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Presidente da Feplana diz que reunião com líderes partidários e representantes do governo federal foi produtiva e expectativa é boa

A reunião desta terça-feira (17), entre líderes partidários e representantes do governo federal com representantes do setor sucroenergético, que tratou sobre o etanol importado dos EUA sem tarifa, em Brasília, na opinião do presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Lima, além de muito prestigiada deve resultar numa flexibilização do governo em relação a essa questão.

“A reunião andou bem, o Projeto de Decreto Legislativo, de autoria do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), aprovado na semana passada, em regime de urgência pelos deputados e que seria capaz de sustar a decisão do governo, vai ficar suspenso, até o retorno do líder do governo, Major Vitor Hugo, que nos assegurou que vai tratar de uma proposta junto ao presidente Bolsonaro, para minimizar a situação desfavorável que o aumento da cota de importação provocou no setor”, destacou Alexandre, adiantando que saiu da reunião muito esperançoso que haverá essa sensibilidade e contrapartida por parte do governo.

“O governo sabe que o aumento da cota e a isenção concedida para importação do etanol de milho dos EUA, autorizada por um decreto, no final de agosto, causa um  impacto muito negativo aos produtores brasileiros, especialmente, os do Nordeste para onde a maior parte desse etanol se destinaria e viu que o setor se mobilizou fortemente e que a busca de um consenso é um caminho mais sensato neste momento”, argumenta o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, que a exemplo de Alexandre, também está otimista com um aceno positivo do governo a essa pauta de flexibilização proposta pelo setor.

Entre as propostas colocadas na pauta de negociação, o setor produtivo do Nordeste pede que essa cota de importação de 750 milhões de litros de etanol seja destinada aos mercados do Centro-Sul, durante três trimestres, já que lá esse volume representa apenas 2% da produção, bem diferente do peso que tem na região Nordeste, onde esse volume equivale a quase 88% da produção. “Nossa proposta é que o etanol importando, só chegue aos portos do Nordeste em junho, julho e agosto, do ano que vem, meses de entressafra na região”, destaca José Inácio.

Além do dirigente da Feplana, participaram da reunião o Presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, Gerson Carneiro Leão, o senador Fernando Bezerra, líder do governo no Senado, além de industriais e parlamentares das bancadas federais de vários estados do Nordeste, a exemplo de Pernambuco, Alagoas e Paraíba.

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Asplan marcará presença no Fórum Nordeste onde estarão o governador da PB e a Ministra da Agricultura para debater o setor sucroenergético

Um grande evento em Recife (PE), na próxima segunda-feira (16), o Fórum Nordeste 2019, vai reunir governadores nordestinos; inclusive João Azevedo, da Paraíba, a Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, o Ministro de Minas e Energia, Bento Câmara, o diretor – geral da Agência Nacional do Petróleo, Gas Natural e Biocombustivel, Décio Oddone, além de especialistas para discutir sobre os desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energias renováveis. O evento, que é uma iniciativa do Grupo EQM e do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), também contará com a presença do Presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba – Asplan, José Inácio de Morais, além de diretores da entidade.

Para José Inácio, esse será um momento muito interessante porque juntará autoridades nordestinas e representantes da esfera Federal em um único lugar para discutir e pensar em soluções que impulsionem o Brasil e o Nordeste frente à crescente demanda por combustiveis limpos. “Vamos conhecer o que está sendo feito em relação a isso, as produções de Biocomhustiveis no Nordeste, debater sobre a sustentabilidade do setor e o plano do governo federal para desenvolver o setor energético nacional”, comentou o dirigente da Asplan.

O Fórum Nordeste 2019 traz uma programação com temas bastante atuais, entre eles: implementação da RenovaBio, investimentos em irrigação, combustíveis e o setor elétrico. Na lista dos palestrantes confirmados, estão, além de Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP); Reive Barros, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia; Plínio Nastari, da Datagro; Donizete Tokarsi, da Ubrabio e Renato Cunha, presidente do SIndaçúcar-PE e presidente executivo da Novabio. O Fórum será no Arcádia do Paço Alfândega, a partir das 9h, durante todo o dia.

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Canavieiros do NE debatem a repercussão e medidas para reduzir o impacto da importação de etanol dos EUA para o Brasil

O aumento do volume subsidiado de etanol importado dos Estados Unidos para o Brasil e sua repercussão no mercado nacional, especialmente, no Nordeste que está em plena safra, e quais alternativas para reduzir esse impacto negativo no mercado produtor regional foi o mote de uma reunião, realizada esta segunda-feira (09), em Recife. Convocada pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), o encontro contou com a participação de representantes do setor de vários estados do Nordeste e foi realizada na sede da Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP).

“Quem faz parte desta cadeia produtiva está muito apreensivo desde que o governo federal ampliou a cota de importação do etanol subsidiado dos EUA e nós, que produzimos no Nordeste e estamos em plena safra, caso o governo não destine boa parte deste montante ao sudeste, seremos extremamente prejudicados com essa medida”, destaca o presidente da Unida e também da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais.

O dirigente canavieiro lembra que a cota foi ampliada de 600 milhões de litros para 750 milhões e que o governo fez exatamente o contrário do que tinha pedido o setor. “A expectativa era de que não haveria mais cota para importação do etanol americano e para nossa surpresa, não só se manteve a cota como também se ampliou com acréscimo de 150 milhões de litros”, reclama José Inácio, que clama agora por uma contra partida do governo que amenize os impactos desta situação.

Como sugestão, tirada da reunião desta segunda-feira, está o aumento da cota americana de exportação de açúcar que, atualmente, é de 157 mil toneladas. Para o setor essa cota, que é restrita ao mercado nacional nordestino, deveria passar para 300 mil toneladas. Outra reivindicação é que esse etanol importado seja dividido para todo o Brasil e não apenas para o Nordeste e só entre no mercado nordestino nos meses de junho, julho e agosto quando há déficit do produto para suprir o mercado local. E como outra alternativa, o setor sugere que o governo volte a pagar a subvenção aos produtores do Nordeste que competem em condições de desigualdade em relação aos do Sudeste do país.

Para o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Lima, o governo precisa criar uma saída para não prejudicar, ainda mais, a safra atual no Nordeste. “Estamos em plena safra que começou agora em setembro e vai até março ou abril de 2020. Nós não temos como concorrer com o etanol de milho vindo dos EUA uma vez que ele já é subsidiado lá e ainda tem uma isenção de 20% para entrar no mercado brasileiro. Isso é injusto com o setor”, reitera Alexandre Lima.

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