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Diretoria da Asplan se reúne com superintendente do DER para definir parceria para obras de pavimentação e recuperação de estradas

Já se antevendo a safra de cana-de-açúcar 2023/2024 na Paraíba, quando acontece uma movimentação mais intensa nas estradas que servem para o escoamento da produção canavieira, a diretoria da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) se reuniu, nesta quarta-feira (17), com o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER), Carlos Pereira. Em pauta uma parceria público/privada para recuperação de vias vicinais e também da PB 016 por onde escoa a produção de cana-de-açúcar e outras culturas.

“Em épocas de safra o movimento nas estradas aumenta muito e elas precisam estar preparadas para esse fluxo e uma estrada bem conservada, asfaltada faz toda diferença neste processo de escoamento da produção que não é somente de cana-de-açúcar, mas de várias culturas”, afirmou o presidente da Asplan, José Inácio, que participou da reunião junto com o segundo vice-presidente da entidade, Raimundo Nonato, o tesoureiro, Oscar Gouveia, o diretor do DETEC da Asplan, Neto Siqueira e os produtores associados, Ana Cláudia e Marcos Américo.

O pleito da Asplan foca em estradas vicinais localizadas nos municípios do Conde, Pedras de Fogo, Alhandra, Santa Rita, Mamanguape e Itapororoca, além de trechos da PB 016. “Ficou acordado na reunião que será formalizado uma parceria público/privada, entre o DER e a Asplan, cabendo ao órgão estadual entrar com toda parte de maquinário e mão de obra e a Asplan com o custeio do combustível das máquinas, além de alimentação das equipes que vão atuar nas obras de recuperação das estradas”, disse José Inácio.

Segundo o diretor do DETEC da Asplan, Neto Siqueira, a reunião foi muito proveitosa. “Fomos muito bem recebidos pela diretoria do DER, eles avaliaram que os nossos pleitos são justos e importantes e avançamos bastante no sentido de viabilizar essa parceria público/privada que já foi firmada em safras passadas com muito sucesso”, disse ele. O cronograma de obras e início das ações ainda será definido em reuniões posteriores, mas, a expectativa é que em junho os trabalhos já sejam iniciados.

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Meteorologista prevê um El Niño moderado, com precipitações variando de normal a abaixo da média e com impactos negativos menores no clima e tempo do NE

“O El Niño já se estabeleceu, será de média magnitude, mas, com impactos negativos menos severos no clima e tempo do Nordeste, em virtude da situação favorável das temperaturas no oceano Atlântico, com um indicativo de previsão de chuvas variando de normal a abaixo da média entre os meses de junho e agosto”. Essa afirmação foi feita pelo Doutor em Meteorologia, Alexandre Magno Teodosio de Medeiros durante palestra sobre “Perspectivas Climáticas para 2023”, realizada nesta terça-feira (16), na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa.

Ainda segundo o especialista, a situação do El Niño (Fenômeno que reflete o aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico) se projeta estável porque o oceano Atlântico se mantém quente o que pode resultar num período de chuva satisfatório, mesmo abaixo da média. “Não devemos olhar apenas para o El Niño, mas, também para a situação do Atlântico que se mantém quente o que traz boas perspectivas de chuva no Nordeste, especialmente, nos estados da Paraíba e Pernambuco”, disse Dr. Alexandre Magno.

Ele lembrou ainda que o mês de Maio marca o retorno do El Niño, depois de praticamente três anos da atuação do La Niña e isso provoca mudanças nos padrões médios dos ventos e pressão atmosférica, influenciando diretamente no tempo e clima do período chuvoso do Nordeste. “Isso causa irregularidades tanto na distribuição espacial quanto temporal das precipitações pluviométricas da região”, explicou ele, lembrando que as análises de diversos modelos de previsão de tempo em longo prazo dão indicativos de precipitações pluviométricas concentradas na faixa litorânea Leste do Nordeste do Brasil, em particular nas regiões do Litoral, Agreste e Brejo da Paraíba.

Dr. Alexandre disse ainda que há uma tendência de melhoria nas condições de precipitação de chuvas sobre o setor Leste da Paraíba, em Maio, em função da oscilação de Madden&Julian, que por volta do dia 18 iniciará uma fase favorável, auxiliando na evolução dos sistemas convectivos e atuando na redução do bloqueio atmosférico na região. “Por causa disso, neste período, é provável que haja uma melhoria na regularidade e quantidades de chuvas na região”, afirmou ele.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, que participou da palestra destacou a importância destas previsões para os produtores. “A agricultura é uma atividade que depende de fatores climáticos, já que a mudança no clima pode afetar a produção agrícola de variadas formas. Portanto, conhecer antecipadamente as condições de tempo e clima influencia na tomada de decisões mais efetivas e precisas, gerando resultados melhores na prática agrícola”, destacou o dirigente canavieiro, parabenizando o palestrante pelas informações apresentadas.

O Diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, elogiou a palestra e reiterou a importância da consultoria firmada entre a entidade e o especialista em meteorologia. “Essa consultoria, que começou em março e prevê o monitoramento quinzenal e mensal das condições de tempo e clima sobre o Nordeste do Brasil, com ênfase nas mesorregiões do Agreste e da Mata Paraibana, além de avaliação das condições registradas e previstas, está sendo muito importante para que nossos associados tenham uma previsão e possam tomar decisões mais assertivas”, disse Neto, lembrando que a consultoria também prevê a realização de palestras técnicas de previsão de clima e tempo como a que ocorreu nesta terça-feira para associados e convidados.

Sobre o palestrante

Alexandre Magno Teodosio de Medeiros é Doutor em Meteorologia, com mais de 28 anos de experiência comprovada na área de Meteorologia, Climatologia e Instrumentação Ambiental, integra a equipe da AESA Campina Grande, além de prestar consultoria e apoio na análise de previsão do tempo e clima de diversas empresas, inclusive do setor sucroalcooleiro, a exemplo da Miriri Alimentos e Bioenergia, Grupo Japungu Agroindustrial, além da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco – AFCP, dentre outras.

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Informe Climático – Maio de 2023

Nº 02/2023 - 12 DE MAIO DE 2023

ESTABELECIMENTO DO FENÔMENO EL NIÑO PODERÁ TRAZER IMPACTOS DESFAVORÁVEIS SOBRE O PERÍODO MAIS CHUVOSO DO LITORAL PARAIBANO

CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Figura 01 – Variação Temperatura da Superfície do Mar dos Oceanos Pacífico e Atlântico (tons em vermelho representam temperaturas da água acima da média, em azul abaixo). Fonte: Climate.gov/NNVL.
O mês de maio marca o retorno do fenômeno El Niño, depois de praticamente três anos da atuação da La Niña. O evento consolida-se com o aquecimento anômalo sobre as águas superfíciais sobre o Oceano Pacífico Tropical (Figura 01, quadro tracejado vermelho), mudanças no padrão médio dos ventos e pressão atmosférica. Atualmente o fenômeno encontra-se na sua fase inicial, com intensidade fraca, mas aquecendo gradativamente e deve evoluir sua variabiliadade da temperatura inicialmente entre as áreas do Niño 1+2 evoluindo para Niño 3+4 (de oeste para leste) neste trimestre, alcançando progressivamente sua fase madura. O fenômeno El Niño normalmente traz impactos negativos sobre o período mais chuvoso do Nordeste do Brasil (NEB), inclusive sobre o setor leste do estado da Paraíba, regiões do Litoral, Agreste e Brejo paraibano, causando irregularidade tanto na distribuição espacial, quanto temporal das precipitações pluviométricas da região. Com relação as condições do Oceano Atlântico Tropical (região que influência o clima no Nordeste do Brasil), as temperaturas da superfície do mar (TSM) voltaram a apresentar anomalias positivas (aquecimento) e que influência favoravelmente a evolução das precipitações sobre o litoral do Nordeste do Brasil, principalmente sobre os estados da Paraíba e Pernambuco.

TENDÊNCIA TEMPO E CLIMA

Figura 02 – Previsão da temperatura da Superfície do Mar dos Oceanos Pacífico e Atlântico (tons em vermelho representam temperaturas da água acima da média, em azul abaixo). Fonte: Climate.gov/NNVL.

De acordo com as previões de evolução do fenômeno El Niño para o período de junho a agosto/2013, exemplo da Figura 02, mostra a evolução do fenômeno para um El Niño já maduro para o próximo trimestre, com águas mais aquecidas em toda a bacia tropical do Oceano Pacífico, se configurando como um El Niño tradicional e de média magnetude. Estes resultados são seguidos pela maioria dos modelos de previsão de TSM e consolidam-se como previsão, mas apesar do padrão canônico do sistema o mesmo se apresenta com valores de TSM moderados, não chegando a magnetude de 4oC de anomalia conforme os modelos analisados.

Por outro lado, previsões de manutenção das anomalias de TSM sobre o Oceano Atlântico tropical auxiliam a reduzir os impactos do fenômeno El Niño sobre o litoral paraibano e induzem o aumento das instabilidades vindas do Oceano Atlântico para o Continente. Com a possibilidade de manutenção de águas mais quente sobre o Atlântico Tropical, também teremos menos impactos climáticos do fenômeno El Niño e poderemos ter uma regularidade maior das precipitações pluviométricas na região.

Assim, as perspectivas climáticas para o trimestre de junho, julho e agosto é de precipitações pluviométricas oscilando de normal a abaixo da média em virtude da influência do impacto do fenômeno El Niño que deverá induzir uma maior irregularidade temporal e espacial das precipitações no decorrer do período.

Em virtude da atuação do fenômeno El Niño, embora na sua fase incial, o mesmo normalmente induz a irregularidade das precipitações, particularmente porque a área Niño 1+2, próximo a costa oeste da América do Sul está muito aquecida e normalmente inibe a evolução das precipitações em virtude de induzir bloqueios atmosféricos na região, pela intensificação da circulação descendente sobre o Nordeste do Brasil.

Figura 03 – Previsão da precipitação de 14/05 a 22/05 (A) e de 22/05 a 30/05 (B). Áreas em vermelho indicam precipitações representativas acima de 100,0 mm e tons verdes indicam precipitações pluviométricas fracas a moderadas. Fonte: GRADS/COLA

De acordo com as previões de evolução do fenômeno El Niño para o período de junho a agosto/2013, exemplo da Figura 02, mostra a evolução do fenômeno para um El Niño já maduro para o próximo trimestre, com águas mais aquecidas em toda a bacia tropical do Oceano Pacífico, se configurando como um El Niño tradicional e de média magnetude. Estes resultados são seguidos pela maioria dos modelos de previsão de TSM e consolidam-se como previsão, mas apesar do padrão canônico do sistema o mesmo se apresenta com valores de TSM moderados, não chegando a magnetude de 4oC de anomalia conforme os modelos analisados.

Por outro lado, previsões de manutenção das anomalias de TSM sobre o Oceano Atlântico tropical auxiliam a reduzir os impactos do fenômeno El Niño sobre o litoral paraibano e induzem o aumento das instabilidades vindas do Oceano Atlântico para o Continente. Com a possibilidade de manutenção de águas mais quente sobre o Atlântico Tropical, também teremos menos impactos climáticos do fenômeno El Niño e poderemos ter uma regularidade maior das precipitações pluviométricas na região.

Assim, as perspectivas climáticas para o trimestre de junho, julho e agosto é de precipitações pluviométricas oscilando de normal a abaixo da média em virtude da influência do impacto do fenômeno El Niño que deverá induzir uma maior irregularidade temporal e espacial das precipitações no decorrer do período.

Em virtude da atuação do fenômeno El Niño, embora na sua fase incial, o mesmo normalmente induz a irregularidade das precipitações, particularmente porque a área Niño 1+2, próximo a costa oeste da América do Sul está muito aquecida e normalmente inibe a evolução das precipitações em virtude de induzir bloqueios atmosféricos na região, pela intensificação da circulação descendente sobre o Nordeste do Brasil.

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