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Queda do preço da cana-de-açúcar que já é mais baixo que o custo de produção preocupa produtores e acende sinal vermelho no setor

Qualquer teoria econômica coloca como premissa básica para o equilíbrio de uma atividade que o valor pago pelo produto deve ser superior ao custo de produção. Mas, isso não está ocorrendo no setor produtivo de cana-de-açúcar e isso está preocupando o segmento canavieiro que, atualmente, tem custos mais elevados de produção que o valor pago pela matéria-prima. Para se ter ideia do prejuízo, dados da Associação dos Fornecedores de Cana do Estado de Pernambuco (AFCP), que são referência para todo o Nordeste, apontam que o preço pago pela tonelada de cana caiu para R$ 166,00 e tende a cair ainda mais, enquanto o custo de produção é de R$ 181,00, gerando um saldo negativo de R$ 15,00 por cada tonelada produzida.

A queda no preço da cana-de-açúcar está atrelada a baixa no valor do etanol após a adoção da política governamental de intervenção sobre a tributação dos combustíveis no Brasil, explica o presidente da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), José Inácio de Morais. O dirigente canavieiro, junto do Diretor Técnico da Asplan, Neto Siqueira, esteve reunido em Recife (PE), nesta segunda-feira (12), com representantes de outras entidades do setor para definirem uma estratégia de enfrentamento desta grave situação.

“O Governo Federal destinou R$ 3 bilhões aos estados para compensação dos impactos provocados pela redução do ICMS sobre os combustíveis, mas, é preciso também que essa ajuda se estenda para a cadeia produtiva do Etanol, sob pena de inviabilizar um setor que gera um combustível limpo e renovável e milhares de empregos”, destacou José Inácio, lembrando que esse impacto compromete diretamente os 18 mil produtores rurais do setor, que é a parte mais vulnerável do segmento produtivo. “Os produtores também precisam ter uma compensação em função desse prejuízo”, reitera o dirigente da Asplan e da Unida.

O próximo passo agora, segundo José Inácio, é pleitear o mais rápido possível uma audiência com o ministro da Agricultura, Marcos Monti. “Vamos elaborar um documento com reivindicações justas e coerentes que possam reduzir esse impacto dos prejuízos com o valor da cana e apresentar ao ministro na esperança de que ele consiga junto ao presidente e a outros ministérios viabilizar uma saída para essa situação”, afirma o dirigente canavieiro, lembrando que o produtor de cana-de-açúcar, atualmente, está pagando para plantar.

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Asplan promove ato cívico para comemorar o dia 07 de Setembro e os 200 anos da Independência do Brasil

Aos poucos as pessoas foram chegando com bandeiras, adesivos, blusas que destacavam os símbolos e cores nacionais e enalteciam a data cívica que se comemora neste 7 de Setembro. Pais e filhos, maridos e esposas, associados, funcionários, convidados e quando se viu o pátio da sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), no Centro da capital paraibana, estava tomando de verde e amarelo, inclusive com decoração alusiva à data. O ato cívico, promovido pela entidade em comemoração ao Dia 07 e aos 200 anos da Independência do Brasil, teve discursos, hasteamento de bandeira e foi encerrado com um almoço. Depois, boa parte dos participantes se dirigiu ao Busto de Tamandaré, onde se concentrou as festividades cívicas em João Pessoa.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais conduziu a solenidade, que teve a ainda a participação do diretor tesoureiro, Oscar Gouveia, do primeiro vice-presidente da entidade, Pedro Neto, do diretor do Departamento Técnico da Associação, Neto Siqueira e do deputado federal e candidato ao Senado, Efraim Filho. O presidente da Asplan, abriu os discursos, enaltecendo a importância do setor produtivo para o Brasil e destacou a importância da data e da comemoração. “Nós que fazemos o agro precisamos ser respeitados. O agro não é fascista, não é marginal, ao contrário, gera empregos e desenvolvimento, produz riquezas e alimentos. O Brasil tem hoje uma posição de destaque no cenário mundial muito por causa de nosso trabalho”, disse José Inácio.

Antes de passar a palavra para o candidato a senador Efraim Filho, José Inácio lembrou da necessidade da eleição de parlamentares que defendam o setor, que tenham uma visão global da importância do segmento e que, sobretudo, já tenha uma relação de confiança com o segmento produtivo. “Precisamos ter muito cuidado ao escolher nossos candidatos, pois precisamos não apenas eleger um presidente que nos dê segurança na condução dos destinos do país, mas, também, representantes nas casas legislativas que pensem e tenham os mesmos cuidados que a gente em relação aos destinos do país”, reiterou José Inácio, lembrando a relação de confiança com o atual deputado Efraim.

Em seguida, Efraim Filho agradeceu a oportunidade de novamente estar presente em atividades da Asplan, elogiou a iniciativa da entidade de festejar essa data cívica e fez um breve discurso resgatando a sua trajetória na Câmara Federal. “Sou um parlamentar de palavra, que tem lado e posturas definidas, que defende as tradições nordestinas, como a realização de vaquejadas, que tem um olhar atento para o setor canavieiro e produtivo de um modo geral, que destinou verbas para ações importantes e que impactaram positivamente a vida dos paraibanos, a exemplo dos R$ 20 milhões destinados ao Hospital Metropolitano de Santa Rita, entre outras emendas, enfim, tenho serviços prestados à Paraíba e com a benção de Deus e apoio do povo paraibano serei o melhor senador que a Paraíba já teve e vou brigar por um Brasil de futuro e oportunidades”, disse Efraim.

O associado da Asplan, Reginaldo Américo, candidato a deputado estadual, e o produtor, Pedro Ramos, de Sapé, também falaram no ato cívico, reforçando os discursos anteriores que enalteceram a força do trabalho no campo, a importância do agro para o país e a necessidade de eleger políticos comprometidos com o setor e que tenham compromisso com o desenvolvimento e progresso do país.

 

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Presidente da Asplan projeta boa safra

A safra 2022/2023 de cana-de-açúcar, segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, será boa e com bom preço. A estimativa da entidade canavieira, que congrega cerca de 1.800 associados, é de uma safra que chegue a cerca de 7 milhões de toneladas. “Essa será uma safra com muita cana, com preço bom, o que não é usual, porque normalmente quando há uma boa safra o preço não acompanha e vice-versa, mas, as estimativas são otimistas”, destaca José Inácio.

Otimismo

E o otimismo do dirigente canavieiro não se abalou nem na atual conjuntura em que o preço do ATR da cana teve uma redução de cerca de 15% em função da queda dos preços do etanol, do álcool hidratado e do açúcar no mercado interno e externo. “A queda nos preços já era esperada porque a composição do preço pago pela matéria-prima está atrelada a todos esses produtos citados acima, mas há boas perspectivas em curto prazo”, destaca José Inácio.

 

Vai melhorar

O término da safra de São Paulo, que está próximo de encerrar, é um bom indicativo de melhoria no preço da cana no Nordeste. “Não vai voltar ao patamar que estava, mas vai melhorar”, estima José Inácio, que tem quatro décadas de experiência no setor como produtor canavieiro. Outro atenuante é que os preços dos fertilizantes também tiveram uma sensível melhora, boa parte fruto do empenho do presidente Bolsonaro que em viagem a Rússia garantiu o abastecimento de insumos para o Brasil e a regularidade da entrega de fertilizantes.

 

Temor

“Existia um temor da falta de insumos no início da guerra que foi solucionado com essa ida do presidente à Rússia o que garantiu a regularidade dessas entregas para o mercado nacional no primeiro e segundo semestres, não apenas para a safra de cana-de-açúcar, mas também para a safra de grãos e a safrinha contemplando todo o setor no Centro-Sul e no Nordeste”, afirma José Inácio.

 

Chuvas boas

Outro fator positivo na atual safra foi os índices de chuva no litoral Sul e também no Norte, com precipitações bem acima da média dos últimos anos. No Litoral Sul, onde ficam grandes regiões produtoras, a exemplo de Santa Rita, Lucena, Caaporã, Pedras de Fogo, Pitimbu e Conde, choveu de janeiro a agosto, 2.400 milímetros, superando a média da região que é de 1.700. No Litoral Norte, formado por Mamanguape, Rio Tinto, Itapororoca, Mataraca, Cuité, Capim, Jacarapé entre outros municípios, a média de chuva também foi maior este ano, atingindo 1.900 milímetros, ao invés dos 1.500 usuais. No Agreste também houve boas precipitações esse ano, quase que duplicando a média local de chuva, atingindo 1000 milímetros, o dobro da média da localidade.

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