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Feplana e Unida participam de reunião da FPA com ministros em prol do agro em Brasília

A Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e a União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), representadas pelos presidentes, Alexandre Lima e José Inácio de Morais, respectivamente, participaram nesta terça-feira (14), de um evento promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília, com diversos ministros e autoridades ligadas ao governo federal. Em pauta, o debate sobre leis e modernizações dos bioinsumos, licenciamento ambiental, pesticidas, regulamentação fundiária entre outros temas afins que têm projetos em tramitação no Congresso Nacional.

O presidente da Unida e também da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio, parabenizou a FPA pela iniciativa e enalteceu a importância da presença dos ministros da Agricultura (Tereza Cristina), da Cidadania (João Roma) e do Meio Ambiente (Joaquim Leite) no evento. “A participação destas autoridades, ligadas diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, é uma demonstração inequívoca de que o atual governo federal tem um olhar atento para o nosso setor que tanto gera empregos, renda, impostos e responde por 50%, de forma direta e indireta, do PIB desse país”, disse o dirigente canavieiro, lembrando que uma das maiores vocações do Brasil é o agro e que a atuação da ministra Tereza Cristina tem sido muito qualificada e eficiente.

Na ocasião, o presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, aproveitou para fazer o balanço de sua gestão até agora, destacando que o governo Bolsonaro já entregou mais títulos de posse que durante os 14 anos dos governos Lula e Dilma.

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Produtores rurais em débito com o BB têm até o dia 17 para renegociação com até 95% de desconto à vista

Os produtores rurais que têm dívida com o Banco do Brasil podem procurar uma agência, até o próximo dia 17 de dezembro, para obter facilidades para renegociação de débitos. Essa notícia foi divulgada recentemente pela instituição que está realizando um mutirão de renegociação de dívidas com descontos de até 95% para liquidação à vista de dívidas vencidas e nas taxas de juros, além de prazo de até 100 meses para renegociação a prazo de operações vencidas. As condições estão disponíveis para clientes pessoa física, produtor rural e pessoa jurídica.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, tendo em vista o endividamento rural no Brasil e a necessidade de prosseguir produzindo em meio a uma crise econômica agravada com a pandemia, o banco está oferecendo uma oportunidade. “Vamos ver se isso será bom o suficiente para dar fôlego e começar 2022 pelo menos pagando o que se deve e realizando novos investimentos”, comentou o dirigente, incentivando os fornecedores de cana a conferir as propostas e ver se são possíveis de acordo.

O advogado Jefferson Rocha, que acompanha ações de produtores de cana na Asplan e gravou um vídeo falando sobre essa iniciativa, afirmou que essa não é uma normativa do governo federal, mas uma instrução da Presidência do Banco do Brasil. “Trago uma boa notícia para os produtores em dívida com o Banco do Brasil que é essa forma e modalidade de negociação. Essa é uma grande oportunidade. Existem grandes lideranças no Congresso, a exemplo do senador Fernando Collor, e outros, abraçando a causa do endividamento rural”, destacou o advogado.

O produtor interessado pode procurar uma agência do BB ou mesmo os canais digitais, como o site www.bb.com.br/renegocie, o aplicativo da instituição (basta digitar a palavra renegocie), o WhatsApp (61 4004-0001) e a Central de Atendimento (4004-0001 / 0800 729 0001). As propostas serão analisadas caso a caso pelo Banco do Brasil, dependendo do perfil da dívida, do cliente e da atividade que ele exerce.

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Zona da Mata registra baixo volume de chuvas este ano e leva safra 2021/22 de cana-de-açúcar da PB à uma estimativa de 20% de queda

A análise estatística da precipitação pluviométrica para uma determinada região possibilita um melhor planejamento da agricultura, minimizando os impactos (armazenamento d’água) que possam ser ocasionados por um eventual período de seca. Na Paraíba, é sabido que as chuvas não se distribuem homogeneamente ao longo do ano. No entanto, em 2021, segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba – AESA, um desvio climatológico de -35,9% em relação à média da climatologia da mesorregião da Zona da Mata pegou todos de surpresa e a escassez de chuvas impactou diretamente a produção de cana-de-çúcar no estado. Relatos de produtores de cana na zona da mata destacam redução de 20% da safra 2021/22. Em outras regiões do litoral esse prejuízo chega a mais de 30% da safra.

Na Zona da Mata choveu, entre janeiro e dezembro de 2021, 1016,1 mmm, enquanto que a média histórica é de 1586,0 mm, ou seja, deixou de chover 569,9 mm, uma redução de 35,9% de sua precipitação. De acordo com a AESA, quando se observa as Microrregiões, existem localidades passando por frustrações piores como a microrregião Litoral Norte, composta por 13 postos de observação, e onde a redução é de 46% da precipitação média, ou seja, de janeiro a dezembro registrou-se uma média de 874,6 mm de chuvas, mas a média histórica é de 1621,8 mm para o Litoral Norte, registrando esse desvio de -46,1%.  Na microrregião deixou de chover 747,2 mm.

A microrregião de Sapé composta pelos municípios de Mari, Sobrado, Riachão do Poço, Cruz do Espírito Santo, Pilar, Juripiranga, São José dos Ramos e São Miguel de Itaipu é composta por 9 postos de observação. Nessa região a redução é ainda mais acentuada: cerca -58%. Sendo a pior: média em 2021 de 589,9 mm, quando a média histórica é de 1.408,1 mm. Uma redução de 818,2 mm de chuva no ano. “Esses dados mais do que explicam todo esse cenário caótico vivido pelos produtores de cana, que em muitos casos não têm condições nem de salvar os seus canaviais com a irrigação, passando o prejuízo para os outros anos que ainda teriam de colheita da socarias”, disse o diretor técnico da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Neto Siqueira.

O engenheiro agrônomo da Associação, Luís Augusto, que também é coordenador do Departamento Técnico – Detec, confirma a situação de dificuldade dos produtores com a falta de chuvas, e lembra que a Paraíba possui cerca de 80% da sua área inserida no semiárido nordestino e apresenta alta irregularidade pluviométrica. Para se ter uma ideia, uma pesquisa de acompanhamento de 27 anos de precipitações na capital paraibana, João Pessoa, publicada na revista eletrônica Brazilian Journal of Development, em julho de 2021, mostra que os valores obtidos durante o período não indicam nenhum tipo de regularidade ou padrão. Segundo o artigo, em João Pessoa o ano mais chuvoso foi 1994, com 2804,4 mm e o ano que apresentou o menor valor de precipitação foi 1999, com 972,9 mm. “Esses dados mais do que explicam todo esse cenário caótico vivido pelos produtores de cana. Que, em muitos casos, não têm condições nem de salvar os seus canaviais com a irrigação, passando o prejuízo para os outros anos que ainda teriam de colheita da socarias”, reitera Luís.

Em 2021, choveu em João Pessoa, de janeiro a dezembro, o equivalente a 1644,7 mm. A média histórica da cidade é de 1.728mm, o que demonstra um desvio pequeno de -4,8%,deixando de chover apenas 83mm no período. Foi um ano aproximado do esperado, portanto, o que não aconteceu para o restante do estado.

A falta de chuvas é o único e exclusivo motivo para queda

Os efeitos climáticos adversos durante o ciclo produtivo da cana-de-açúcar é a principal causa da redução do quantitativo da safra 2021/2022 em todo o país. Estima-se uma queda de pelo menos  9,5% em todo o Brasil, segundo relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado em agosto.

No entanto, o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, alertou que o cenário pode ser ainda mais grave, tendo em vista que a Conab não inclui no levantamento de dados a safra de produtores independentes, fornecedores e associados. “Aqui tem produtores falando em queda de 30%. A Conab fez o levantamento dela com base em dados das indústrias e não na nossa realidade que é bem mais complicada haja vista que o pequeno e médio produtor não tem recursos para investir em irrigação e depende, exclusivamente, da chuva para ver sua lavoura prosperar”, ressaltou o dirigente.

Já em relação à qualidade da cana, vale ressaltar que a falta de chuvas tende a aumentar o teor de açúcares totais recuperáveis (ATR) o que, associado ao melhor manejo dos canaviais, também pode ajudar a reduzir as perdas esperadas para este ano. “A questão aí é compensatória. No entanto, é preciso mais investimento em variedades resistentes à seca, irrigação e manejo do solo já que somente isso não chega a compensar a quebra da safra por falta de água”, conclui José Inácio de Morais.

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