A renovação de um acordo de parceria entre a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA) e o Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar – PMGCA da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) com a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) vai possibilitar que os associados da entidade tenham acesso legal e sem ônus às antigas e novas variedades de clones de cana-de-açúcar patenteadas pela instituição. O contrato de renovação do Acordo de Parceria, assinado em julho, já está em vigor e tem validade de cinco anos.
O presidente da Asplan, José Inácio de Morais frisou que o melhoramento genético da cana-de-açúcar é um dos caminhos que o produtor canavieiro deve buscar para obter maior produtividade de sua lavoura. “A gente tem que buscar a tecnologia para melhorar a produtividade e a utilização de variedades mais promissoras, mais resistentes e que se adéquam melhor as características de nosso solo e clima é um dos caminhos dessa busca, sendo um dos mais importantes”, destaca o dirigente canavieiro.
O diretor do Departamento Técnico (DETEC), da Asplan, Neto Siqueira, lembra que esse convênio permitirá que a Asplan e, consequentemente, os associados da entidade tenham acesso à tecnologia do PMGCA, incluindo licenciamento não exclusivo para cultivo das variedades RB protegidas e genótipos em desenvolvimento. “O Associado da Asplan terá a garantia de licença para plantar e multiplicar as variedades tendo respaldo jurídico junto ao Ministério da Agricultura e outros órgãos de fiscalização para utilizar os cultivares”, reitera Neto, lembrando que o plantador da cana da Paraíba ainda poderá escolher qual variedade irá utilizar, entre as disponibilizadas pela RIDESA, baseada nas características e peculiaridades de sua região de plantio.
Neto adianta ainda que o convênio é destinado a todos os plantadores de cana associados, mas para ter acesso aos benefícios da parceria o produtor deverá estar adimplente com a contribuição financeira da associação. “Estamos investindo neste convênio e há um custo mensal para isso, que não é baixo, por isso é preciso que o produtor esteja em dia com suas obrigações financeiras junto à entidade para usufruir do benefício”, reforça ele.
No dia 22 de outubro deste ano, a RIDESA lançará 18 novas variedades durante um evento em Ribeirão Preto (SP). Atualmente, a instituição de pesquisa tem 116 variedades patenteadas. Todas elas, incluindo as que serão lançadas, segundo Djalma Euzébio, da RIDESA, estão contempladas na parceria Asplan/RIDESA, representada no Acordo de Parceria pela Fundação Apôlonio Salles de Desenvolvimento Educacional (FADURPE).



