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Projeto RENOVABIO que amplia produção de cana e cria empregos no campo é apresentado ao senador Cassio Cunha Lima

Voltar ao patamar de produção de 60 milhões de toneladas de cana/safra e recuperar 60 mil postos de trabalho, ao longo de três anos, beneficiando vários estados do Nordeste, do Rio Grande do Norte até a Bahia, e direta e indiretamente, cerca de 6 milhões de habitantes. Essas questões estão contempladas no projeto RENOVABIO que foi apresentado ao senador paraibano, Cássio Cunha Lima. A apresentação do projeto foi feita pelo presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), José Inácio de Morais, e pelo consultor e idealizador da proposta, Gregório Maranhão. O encontro aconteceu no escritório do senador paraibano, em João Pessoa, na última segunda-feira (23).

O presidente da Unida e também da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, fez um breve panorama da atual situação da produção canavieira no Nordeste, que caiu de 60 milhões de toneladas para 40 milhões nos últimos anos, e reiterou a importância da recuperação do setor. “Essa situação não gera impactos negativos somente na cadeia produtiva, mas na economia e desenvolvimento da região porque significa também a redução de postos de trabalho e de geração de renda”, destacou o dirigente canavieiro.

Gregório Maranhão, por sua vez, fez a explanação de detalhes do projeto, ressaltando que o RENOVABIO é uma saída viável e de curto prazo para reverter essa situação. “Esse projeto busca a recuperação de 300 mil hectares de cana, oportunizará a criação de 60 mil empregos por ano, ao longo de três anos, em toda área da zona canavieira do Nordeste, com um investimento de R$ 90 milhões/ano para todos os estados, montante que é bastante viável de ser custeado a partir de uma parceria público/privada”, destacou o consultor.

O senador paraibano elogiou a iniciativa e disse que o projeto terá seu total apoio. “Podem contar comigo no Senado, pois defenderei esse projeto inclusive e principalmente porque tenho convicção que o setor canavieiro é um importante sustentáculo econômico da região e que sua revitalização trará impactos muito positivos ao Nordeste”, destacou Cássio Cunha Lima.

Encaminhamentos do Projeto

Nesta sexta-feira (27), o o governador Paulo Câmara vai se reunir com o ministro Extraordinário da Segurança Pública do Brasil, Raul Jungmann, em Recife, para, entre outras questões, apresentar o projeto, uma vez que a proposta também tem um viés importante na redução da criminalidade. “Esse projeto também contempla duas grandes e importantes questões da atualidade que dizem respeito ao combate ao desemprego e melhoria dos indicadores de segurança pública, isto porque temos hoje 12 milhões de desempregados e problemas graves com segurança pública que também advém desta mazela social de desocupação. Com o RENOVABIO, nos criaremos 60 mil postos de trabalho por ano, ao longo de três anos, em toda área da zona da mata canavieira que, e isso certamente, contribuirá para diminuir essa problemática que hoje afeta toda a sociedade”, argumenta Gregório Maranhão.

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Usinas paraibanas são parceiros estratégicos e essenciais na preservação da área remanescente de Mata Atlântica

Atualmente, a Paraíba tem apenas 8,5% de remanescentes de Mata Atlântica índice bem menor que a média nacional, que fica em torno de 12,4%, de acordo com o último levantamento de 2015 do INPE e da SOS Mata Atlântica. E essa reserva está muito concentrada, tanto em termos de área, quanto de conexão entre elas, entre quatro usinas sucroalcooleiras, a Japungu, Miriri, Monte Alegre e São João. Juntas, essas unidades industriais detêm uma área de, aproximadamente, nove mil hectares de mata que, segundo o pesquisador e biólogo da UFPB, Pedro Cordeiro Estrela, é a ‘arca de Noé’ da Mata Atlântica paraibana.

De acordo com o pesquisador, que foi um dos palestrantes e organizadores do seminário “Diálogos de Sustentabilidade no Setor Sucroalcooleiro: Fauna e Floresta”, que aconteceu, nos dias 19 e 20 último, na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa, as usinas são parceiros estratégicos e essenciais para manutenção de toda a diversidade da Mata Atlântica paraibana. “As indústrias paraibanas contribuem de uma forma imensa para a preservação. Só a Japungu, que é o exemplo mais emblemático de todos, tem duas reservas privadas de proteção da natureza as RPPN’s, a do Engenho Gargaú e Pacatuba, que totalizam cerca de 1.200 hectares. Essas duas reservas geraram quase tanta informação quanto a Reserva Biológica Guaribas, que pertence ao Governo Federal”, destaca Pedro Estrela.

Ele lembra que a reserva Guaribas, que fica em Mamanguape, foi criada para preservar o macaco Guariba –de-mãos-vermelhas, que é um animal que existe também na Amazônia. “Esse animal desapareceu da reserva Guaribas e foi achado na RPPN Pacatuba, que é da Japungu, alguns desses animais foram realocados de uma reserva privada, pertencente à usina, para serem reintroduzidas em uma reserva federal. Essa foi uma contribuição imensa, pois esses animais estão ameaçados de extinção. As usinas daqui preservam e geram informação científica por essa preservação, pois temos uma centena de trabalhos acadêmicos, entre trabalhos de conclusão de curso, projetos de iniciação científica, de mestrados e doutorados e disciplinas de campo desenvolvidos nestas áreas, desde 1984”, atesta o pesquisador.

Ainda segundo Estrela, a área que compreende cerca de nove mil hectares e que pertence as usinas Miriri, Japungu, São João e Monte Alegre, que fica à esquerda da BR 101, indo para Mamanguape, é um conjunto de matas importantíssimo. “Se tirarmos esses fragmentos, é o mesmo que dissolver toda a Mata Atlântica paraibana. Então uma das coisas que estamos a sugerindo é que essa área fosse convertida em reservas”, destaca ele. “Essa é uma sondagem que foi feita e debatida entre os representantes da Academia e os gestores ambientais das usinas. É uma indicação, mas a gente não sabe se vai avançar porque existem uma série de procedimentos legais a serem adotados, porém seria uma das maiores reservas privadas de toda a Mata Atlântica”, destaca o pesquisador, reiterando o potencial que isso daria em termos de mudança de perspectiva socioambiental, de consciência e resultados concretos de formação de centenas de pesquisadores que estudam essas matas na Paraíba. “Esses remanescentes florestais, fornecem serviços ecossistêmicos importantes de regulação de clima, regulação hídrica, mas também serviços de biodiversidade, tais como, controle de pragas e polinização”, lembra ele.

Para o diretor do Sindalcool, Edmundo Barbosa, que foi quem fez a abertura do evento com uma palestra sobre o Renovabio, o seminário atingiu seus objetivos. “A proposta era debater e formular uma agenda de interesses convergentes dentro do quadro do Renovabio e conseguimos isso. O nosso diálogo estreitou os laços entre o setor produtivo e a academia que é quem detém a maior parte das informações sobre a biodiversidade que ocorre dentro dos fragmentos florestais da Mata Atlântica, que pertencem em grande parte as usinas e aos produtores de cana paraibanos”, afirma Edmundo.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, também avalia que o Seminário foi um diálogo importante entre o setor sucroalcooleiro, compreendido pelas indústrias e produtores, e os setores ambientais que englobam o terceiro setor e a academia. “Precisamos unir forças e conhecimentos para não apenas debatermos, mas encaminharmos propostas dentro do quadro da nova política para biocombustíveis, que é a Renovabio e debatemos aqui assuntos que são importantes para essa agenda”, destacou o dirigente da Asplan. Neste aspecto, ele lembrou que absurdos como o que propõe a fabricação de um carro híbrido, que use energia e ao mesmo tempo gasolina, não podem ser aceitos. “É um contra senso propor a operação de um carro que use um combustível fóssil, altamente poluente, como a gasolina, junto com o uso da energia”, criticou José Inácio.

O representa te da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, outro palestrante do evento, lembrou que tanto as empresas, quanto os produtores devem se certificar ambientalmente para acessar ao mercado de Carbono que foi criado pelo Renovabio. “É preciso estar em sintonia com as diretrizes do Programa, que vai calcular a eficiência energética em termos de emissão de Carbono de cada produtor”, disse ele, reiterando a necessidade dos produtores estarem em dia com a legislação, certificados ambientalmente e com o Cadastro Ambiental Rural concluído.

A representante da UFPE, Jakelyne Sousa, apresentou um estudo recente, que atesta que a produtividade da cana é maior perto dos fragmentos florestais do que distantes deles. “A presença dessa Mata Atlântica é um fator de produtividade mais alta da cana-de-açúcar. Um dos fatores que atesta isso é a precipitação que é acarretada próxima das matas, a chamada Brisa de Mata, que ocorre quando o ar passa em cima da mata se carrega de umidade e quando ele chega na área da cana, que é mais seca, essa precipitação condensada cai. Esse é um dos efeitos. Há outros que ainda não foram testados cientificamente”, disse ela.

Jakelyne lembrou ainda que existe uma lacuna de quantificação dos serviços ambientais prestados pelas matas na produtividade da cana. “A gente não sabe quantificar o quanto essas matas geram, por exemplo, de recursos hídricos, a gente só observa que tem uma maior produtividade, que os recursos hídricos dependem da mata, mas não tem experimentos que comprovem isso. É empírico, a gente observa mas não sabe o mecanismo, pois os ecossistemas são complicados e dependem de muitas interações entre plantas, animais, atmosfera e solo, então não há uma agenda de pesquisa para valorizar esses serviços e permitir que haja um entendimento, uma sinergia entre o ambiente e a produção”, destacou ela.

A representante da SOS Mata Atlântica, Erika Guimarães, ressaltou que existem, há mais de 30 anos, pesquisas nestes ecossistemas, nestes fragmentos de Mata Atlântica que pertencem as usinas, mas inexiste uma síntese de todas essas informações. “Nestas três décadas, pesquisadores estudam fauna, flora dentro destes fragmentos, mas ainda não existe um estudo mais organizado sobre tudo isso”, disse Erika. O Seminário contou ainda com a apresentação de projetos agroecológicos das usinas Miriri, Japungu e Monte Alegre, que incluem desde a preservação e conservação das reservas de Mata Atlântica até a adoção de práticas cotidianas nas unidades que aliam harmonicamente o compromisso ambiental à atividade produtiva e industrial das unidades.

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Ministro do Trabalho visita a Asplan e conversa com diretoria da entidade sobre importância do setor na geração de emprego e renda

O ministro do Trabalho, Helton Yomura, que anunciou investimentos de R$ 20 milhões para a Paraíba, esteve na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), na manhã desta sexta-feira (20), para falar sobre a aplicabilidade da Nova Lei de Migração, em um evento do Ministério do Trabalho que está sendo realizado no auditório da entidade canavieira. Na ocasião, o ministro foi recepcionado pela diretoria da Asplan e recebeu informações dos produtores sobre a importância da cultura canavieira na geração de empego e renda.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, fez um breve relato sobre a importância da cultura canavieira, situando-a como a maior e mais promissora da região e a que mais emprega no campo (são cerca de 40 mil empregos diretos em épocas de safra), destacou a expectativa do setor com o Renovabio, criticou a importação do álcool dos EUA e o projeto do carro híbrido, que usa gasolina e energia elétrica, e reiterou o despropósito de se debater o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia.

O ministro ressaltou a importância do setor, especialmente, em relação as oportunidades de trabalho, falou da expectativa em relação ao Renovabio e disse que estava feliz em vir à Paraíba trazer boas novas. “Vim aqui anunciar a liberação de recursos para o Estado, na ordem de R$ 20 milhões, que serão destinados à qualificação profissional, através dos programas Qualifica Brasil, Economia Solidária e Pronatec Trabalhador”, disse Yomura, que tomou posse como ministro no último dia 10, após a reforma ministerial feita pelo presidente Michel Temer.

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