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Paraíba tem discreta redução de produção de cana-de-açúcar e fecha safra 2021/22 com um volume de 5.687,959 toneladas de cana moída

A produção de cana-de-açúcar na Paraíba na safra 2021/2022 atingiu um volume de 5.687.959 toneladas de cana moída, que se transformaram em 120.856 toneladas de açúcar e 354.232 metros cúbicos de álcool. Em relação à safra passada, a produção canavieira teve um decréscimo de apenas 5%. Do volume total de cana produzido, 39% são de matéria-prima própria de indústrias e 61% de cana fornecida por produtores. Esses dados são referentes ao somatório de cana de fornecedores ligados a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) ao volume dos acionistas de indústrias sucroalcooleiras locais. Na safra passada (2020/2021) a produção paraibana ficou em 6.080.490 toneladas de cana, enquanto a de 2019/2020 fechou em 6.059.540 toneladas.

Das 5.687.959 milhões de toneladas de cana processada na atual safra, nas sete indústrias da Paraíba, os fornecedores ligados a Asplan responderam pelo volume de 3.483.738 toneladas, sendo a outra parte da produção – 2.204.221 –  correspondente à cana própria de usinas. Todas as sete unidades industriais moeram cana de fornecedores paraibanos nesta safra. Outras duas unidades fora da Paraíba também absorveram a produção local que foram a Olho D’água, em Camutanga (PE) e Baia Formosa, em Baia Formosa (RN). A produção de açúcar foi dividida em 98.603 toneladas de Cristal, 19.702 de VHP e 2.551 toneladas de açúcar Demerara.  Do volume total de álcool,  223.294 metros cúbicos foram de Anidro e 130.930 de Álcool Hidratado.

“Essa safra foi marcada pelo aumento do preço da tonelada de cana, que começou com R$ 165,75 e se manteve, numa média de R$ 172,68, finalizando com R$ 181,98, mas, esse aumento foi anulado com aumento dos custos com insumos agrícolas, alguns deles chegando até a dobrar de preço, outros aumentaram 30% ou 40%, anulando essa lucratividade, mas, mesmo assim a Paraíba vem conseguindo manter a média de produção de cana-de-açúcar nas últimas safras”, argumenta o presidente da Asplan, José Inácio de Morais. José Inácio lembra que a destinação de cana produzida na Paraíba para usinas de PE e RN não estão contabilizadas como safra na Paraíba, o que evidencia que a produção no Estado pode ter sido um pouco maior que 5,6 milhões de toneladas.

Mas, apesar de a safra 2021/2022 ter tido uma remuneração melhor, com uma média de R$ 172,68 por tonelada de cana, na Paraíba houve uma perda de produtividade por parte dos fornecedores, de cerca de 15%, em média, o que comprometeu a lucratividade. “O volume de chuvas não foi o esperado e isso afetou diretamente a produtividade. Em regiões como Sapé, Itapororoca, Sobrado, Cuité de Mamanguape e Capim, por exemplo, a redução de chuvas foi de 30%. Além disso, a quantidade de ATR também caiu, pois na safra anterior, o ATR médio, foi 133 e nesta safra  ficou em 130, caindo três quilos por tonelada de cana, além da alta dos insumos e dos combustíveis impactou negativamente na lucratividade dos produtores”, reitera José Inácio.

O diretor do Departamento Técnico da Asplan (DETEC), Neto Siqueira, explica que embora a safra tenha tido uma discreta redução de volume de produção em relação a anterior, na questão produtividade, os fornecedores tiveram um grande impacto negativo. “Essa redução média de 15% na produtividade, representa um decréscimo de cerca de oito toneladas de cana por hectare, o que significa muito no computo geral da safra. O fornecedor não tem tanta irrigação quanto necessitaria ter e não dispõe de outros mecanismos que possibilitam um aumento de produtividade, diferente das indústrias que usam vários outros recursos para conseguir aumentar sua produtividade”, reitera Neto, reforçando que o aumento do preço da tonelada de cana nessa safra, teve o contraponto do aumento dos custos de produção, uma coisa anulando a outra e que essa safra também ficou marcada pela ampliação da utilização de ativos biológicos tanto por fornecedores, quanto pelas usinas.

Classificação do produtor

Para efeito de classificação do produtor canavieiro paraibano, denomina-se como micro produtor quem produz até 1000 toneladas/safra. Os classificados como pequenos produzem entre 1000 e 5 mil toneladas. Os médios se classificam entre quem produz de 5 a 10 mil toneladas, enquanto que é considerado grande produtor quem fornece acima de 10 mil toneladas. Na Paraíba, 66,44% dos fornecedores de cana associados da Asplan são considerados micro produtores. Os pequenos representam 22,40% do universo de produtores canavieiros, enquanto que os médios correspondem a 5,43% e os grandes a 5,72% do universo total de fornecedores ligados à Asplan. A safra 2021/2022 começou em julho do ano passado e foi encerrada em abril último, mas os dados consolidados só foram divulgados recentemente.

Fotos: Walmar Pessoa e News Comunicação

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Palestras reforçam importância da análise do solo e da aplicação correta de insumos para melhorar produtividade de culturas

A análise do solo é uma técnica de suma importância na agricultura, sendo a mais confiável para o conhecimento do estado nutricional e o grau de fertilidade em que se encontra determinada área e é imprescindível para determinar quais produtos mais se adequam a necessidade da área a ser cultivada, impactando diretamente no manejo e produtividade das culturas. Essa questão, que já era bem conhecida de todos que participaram das palestras dos ‘Doutores da Cana’, já que o público alvo foi produtores canavieiros e  industriais do setor sucronenergético, ficou ainda mais evidente após as explanações do Professor Doutor, Emídio Cantídio, do agrônomo Dr. Luiz Cláudio e  do agrônomo, consultor e especialista Dr. Benon Barreto. Eles foram os palestrantes de um evento que aconteceu em João Pessoa, nesta quarta-feira (29), promovido pela Adama e Agromape, com apoio da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).

O Professor Doutor, Emídio Cantídio, que abordou o tema ‘Manejo de estresse abiótico em cana-de-açúcar’, iniciou o ciclo de palestras, enfatizando que o fator climático afeta diretamente a produtividade, com ênfase nas questões hídrica e da radiação solar. “A radiação solar interfere na produtividade, assim como a questão hídrica, mas existem soluções para minimizar esses problemas. Hoje, existem no mercado muitas tecnologias à disposição do produtor e a grande questão é saber o que usar e como aplicar”, destacou ele. Dr. Emídio lembrou do déficit hídrico do Nordeste e reiterou a importância da escolha de uma variedade de cana que seja adaptada à região e suas peculiaridades. Em sua participação, o professor sugeriu especial atenção com algumas práticas que, segundo ele, são estratégias eficazes que minimizam o estresse hídrico e quando utilizadas corretamente impactam diretamente na produtividade, a exemplo da fosfatagem, da gessagem, da silicagem e do uso de bioestimulantes e fisioativados. Ele ainda abordou as vantagens do uso do ExpertGrow, da ADAMA, no aumento da taxa fotossintética, maior desenvolvimento de folhas e colmos e ainda com impactos diretos na produtividade. Neste aspecto, ele mostrou o resultado de  alguns experimentos com o uso desta biossolução.

Em seguida foi a vez da participação do Diretor Técnico da Agromape e engenheiro agrônomo, Dr. Luiz Cláudio, que falou sobre ‘Fatores que afetam a produtividade dos canaviais do Nordeste’. Ele abordou o tema focando nas restrições fisiológicas, ambientais e agronômicas, passando pela importância e diferenciação de macro e micro nutrientes, sugeriu ações para melhorar a nutrição da planta, chamou atenção para a importância da observação de fatores que influenciam na eficácia da aplicação de produtos, tipo vento e chuva, e reiterou a importância da análise de solo para aplicação de produtos mais eficazes. “Não existe receita de bolo pronta na Agricultura. Existem tecnologias à disposição que precisam de análises prévias de onde e como será aplicada para surtir o efeito desejado”, disse ele, destacando diversos produtos de utilizações específicas, com ênfase no combate a nematóides, a broca-da-cana, broca-gigante, além de outras pragas, doenças e deficiências.

Ùltimo a falar, Dr. Benon também prendeu a atenção da platéia pelas analogias que fez. Utilizando a  metáfora de uma gaveta, onde segundo ele meias e lenços seriam hidrogênio e alumínio, coisas que precisam ser retiradas da gaveta sobrando pouco ou quase nada, e cuecas, camisas e calças seriam, respectivamente, potássio, magnésio e cálcio, fundamentais para o cultivo, Dr. Benon abordou a importância do que é fundamental para uma boa produtividade, destacando o cálcio como um dos principais elementos. “Toda honra e toda glória para o cálcio, pois um solo só tem vida se tiver cálcio”, disse ele, complementando que: “devemos ter mais respeito com o solo e é imprescindível identificar o solo para poder agir corretamente. Se você não sabe o que tem, não vai acertar no uso de produtos”. Neste aspecto, ele sugeriu ao Departamento Técnico da Asplan que intensifique as ações e treinamentos para que os produtores associados sejam estimulados a realizarem a análise de seus solos e ainda brincou: “a análise do solo é tão importante para o produtor ter boa assertividade no uso de produtos e aumentar sua produtividade, como um exame de sangue é para o  médico avaliar a saúde de seu paciente”.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, lembrou a importância de eventos como esse, reiterou o compromisso da direção da Associação em investir o que for preciso para melhor orientar o produtor na conduta de seus tratos culturais e destacou a necessidade de irrigação, do bom preparo do solo e do uso de tecnologias para aumento da produtividade dos canaviais. “Temos que continuar acreditando e investindo em tecnologia para melhorar nossa produtividade e esse debate de hoje nos mostrou que temos soluções para todos os nossos problemas, a questão é como melhor utilizá-las” afirmou ele, que foi homenageado, junto com Dr. Nenon, com o troféu comemorativo da ADAMA, o #BomdeCana. Quem fez a entrega foi o representante da ADAMA, Manoel Arcanjo, que em um momento anterior falou sobre algumas soluções e tecnologias da Marca, a exemplo do Protege, do Legado e do ExpertGrow, e apresentou um vídeo institucional da ADAMA.

O Diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira e o agrônomo da Associação, Luis Augusto, também tiveram rápida participação, destacando o trabalho que a entidade faz junto aos fornecedores de estímulo e orientação para realização das análises de solo. “Já realizamos cerca de 500 amostras de solo, graças a uma parceria que temos com um laboratório de Alagoas, cujos resultados saem, em média, com 15 dias, além disso, temos um protocolo de orientação que ensina o produtor a fazer a coleta adequada para análise”, afirmou Neto, lembrando que a Asplan também tem um convênio com o Senar para capacitação do produtor.

O segundo vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, encerrou o evento, parabenizando todos os palestrantes, especialmente, Dr. Benon que aos 86 anos ainda se mantém na ativa. “Muito nos alegra ainda poder contar com sua colaboração na disseminação de tanto conhecimento técnico”, disse ele, confirmando presença no lançamento do livro “Cana-de-Açúcar em Pernambuco”, escrito pelo Dr. Benon em parceria com o agrônomo, Marcos Aurélio Cavalcante, que será lançado no dia 18 de julho, às 17h, na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, em Recife. “Iremos em comitiva para prestigiar esse lançamento”, complementou José Inácio, também confirmando presença no evento.

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Adama e Agromape promovem palestras sobre manejo e produtividade na Asplan

O manejo do solo influencia na quantidade e qualidade da matéria orgânica do solo a qual tem estreita relação com os atributos químicos, físicos e biológicos do solo, refletindo diretamente na produtividade das culturas e na manutenção da qualidade do solo. E é justamente sobre essa temática que na próxima quarta-feira (29), produtores canavieiros da Paraíba terão a oportunidade de se aprofundar durante o evento ‘Doutores da Cana’. Promovido pela Adama e Agromape, com apoio da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), o evento acontecerá a partir das 8h30, no auditório da sede da Associação, em João Pessoa, e é aberto ao público interessado.

O ‘Doutores da Cana’ vai contar com a participação do Professor Doutor, Emídio Cantídio que vai abordar o tema ‘Manejo de estresse abiótico em cana-de-açúcar’, com o Dr. Luiz Cláudio que vai falar sobre ‘Fatores que afetam a produtividade dos canaviais do Nordeste’ e ainda com o consultor técnico e agronômo, Dr. Benon Barreto que vai falar sobre ‘Fundamentos para condicionar o solo afim de se obter maiores produtividades’.

O diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, destaca a importância do evento. “Todos os palestrantes têm grandes conhecimentos de causa, são especialistas nestes assuntos e vão abordar questões que são muito importantes para os produtores melhorarem suas lavouras”, destaca Neto, convidando os associados a prestigiarem o momento.

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