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Informe Climático – Maio de 2023

Nº 02/2023 - 12 DE MAIO DE 2023

ESTABELECIMENTO DO FENÔMENO EL NIÑO PODERÁ TRAZER IMPACTOS DESFAVORÁVEIS SOBRE O PERÍODO MAIS CHUVOSO DO LITORAL PARAIBANO

CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Figura 01 – Variação Temperatura da Superfície do Mar dos Oceanos Pacífico e Atlântico (tons em vermelho representam temperaturas da água acima da média, em azul abaixo). Fonte: Climate.gov/NNVL.
O mês de maio marca o retorno do fenômeno El Niño, depois de praticamente três anos da atuação da La Niña. O evento consolida-se com o aquecimento anômalo sobre as águas superfíciais sobre o Oceano Pacífico Tropical (Figura 01, quadro tracejado vermelho), mudanças no padrão médio dos ventos e pressão atmosférica. Atualmente o fenômeno encontra-se na sua fase inicial, com intensidade fraca, mas aquecendo gradativamente e deve evoluir sua variabiliadade da temperatura inicialmente entre as áreas do Niño 1+2 evoluindo para Niño 3+4 (de oeste para leste) neste trimestre, alcançando progressivamente sua fase madura. O fenômeno El Niño normalmente traz impactos negativos sobre o período mais chuvoso do Nordeste do Brasil (NEB), inclusive sobre o setor leste do estado da Paraíba, regiões do Litoral, Agreste e Brejo paraibano, causando irregularidade tanto na distribuição espacial, quanto temporal das precipitações pluviométricas da região. Com relação as condições do Oceano Atlântico Tropical (região que influência o clima no Nordeste do Brasil), as temperaturas da superfície do mar (TSM) voltaram a apresentar anomalias positivas (aquecimento) e que influência favoravelmente a evolução das precipitações sobre o litoral do Nordeste do Brasil, principalmente sobre os estados da Paraíba e Pernambuco.

TENDÊNCIA TEMPO E CLIMA

Figura 02 – Previsão da temperatura da Superfície do Mar dos Oceanos Pacífico e Atlântico (tons em vermelho representam temperaturas da água acima da média, em azul abaixo). Fonte: Climate.gov/NNVL.

De acordo com as previões de evolução do fenômeno El Niño para o período de junho a agosto/2013, exemplo da Figura 02, mostra a evolução do fenômeno para um El Niño já maduro para o próximo trimestre, com águas mais aquecidas em toda a bacia tropical do Oceano Pacífico, se configurando como um El Niño tradicional e de média magnetude. Estes resultados são seguidos pela maioria dos modelos de previsão de TSM e consolidam-se como previsão, mas apesar do padrão canônico do sistema o mesmo se apresenta com valores de TSM moderados, não chegando a magnetude de 4oC de anomalia conforme os modelos analisados.

Por outro lado, previsões de manutenção das anomalias de TSM sobre o Oceano Atlântico tropical auxiliam a reduzir os impactos do fenômeno El Niño sobre o litoral paraibano e induzem o aumento das instabilidades vindas do Oceano Atlântico para o Continente. Com a possibilidade de manutenção de águas mais quente sobre o Atlântico Tropical, também teremos menos impactos climáticos do fenômeno El Niño e poderemos ter uma regularidade maior das precipitações pluviométricas na região.

Assim, as perspectivas climáticas para o trimestre de junho, julho e agosto é de precipitações pluviométricas oscilando de normal a abaixo da média em virtude da influência do impacto do fenômeno El Niño que deverá induzir uma maior irregularidade temporal e espacial das precipitações no decorrer do período.

Em virtude da atuação do fenômeno El Niño, embora na sua fase incial, o mesmo normalmente induz a irregularidade das precipitações, particularmente porque a área Niño 1+2, próximo a costa oeste da América do Sul está muito aquecida e normalmente inibe a evolução das precipitações em virtude de induzir bloqueios atmosféricos na região, pela intensificação da circulação descendente sobre o Nordeste do Brasil.

Figura 03 – Previsão da precipitação de 14/05 a 22/05 (A) e de 22/05 a 30/05 (B). Áreas em vermelho indicam precipitações representativas acima de 100,0 mm e tons verdes indicam precipitações pluviométricas fracas a moderadas. Fonte: GRADS/COLA

De acordo com as previões de evolução do fenômeno El Niño para o período de junho a agosto/2013, exemplo da Figura 02, mostra a evolução do fenômeno para um El Niño já maduro para o próximo trimestre, com águas mais aquecidas em toda a bacia tropical do Oceano Pacífico, se configurando como um El Niño tradicional e de média magnetude. Estes resultados são seguidos pela maioria dos modelos de previsão de TSM e consolidam-se como previsão, mas apesar do padrão canônico do sistema o mesmo se apresenta com valores de TSM moderados, não chegando a magnetude de 4oC de anomalia conforme os modelos analisados.

Por outro lado, previsões de manutenção das anomalias de TSM sobre o Oceano Atlântico tropical auxiliam a reduzir os impactos do fenômeno El Niño sobre o litoral paraibano e induzem o aumento das instabilidades vindas do Oceano Atlântico para o Continente. Com a possibilidade de manutenção de águas mais quente sobre o Atlântico Tropical, também teremos menos impactos climáticos do fenômeno El Niño e poderemos ter uma regularidade maior das precipitações pluviométricas na região.

Assim, as perspectivas climáticas para o trimestre de junho, julho e agosto é de precipitações pluviométricas oscilando de normal a abaixo da média em virtude da influência do impacto do fenômeno El Niño que deverá induzir uma maior irregularidade temporal e espacial das precipitações no decorrer do período.

Em virtude da atuação do fenômeno El Niño, embora na sua fase incial, o mesmo normalmente induz a irregularidade das precipitações, particularmente porque a área Niño 1+2, próximo a costa oeste da América do Sul está muito aquecida e normalmente inibe a evolução das precipitações em virtude de induzir bloqueios atmosféricos na região, pela intensificação da circulação descendente sobre o Nordeste do Brasil.

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Presidente da Asplan comemora aniversário e diz que é importante preparar sucessão, mas, reitera disposição de continuar dirigindo entidade

Liderança respeitada em nível regional e nacional, dirigente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em seu terceiro mandato, e da UniãoNordestina dos Produtores de Cana (Unida), grande produtor rural e profundo conhecedor do agronegócio brasileiro, o Engenheiro Agrônomo, José Inácio de Morais comemorou o seu aniversário transcorrido ontem (11), com um almoço na sede da entidade, em João Pessoa, nesta sexta-feira (12), junto com fornecedores de cana, amigos e funcionários da Associação. Na ocasião, José Inácio falou da importância de preparar sua sucessão, mas disse que se houver desejo da categoria no sentido de recondução de seu nome, como nas vezes anteriores, ele pode continuar a dirigir a Asplan por mais um mandato.

“A gente tem que realmente começar a preparar a sucessão e eu vejo nesta nova geração de produtores, muita gente capaz de conduzir os destinos da Asplan”, disse ele, citando alguns nomes presentes na ocasião, como Pedro Neto, Neto Siqueira, Frederico Madruga e Fernando Rabelo Filho. “Eu já dei minha contribuição a Asplan como dirigente, pois já estou no meu terceiro mandato, e nunca deixarei de estar aqui fortalecendo a Associação, mas, se os que integram a entidade entenderem que ainda não é hora de passar o bastão, posso ficar por mais um mandato, mas somente mais um”, disse José Inácio.

O aniversariante também mencionou a alegria de ter nascido numa família unida e amorosa, de ser natural de Macaparana (PE), uma cidade pequena que, segundo ele,  sempre se mostrou diferente, tendo quatro governadores nascidos lá. “A vida é isso, é seguir os bons exemplos, fazer o bem sem saber a quem e não ter medo de avançar e trabalhar”, reiterou José Inácio, lembrando de feitos da década de 70 em sua cidade, de sua vinda para a Paraíba, na mesma época, e do início de seu trabalho na Asplan, como sucessor de seu primo, Antônio Celso, e de suas atividades como produtor, em Itapororoca.

O dirigente canavieiro também criticou a forma como a atual novela da Globo, das 21h, mostra a atuação do agronegócio em rede nacional. “Essa novela nos mostra como grilheiros de terras, assassinos, aproveitadores e isso é triste demais, lamentável, porque o agronegócio não é nada disso, ele é pujante, importante, responsável e imprescindível”, afirmou José Inácio, destacando que o PIB do agronegócio representa 30% de todo volume do Produto Interno Bruto Nacional. “Nós alimentamos boa parte do mundo, além do Brasil”, disse ele. O presidente da Asplan também criticou as recentes invasões de terras no país, reiterando que isso não pode ser encarado com naturalidade. “Somos cumpridores da lei, empregadores de mão de obra no campo, defendemos o meio ambiente e produzimos riquezas, portanto, precisamos ser respeitados. Eu nunca tive medo de dormir na minha propriedade e desejo continuar assim”, disse ele.

Antes do discurso do presidente, o atual diretor tesoureiro da entidade, Oscar Gouveia leu uma mensagem para José Inácio, em nome dos funcionários e associados da Asplan, e algumas pessoas presentes fizeram discursos enaltecendo a boa conduta dele na entidade, a forma como ele contribui com sua experiência e competência com a   Associação, a disponibilidade dele enquanto amigo, conselheiro e consultor técnico e, sobretudo, a valorosa contribuição que ele dá não apenas a Asplan, mas, a todo o setor canavieiro paraibano, nordestino e nacional. Na ocasião, ele recebeu de presente uma bela sela de cavalo. José Inácio é também um apaixonado por cavalgadas.

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Asplan dá suporte técnico a associados na Agrishow e se municia de informações para trazer novidades para os produtores paraibanos

A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) teve destacada participação na  Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, realizada em Ribeirão Preto (SP), entre os últimos dias 1 a 5. Vários associados foram se inteirar das últimas novidades em termos de tecnologia e implementos agrícolas e contaram com o apoio técnico do Coordenador do Departamento Técnico da entidade, Engenheiro Agrônomo, Luis Augusto e do consultor financeiro da entidade, Cristiano  Aguiar. Luis, por sinal, também aproveitou a oportunidade para ir até Piracicaba na fábrica da Superohm, empresa fabricante de equipamentos científicos, para buscar informações e dar prosseguimento ao projeto de aquisição de uma unidade de tratamento térmico que, em breve, estará à disposição dos produtores canavieiros da Paraíba, na Estação Experimental de Camaratuba.

“Fui conhecer a fabricação das Unidades de Tratamento Térmico, na sede da fábrica da Superohm, pois iremos adquirir uma unidade de tratamento, que será instalada na Estação Experimental de Camaratuba. Ela nos dará um suporte importante no tratamento contra uma das mais frequentes doenças da cana-de-açúcar que se chama o raquitismo da soqueira. Essa doença está ligada diretamente com a degeneração e o baixo potencial produtivo das variedades de cana”, afirma Luis.

Ainda segundo o Engenheiro Agrônomo, com a aquisição desta unidade de tratamento, a Asplan terá condições de realizar o tratamento térmico garantindo que os  produtores tenham mudas sadias em relação ao raquitismo da soqueira. “Isso garantirá que o potencial produtivo das variedades não caiam bruscamente e, com isso, uma variedade que possui no mínimo dez anos para ser lançada, possa ter uma vida útil mais alongada. A literatura aponta no Brasil a perda de 30 a 40% de produtividade em função do raquitismo da soqueira”, reitera Luis.

Além de conhecer a fábrica da Superohm, Luis também esteve na UFSCAR- Campus de Araras para visitar a Estação Experimental da RIDESA, antiga sede do PLANALSUCAR. “Lá, eu visitei os laboratórios de biotecnologia e conversei com pesquisadores a respeito das modernas técnicas de melhoramento genético e de serviços prestados pelos laboratórios”, disse Luis, complementando que a semana passada foi muito rica em conhecimento.

Sobre a Agrishow

A 28ª edição da Agrishow 2023, principal feira de tecnologia do setor no Brasil, que terminou na última sexta-feira (5) em Ribeirão Preto (SP), alcançou volume recorde de R$ 13,290 bilhões de negócios gerados e intenções de compra em máquinas  agrícolas, de irrigação e de armazenagem. O montante representa um crescimento nominal de 18% e um aumento real de 9,5% (descontada a inflação) em relação à edição de 2022. No ano passado, a Agrishow movimentou R$ 11,243 bilhões em negócios. Este ano a feira recebeu 195 mil pessoas, em sua maioria, produtores rurais de pequenas, médias e grandes propriedades de todas as regiões do país e também do exterior.

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