Segundo o Ministério da Agricultura, a cana deve concentrar 51% do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) no Estado
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu relatório de acompanhamento de safras brasileiras, a Paraíba deve moer o equivalente a 6,506 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até o final de março. A estimativa, que revela um crescimento de 24% na safra 2011/2012 em relação à moagem do ano anterior (5,2 milhões de toneladas), também explica porque, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção de cana deve ser responsável por 51,7% do total do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) do Estado, avaliado em R$ 813 milhões. Conforme os dados publicados pelo Ministério nesta última segunda-feira (12), a safra da cana-de-açúcar na Paraíba deve faturar R$ 421 milhões este ano. A cifra representa uma elevação de 8,16% no faturamento do ano anterior, que foi de R$ 389,3 milhões.O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, afirmou que o resultado já era, inclusive, sentido no final de janeiro, quando os fornecedores associados à entidade já tinham ultrapassado em 5,8% a previsão de moagem para toda a safra 2011/2012, que era de 2.529.321 toneladas de cana. Até 31 de fevereiro, de acordo com o Departamento Técnico da Asplan, 2.676.389 toneladas de cana foram moídas nas nove unidades industriais da Paraíba. O número, além de exceder as expectativas da atual safra, também já supera em 55% a quantidade de cana moída durante toda a moagem da safra 2010/2011, que foi de 1.725.282 toneladas. E o montante ainda sofrerá acréscimos, visto que o processo de moagem no Estado só deve terminar no final de março.
Se a projeção do Ministério da Agricultura para 2012 é de crescimento de 8,16% no faturamento da cultura da cana-de-açúcar no estado, o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, acredita que o bom desempenho paraibano esteve associado à consultoria técnica, ao investimento em novas tecnologias e, principalmente, ao pagamento da subvenção do Governo Federal. “A subvenção está sempre nos auxiliando na recuperação das perdas e no investimento para a renovação de nossos campos com o plantio de novas variedades”, explica o dirigente, lembrando a importância desse pagamento para os produtores canavieiros do Nordeste.