalização na Asplan.
Kiony esclarece que outros relatórios diários, quinzenais e de resumo de safra também são enviados ao Departamento Técnico da Asplan (Detec). Todos os fiscais recebem a supervisão de Marlene de Lima e são acompanhados pelo consultor e pesquisador da Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Francisco Dutra Melo, que também é o químico responsável pelo trabalho desenvolvido durante a safra.
Ainda de acordo com Kiony, a primeira reunião com o grupo, também oficializou a contratação dos 22 agentes capacitados para a fiscalização a partir desta segunda-feira, sendo que de todos apenas seis são novatos. “Serão em média dois a três agentes fiscais por usina”, disse a gerente. Os demais encontros, ressalta ela, acontecerão mensalmente para avaliação do trabalho desenvolvido nas unidades industriais. “Registrar e documentar as ocorrências que surgirem durante o processo de moagem, reforçar o contato frequente com o Detec da Asplan para passar essas falhas verificadas, para que as mesmas sejam corrigidas e interagir com os demais agentes no sentido de trocar ideias sobre o trabalho foram algumas das orientações que foram reforçadas durante essa primeira reunião. Posteriormente vamos avaliá-los”, detalhou.
O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, frisou que o trabalho de monitoramento desenvolvido em prol dos cerca de 1.800 produtores associados à entidade tem como objetivo garantir uma avaliação precisa do peso e da qualidade da matéria-prima fornecida por eles às usinas, sem perdas em termos de remuneração. “Quem tiver ATR (açúcar) de sua cana abaixo da média, procure de imediato a Asplan, mais especificamente o Detec, que vamos estudar a causa para o baixo rendimento. O que não se pode é o produtor achar que está sendo prejudicado ou achando que deveria ser melhor remunerado”, recomenda o dirigente da Asplan.
Pesagem da cana
Além do acompanhamento nos laboratórios, a equipe de fiscais também participa do processo comparativo de pesagem realizado nas três balanças de carga localizadas na Estação Experimental de Camaratuba, no município de Mataraca, em Mamaguape e em Alagoa Grande. Todas elas contam com um funcionário da Asplan que fica à disposição no horário das 7h às 11h e das 12h às 17h.