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Diretoria da Asplan se reúne com superintendente do INCRA para debater formas de incrementar cultura canavieira de pequenos produtores da PB

Com 1.369 produtores de cana-de-açúcar em plena atividade, a Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) representa a cultura mais expressiva do estado, já que é a maior geradora de empregos no campo e renda na região. Desse total de produtores, boa parte deles, ou seja, 1.264 são classificados como micro ou pequenos fornecedores. E eles integram o universo mais vulnerável da cadeia produtiva e que precisa de políticas públicas e incentivos para ampliar sua produtividade. E foi buscando justamente essa melhoria, que a diretoria da Associação se reuniu nesta segunda-feira (11), com o superintendente do INCRA na Paraíba, Kleyber Oliveira da Nóbrega.

“Estamos pleiteando parcerias com os órgãos públicos, linhas de crédito para esse segmento, ações e políticas que possam ajudar esses pequenos produtores a terem uma melhor produtividade e ganho”, afirma o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, lembrando que esse universo de produtores que podem ser contemplados com ações do INCRA representam uma expressiva parcela de fornecedores de cana na Paraíba. A estratificação por produtores associados a Asplan está assim distribuída: micro: 993 (72,53%), pequenos: 271 (19,80%), médios: 51 (3,73%) e grandes: 54 (3,07%).

Dados da Asplan mostram que os micro e pequenos produtores têm suas lavouras, sobretudo, em Sapé, Cruz do Espírito Santo, Rio Tinto, Marcação, Pedras de Fogo e Baía da Traição, justamente, onde se encontram grande parte dos assentamentos e aldeias indígenas da Zona da Mata e Agreste paraibano. Esse universo de micro e pequenos produtores, que representa 92,33% do total de fornecedores de cana no estado, foi responsável pela produção de 820.000 toneladas na safra passada. “Esse é um dado expressivo, que ilustra bem a importância de se desenvolver ações que contemplem esse universo de pequenos produtores”, reitera José Inácio, que agora espera respostas do INCRA às suas solicitações.

Do volume total de produção de cana na safra passada na Paraíba, terceiro maior produtor do Nordeste, somando a cana de associados a Asplan e de indústrias, se chegou a um volume de 5.675.107,870 toneladas, destes, 3.109.896 toneladas foram oriundas de fornecedores ligados à Asplan. A estimativa para a safra 2019/20, que começou em julho e deve terminar em fevereiro, é de 6,5 milhões no total.

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Renda dos produtores de cana-de-açúcar do Nordeste cai em função do baixo preço pago pela tonelada da matéria-prima

O preço da tonelada de cana-de-açúcar no Nordeste, atualmente, caiu a níveis críticos o que está preocupando os produtores da região que vêm sua renda incompatível com os custos da lavoura. O valor médio pago pela tonelada da matéria-prima entre os meses de agosto e outubro foi de apenas R$ 86,00, valor bem inferior ao da safra 2016/2017 onde o preço pago chegou a R$ 102,00. A expectativa do setor era de um preço melhor, mas a grande oferta de etanol na atual safra puxou os preços para baixo

O presidente da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, está preocupado com essa situação. “O valor pago, atualmente, pelo preço da tonelada de cana não remunera o produtor e não há alternativa viável para o produtor nordestino se não a cultura canavieira, porque o solo não é propício para grãos e fruticultura só dá em perímetro irrigado, o que necessita de um alto investimento em projetos de irrigação”, afirma o dirigente canavieiro.

Ainda de acordo com José Inácio, a saída para reverter a situação é aumentar a produtividade do canavial que também está abaixo do mínimo necessário para melhor remunerar quem planta cana. “O produtor precisa tirar o mínimo de 60 toneladas por hectare plantado para ter uma remuneração razoável, mas, a média que se observa hoje é de pouco mais de 50 toneladas”, destaca o dirigente canavieiro, lembrando que o aumento da produtividade passa, necessariamente, por investimentos em sistema de irrigação e em nutrição do solo, o que também requer altos investimentos por parte do produtor que recebe sua remuneração em moeda nacional, mas tem que arcar com custos de produtos importados, cujos valores são atrelados ao dólar americano.

“De fato, o produtor canavieiro é antes de tudo um forte e a cana-de-açúcar, mesmo tendo oscilações de remuneração, é a única cultura que resistiu ao tempo na região e atravessou séculos, desde o descobrimento do Brasil, sendo o principal sustentáculo econômico e social da região”, finaliza José Inácio, lembrando que uma das principais características da cultura canavieira é passar de geração a geração. Ele próprio é bisneto e neto de senhor de engenhos e seu filho, Inácinho, segue o mesmo caminho do pai e de seus ancestrais, tendo se formado em Agronomia e já atuando junto às propriedades da família no cultivo da cana e de outros negócios.

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Presidente da Asplan ressalta coragem de Rodrigo Maia em levantar a bandeira de um dos mais importantes setores da economia brasileira

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, foi o principal homenageado do Encontro Fórum Nordeste “A Câmara Federal preserva a cana social”, que aconteceu nesta segunda-feira (04), em Recife. O evento, que teve o objetivo de agradecer aos parlamentares federais que estão lutando e defendendo políticas públicas  pró-cana, foi prestigiado por representantes do setor, incluindo os da Paraíba. O presidente da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais fez um discurso contundente em defesa do setor, onde enalteceu a coragem do presidente da Câmara em desempenhar um grande papel em defesa do segmento em Brasília. O deputado estadual Tovar Correa e os deputados federais Aguinaldo Ribeiro e Efraim Filho, estes dois últimos homenageados também na ocasião, reiteraram o apoio ao RenovaBio, programa de incentivo aos biocombustíveis que vai entrar em vigor em 2020.

“A classe média rural vem a agradecer aos deputados pelo trabalho que tem sido feito, especialmente, e mais recentemente no que diz respeito a entrada da cota americana de etanol importado dos EUA. Quero aqui também lembrar a Rodrigo Maia de sua coragem. Nosso presidente Renato Cunha falou pelo Nordeste, mas, eu vou mais além. Sua coragem, Rodrigo, e sua origem – e eu sei onde você nasceu – não devem nada a Catolé do Rocha, uma terra de homens de bem como o ex-governador João Agripino, Tarcísio Maia, do Rio Grande, e Zé Agripino. Hoje, falo como correligionário e estamos aqui reunidos e é uma honra estar aqui junto com Agnaldo Ribeiro e Efraim filho, que mostram como a Paraíba é pequena em território, mas bem representada. Aguinaldo na liderança e Efraim que já foi líder do partido e cujas atuações orgulham o nosso estado”, comentou José Inácio.

O presidente da Asplan, ressaltou ainda a importância do RenovaBio, que é uma política de Estado que objetiva traçar uma estratégia conjunta para fortalecer o papel dos biocombustíveis na matriz energética brasileira. “Ele é uma esperança para o desenvolvimento do setor e das fontes de combustível renovável. Além de ser uma caminhada para o futuro, já que estamos falando de um combustível limpo e o estabelecimento de metas nacionais anuais de descarbonização. Ou seja, o programa é uma forma de incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis – como o etanol, biomassa, biodiesel, biogás. Estamos com muita expectativa”, avaliou José Inácio.

Programa ainda está pendente devido à transação dos Certificados de Descarbonização (CBios ) no mercado, que regulamenta o projeto. A nova legislação é prevista para começar a valer no primeiro dia de 2020. A expectativa é de um salto na produção atual de 33 bilhões de litros, para mais de 50 bilhões de litros em 2030, segundo o próprio governo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, destacou que a produção de um dos setores mais importantes do Brasil, o sucroenergético, precisava de algo que o protegesse de fortes impactos econômicos e na geração de empregos na região Nordeste. Ele agradeceu à reverencia das entidades e disse reconhecer a importância do setor para reduzir desigualdades sociais. Durante o evento em Recife, no Arcádia Boa Viagem, muitos apresentaram a importância do setor na economia do país. O presidente da NovaBio e Sindaçúcar-PE, por exemplo, Renato Cunha, ressaltou a importância econômica do setor sucroenergético por empregar quase 1 milhão de pessoas e acrescentou que o Congresso tem desempenhado um papel de mudança para uma transformação do Brasil, tendo os deputados sido “incansáveis e incondicionais para o desempenho do Nordeste”.

Além do presidente da Asplan, participaram do evento os diretores da Associação, Oscar Gouveia, Raimundo Nonato, Neto Siqueira, Pedro Neto, Fernando Rabelo Filho e Frederico Madruga.

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