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Presidente da Asplan é homenageado durante II Simpósio Paraibano de Cana-de-açúcar

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, foi homenageado durante o II Simpósio Paraibano de Cana-de-Açúcar, que aconteceu nesta quarta (26) e quinta-feira (27), na cidade de Areia (PB). O dirigente canavieiro, que fez a palestra de abertura do evento, foi surpreendido pela homenagem anunciada pelo diretor do CCA, Campus II, da UFPB, Manoel Bandeira. “Fiquei emocionado e gratificado com a homenagem e, mais ainda, porque isso aconteceu num evento onde se debateu o universo da cana-de-açúcar, um ambiente que muito me fascina, onde trabalho com amor e ainda na universidade onde me formei em 1982”, disse José Inácio.

Ao anunciar a homenagem, o diretor Manoel Bandeira, lembrou que o dirigente canavieiro tem uma vida dedicada ao setor, com destacada atuação não apenas na Paraíba, mas, também no Nordeste e no Brasil. “José Inácio é uma referência quando se fala em cana no Brasil. È um líder local, regional e nacional que sempre deu uma grande contribuição para o desenvolvimento do setor”, afirmou Manoel, destacando o vasto currículo do homenageado, que já foi secretário executivo de Agricultura da Paraíba, e é também dirigente da União Nordestina de Produtores de Cana (Unida) e ainda integrante da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana).

O diretor lembrou ainda a importância da parceria com a Asplan e contou que a entidade, através de seu presidente, possibilitou que fossem trazidas de São Paulo um banco de mudas para estudo no Campus de Areia. “Nós não tínhamos logística para trazer o banco de geoplasma e foi através de José Inácio que conseguimos trazer o material de São Paulo”, disse Manoel, reiterando que outros avanços da Academia em Areia tiveram o apoio e incentivo do dirigente da Asplan.

José Inácio, por sua vez, reiterou que a parceria Asplan/Universidade continuará a existir. “Nossa Associação sempre estará aberta para ajudar no que for possível, porque entendemos que a Academia não pode estar separada do setor produtivo”, reiterou José Inácio, sugerindo que não apenas a Asplan abra espaço para os estudantes conhecerem o mercado de trabalho, mas, também outras entidades como o Senar/Faepa e as usinas. “O Brasil precisa de mão de obra qualificada e os estudantes precisam desta vivência no mercado”, reforçou ele.

O II Simpósio Paraibano de Cana-de-Açúcar, foi promovido pelo Grupo de Estudos Sucroenergético (Gesucro) em parceria com a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), e teve o objetivo de debater aspectos relacionados ao manejo e tecnologia do cultivo de cana-de-açúcar, seu cenário atual e suas perspectivas. O tema do simpósio deste ano foi “Tecnologia e Produção no Nordeste”.  A palestra do presidente da Asplan foi sobre “Panorama atual, perspectivas e novos desafios no setor canavieiro”, e teve como moderador do painel o Diretor Técnico da Associação, Neto Siqueira que avaliou o evento como muito positivo. “Tivemos palestras de altíssimo nível, com abordagens atuais sobre temas que impactam diretamente no setor, feitas por profissionais que vivenciam o dia a dia do segmento canavieiro”, finalizou o Diretor Técnico da Asplan.

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Dirigente da Asplana/SE participa do II Simpósio Paraibano de Cana-de-açúcar

Com cerca de 400 fornecedores de cana-de-açúcar e uma produção de 2,8 milhões de toneladas, o mercado sergipano tem sua importância no cenário canavieiro do Nordeste, assim como a Associação dos Plantadores de Cana de Sergipe (Asplana/SE), entidade que representa a categoria no estado. A Associação, que é dirigida há duas décadas pelo produtor, José Amado, teve representatividade no II Simpósio Paraibano de Cana-de-Açúcar, que aconteceu nesta quarta (26) e quinta-feira (27), na cidade de Areia (PB).

“Não conhecia a região do Brejo paraibano, queria reencontrar o meu amigo e líder setorial, José Inácio, e também acompanhar as palestras do evento que, por sinal, estão em altíssimo nível” disse José Amaro, que após o evento no primeiro dia, foi com José Inácio, num prédio do Campus, conhecer a placa de formatura do amigo, que concluiu Agronomia em Areia, em 1982.

Segundo o dirigente canavieiro, embora a topografia sergipana seja ondulada e tenha pouca área plana, a produção de cana no estado segue evoluindo e sendo bem absolvida pelas cinco usinas locais que são a Pinheiro, a maior delas, com 1,1 milhão de toneladas, seguida da Taquari, com 1 milhão de toneladas, Campo Lindo, responsável por 700 mil toneladas, URTE, com 400 e a Junco Novo, que tem uma moagem de 150 mil toneladas.

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‘O mundo olha para nosso país hoje’ afirma dirigente canavieiro paraibano referindo-se ao Renovabio

“O Brasil é pioneiro neste Programa e o  mundo olha  para o nosso país hoje”. Foi assim que o Engenheiro Agrônomo e Vice-Presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Pedro Neto, abriu sua palestra  sobre ‘Eficiência energética e a redução das emissões de gases de efeito estufa’, no II Seminário Paraibano Sobre Cana-de-açúcar. O evento, foi realizado no Campus II, da UFPB, na cidade de Areia (PB), nos dias 26 e 27 de julho.

Ele se referia a Política Nacional de Bicombustíveis (RenovaBio), criada a partir da Lei nº 13.576, de 26 de dezembro de 2017, com a contribuição de estudos da Embrapa, Datagro e outras entidades. “A Lei, nada mais é que a gente tentar substituir combustível fóssil ampliando a produção e o uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira”, explicou Pedro Neto, lembrando que o combustível fóssil além de ser finito é poluidor.

Em sua explanação, ele detalhou o fluxograma do Renovabio, destacando como funciona. “Começamos pelo CBIOs, que são os créditos gerados pelo Renovabio, passando pelo produtor, usina, distribuidoras, posto, até chegar ao consumidor final, que é o veículo”, disse Pedro, lembrando que o Renovabio é o maior Programa de descarbonização do mundo.

“Desde 2017, antes de ser votado o Projeto, as firmas tinham que se cadastrar na ANP para estar apta a fiscalizar as usinas e as distribuidoras e os produtores”, disse Pedro, lembrando que uma das premissas que é essencial para o produtor ou usina participar do CBIOs é ter o CAR, além da documentação da terra e apresentar notas fiscais de tudo o que envolver a produção do etanol, desde o plantio até o processo industrial.

Ele lembrou ainda que vários fatores vão impactar na nota final do CBIOs da usina e do produtor. “As distribuidoras é quem compra o CBIOs, mas, ele também está no mercado, na bolsa de valores, qualquer empresa que polui pode comprar o CBIOS, que nada mais é que um crédito de carbono”, explicou ele, lembrando que os principais instrumentos para a concretização da Política podem ser resumidos em três eixos estratégicos: a definição das metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE), a certificação da produção de biocombustíveis e o Crédito de Descarbonização (CBIO).

Sobre as metas do Programa, ele explicou que a meta deste ano de compra de CBIOs pelas distribuidoras que atuam no Brasil é de 37 milhões e que ela é baseada nas vendas de combustível fóssil de cada empresa, no ano anterior. “Quem mais vende gasolina e diesel, terá que compensar comprando mais CBIOS ou vendendo mais etanol”, disse Pedro Neto, reiterando que, atualmente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabelece metas nacionais de descarbonização para um período de dez anos, segundo definições do Decreto nº 9.888, de 27 de junho de 2019.

Ele explicou ainda que para calcular o CBIOs, tem que ser preenchida a Renovacalc, que é uma calculadora, que analisa todas as suas compras e as origens dela, tanto no campo. “Por exemplo, a gente tem que informar a quantidade de óleo diesel que se consumiu ao produzir a safra. A quantidade de energia elétrica consumida. A fonte do adubo e a média de produção de tonelada de cana por hectare são alguns dos itens levados em consideração. Portanto, para eu produzir mais CBIOs, eu tenho que produzir melhor, com mais eficiência, gastando menos óleo diesel”, disse ele. Segundo Pedro Neto, na parte industrial, é levado em consideração ainda, o rendimento da usina. “É verificada o rendimento da indústria, com a média de ATR de uma usina que produz etanol. Se ela produzir abaixo da média, ela será penalizada, ou seja, vai gerar menos CBIOs, consequentemente, menos renda”, explicou ele, lembrando que apenas a cana-de-açúcar direcionada para produção de etanol gera CBIOs.

Sobre a nota de eficiência energética, Pedro Neto destacou que ela é calculada após o preenchimento os dados da Renovacalc com os dados do campo e da parte industrial. “Com esses dados tabulados, se calcula a nota de eficiência energética e isso gerará os créditos de CBIOs, que podem ser negociados na bolsa. Há dois anos, um CBIO valia R$ 25,00, em média, hoje está R$ 130,00”, disse Pedro Neto, lembrando que isso é um mercado seguro, já que as distribuidoras são obrigadas a comprar CBIOs. “Hoje, as distribuidoras de combustível são obrigadas a comprar CBIOs, mas, já se fala em ampliar essa obrigação para outros setores, a exemplo de fábricas  de cimento”, disse ele.

Sobre o momento atual, Pedro Neto lembrou que há um projeto em tramitação no Congresso Nacional, de autoria do ex-deputado federal paraibano e atual senador, Efraim Filho, que inclui os produtores canavieiros no Renovabio. “La atrás, quando foi votado a Lei, esqueceram de incluir os fornecedores de cana no Programa. E com isso, só quem está participando do Programa, atualmente, é as usinas e a gente quer participar e temos direito, porque o etanol é também feito com nossa cana. A gente também tem o sequestro de carbono no campo”, explicou Pedro Neto. O PL já passou por duas comissões da Câmara dos Deputados e ainda não tem prazo para ser votado em plenário. Ele propõe uma participação de 80% para o fornecedor.

“Hoje, já existe uma proposta de usinas, mas ainda não chegamos a um consenso”, reiterou o dirigente da Asplan, lembrando que o potencial de produção de CBIOs no Brasil pode ser ampliado 15 a 20 vezes mais do que hoje. “É um mercado novo, mas, extremamente promissor”, finalizou o dirigente da Asplan, destacando que na proporção dos 80% proposto pelo PL de Efraim, no preço que está o CBIOs hoje, isso equivale a R$ 8,00 por tonelada de cana, numa cana de R$ 170,00, é 5% a mais, o que no volume total, representa muita coisa.

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