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Presidente da Unida e da Asplan elogia decisão da Câmara em aprovar projeto que altera regras de registro de agrotóxicos

“Foi um avanço para agricultura e para a sociedade brasileira que passa a ter uma legislação mais atual e ágil, já que a legislação que atualmente regula o tema foi editada em 1989 e não atende mais as necessidades técnicas de avaliação dos produtos. O Brasil vai avançar mais ainda com essa mudança”, disse hoje (11), o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais. Engenheiro agrônomo e produtor rural, José Inácio se refere à aprovação do PL 6299/02 pela Câmara dos Deputados, ocorrida em sessão na última terça-feira (09), por 301 votos a favor, 150 contra e duas abstenções. O PL revoga a lei atual sobre agrotóxicos (Lei 7.802/89), mantendo alguns de seus dispositivos e revogando outros. O texto, agora, será encaminhado para apreciação do Senado Federal.

O dirigente canavieiro lembra que essa proposta, que moderniza a atual legislação e garante maior segurança alimentar ao brasileiro, além do processo de uso de novas moléculas para produção de pesticidas, é necessária e oportuna. “Era preciso rever essa questão e diminuir a burocracia que atrasava a regulamentação de novos produtos. Hoje, essa análise é feita em oito anos e passará a ser de até dois anos”, destaca José Inácio.

Sobre os argumentos de que haverá um retrocesso com a aprovação da matéria, José Inácio diz que isso é discurso que não se sustenta na verdade e de quem não entende a importância destas mudanças. “O clima tropical do Brasil facilita o desenvolvimento de pragas e doenças, deixando as plantas suscetíveis a mais de 40 mil pragas diferentes. Esse argumento de que em outros países não se usa tal produto é verdade, mas, não porque eles não querem, simplesmente, porque não têm um clima como o nosso. O uso de pesticidas é completamente diferente de um país para o outro. O Brasil é o país que mais respeita a questão ambiental. Vendemos produtos para todo o mundo. O Brasil exporta melão, mamão, café, proteína animal e  toda nossa produção é vistoriada com critérios internacionais rigorosos. Nossos alimentos são seguros e e vão continuar sendo”, reitera José Inácio.

Sobre dizer que pesticidas podem causar doenças graves, como câncer, isso é verdade, mas somente se eles forem usados sem nenhum controle, o que não acontece nos campos brasileiros. “O uso de pesticidas na agricultura de larga escala, que é a que produz os alimentos para manterem a população alimentada, é monitorado, fiscalizado, controlado e usado de forma segura e continuará assim”, reforça o produtor. José Inácio lembra que um estudo realizado pelo Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entre o período de 2013 e 2015, atesta que quase 99% das amostras de alimentos analisadas estavam livres de resíduos de defensivos que representam risco agudo para a saúde. No total deste estudo foram analisadas 12.051 amostras de cereais, leguminosas, frutas, hortaliças e raízes, totalizando 25 tipos de alimentos, monitoradas nos 27 Estados e no Distrito Federal.

Ainda sobre as críticas de que com o PL aprovado da forma como foi na Câmara apenas deixará somente a cargo do Ministério da Agricultura a responsabilidade das análises técnicas, José Inácio lembra que a Anvisa e o Ibama continuarão como corresponsáveis, junto com o Mapa por esse trabalho. “A proposta, de fato, centraliza no Ministério da Agricultura as tarefas de fiscalização e análise desses produtos para uso agropecuário, mas, não exclui a Anvisa e o Ibama de participarem deste processo. Essa nova lei trará  avanços importantes para o Brasil como um todo, que poderá produzir de forma mais eficaz e levar comida mais segura e barata para a mesa da população brasileira”, destaca José Inácio, que espera agora que o Senado Federal tenham o mesmo entendimento que a Câmara e aprove a proposta. “Ser contra essa proposta é ser contra a tecnologia, ao progresso, ao desenvolvimento, a agricultura e a produção de alimentos”, finaliza o presidente da Unida e da Asplan.

*Com informações da Agência Câmara

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Asplan oferece vários serviços aos seus associados e ainda possui uma das melhores estruturas do Centro de João Pessoa para locações

A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), conhecida como a Casa do Produtor Canavieiro, trabalha para apoiar, defender e fortalecer seus associados e o setor produtivo. O bom atendimento, a informação relevante e um debate de pautas atualizadas, além do atendimento das necessidades de seus associados garantem o bom funcionamento da entidade e a credibilidade que ela tem não apenas na Paraíba, nem no Nordeste, mas no país. Mas, a Asplan tem outros diferenciais, a exemplo do conjunto de serviços que oferta aos associados para ajudá-los no seu dia a dia e tornar o setor cada vez mais competitivo, além da oferta de salas e espaços que podem ser alugados.

Dentre os serviços que a Asplan oferece aos seus associados estão as assessorias jurídicas nas áreas civil, trabalhista e agrária; a Assistência Técnica; a Assistência Agronômica; o acompanhamento e fiscalização do processamento da cana nas unidades industriais em épocas de safra; a produção de insumos biológicos nos laboratórios da Estação Experimental de Camaratuba para o controle de pragas; Assessoria de Imprensa para produção e divulgação de notícias do interesse dos produtores;  Assistência Social, com Medicina  do Trabalho e odontologia em consultório próprio, plano de saúde com valores mais acessíveis e ainda Assistência Financeira.

Com a Assistência Agronômica, por exemplo,  o associado tem orientações para o plantio, os tratos culturais, aquisição de variedades e outros serviços. Já na Assessoria Técnica, o associado tem à sua disposição profissionais que o ajudarão na elaboração de projetos, além de serviços como o de georeferenciamento, geoprocessamento e assessoria no licenciamento ambiental. Na Assessoria Financeira, o associado pode ter o acompanhamento de projetos elaborados para liberação de recursos financeiros.

Na Assistência Social a Asplan oferece serviços médicos, ambulatoriais, odontológicos e exames laboratoriais. Em 2021, a entidade contabilizou 4.334 atendimentos gratuitos no setor social.  Destes, 3.133 foram atendimentos no setor médico, incluindo exames laboratoriais e de enfermagem, e 1.201foram atendimentos e procedimentos odontológicos.

“Nossa Associação presta relevantes serviços para os produtores de cana da Paraíba que vão além da mera assistência enquanto entidade. Aqui, formamos uma família e como tal queremos ver todos os membros da melhor forma possível. Nossa marca é a união e convergência. Todos aqui trabalham com o único foco: o fornecedor de cana. E me sinto muito feliz de fazer parte desta Associação”, afirma o presidente da entidade, José Inácio de Morais que está em seu terceiro mandado.

Prédio com espaços para alugar

Além de todos esses serviços elencados disponíveis ao associado, o prédio da Asplan – que fica localizado na Rua Rodrigues de Aquino, 267, no Centro de João Pessoa, próximo à Praça dos Três Poderes – ainda possui dois auditórios que podem ser alugados para o público em geral (um grande e outro de médio/pequeno porte), com espaço para coworking. O salão de festas e eventos também está disponível para locação do público, assim como as salas e escritórios tanto no prédio sede, quanto no anexo que também pertence à Associação. Interessados podem entrar em contato pelo telefone 3241-6424.

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Estação Experimental de Camaratuba segue em defesa do meio ambiente com alta de 11% na produção de controladores biológicos

O Brasil vem se destacando no avanço do controle biológico de pragas nos campos. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, o país é uma liderança mundial no uso do controle biológico nas lavouras e também exporta tecnologias da área para outros países. São mais de 23 milhões de hectares com aplicação desse tipo de manejo no Brasil. Na Paraíba, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), seguindo esse movimento em defesa do meio ambiente, também é uma grande produtora de insumos biológicos para o controle de pragas na cana-de-açúcar. Em 2021, por exemplo, a entidade viu sua produção de vespa Cotesia Flavipes, utilizada para o controle da broca-da-cana, crescer 11,4% em relação ao ano de 2020 e tratar mais de 40 mil hectares. Além da Paraíba, os insumos produzidos pela Estação mantida pela Asplan são usados em propriedades de Pernambuco e do Rio Grande do Norte.

A broca é uma espécie de larva de mariposa que provoca grandes perdas de produtividade na cultura da cana-de-açúcar. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atualmente, o Brasil hospeda o maior programa de controle biológico do mundo. Registram-se mais de três milhões de hectares de cana-de-açúcar empregando os parasitoides Cotesia flavipes e Trichogramma galloi para o controle da broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) e o inseticida microbiológico com isolados do fungo Metarhizium anisopliae para o controle da cigarrinha-da-raiz (Mahanarva fimbriolata).

A Estação Experimental de Camaratuba, mantida pela Asplan, produz tanto a Cotesia flavipes quanto o fungo Metarhizium anisopliae. Em 2021, a biofábrica de Cotesia flavipes atingiu a marca de 240.000.000. Isso significa um crescimento de 11,4% em relação a 2020, quando foram produzidas 210.000.000 e 13,3% de crescimento em relação à produção em 2019, quando foram produzidas 180.000.000 unidades de Cotesia flavipes. Segundo o supervisor dos laboratórios da Estação Experimental, o biólogo, Roberto Balbino, em 2021 essa produção foi responsável pelo tratamento de 40.061 hectares, distribuído nos estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. “Foi uma marca surpreendente”, comentou Roberto.

Das áreas com cana-de-açúcar tradadas na Paraíba com a Cotesia flavipes produzida pela Estação foram 21.669 hectares, entre propriedades de usinas e fornecedores de cana. Em Pernambuco, a Cotesia flavipesproduzida na Paraíba tratou 13.392 hectares e no Rio Grande do Norte foram mais 4.950 hectares. “Como uma entidade de produtores defendemos o uso de defensivos no combate às pragas, sejam eles biológicos ou não, mas, logicamente se pudéssemos erradicar todas as pragas com insumos biológicos priorizaríamos, já que o controle natural é ambientalmente mais natural e estamos muito felizes com esse incremento de produção da Estação no ano passado”, destaca o presidente da Asplan, José Inácio de Morais.

O Coordenador da Estação, o agrônomo Luis Augusto, lembra que existe um projeto em andamento para a produção de outros micro-organismos como, por exemplo, o fungo Trichoderma, e as bactérias Bacillus subtillis e Azospirillum brasilienses. “A ideia é produzir esses insumos em meio líquido e por encomenda e não mais no arroz como ainda é o Metarhizium. Com isso, aumentaremos a nossa atuação, pois esses outros micro-organismos ajudarão os nossos canaviais também na questão da promoção do crescimento, perfilhamento e no enfrentamento aos estresses abióticos”, destaca Luis.

Produção de fungos

Para manter as duas biofábricas (de vespas e de fungos), a Estação Experimental de Camaratuba conta com um quadro de 19 colaboradores, dentre eles, profissionais pós-graduados, graduados e técnicos, divididos na produção do parasitoide Cotesia flavipes e do fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae. Em 2021, segundo o coordenador técnico da estação, Roberto Balbino, a Estação produziu 22.825 quilos do fungo. “O Metarhizium foi responsável pelo tratamento de mais de cinco mil hectares na Paraíba”, apontou ele. “O fungo, além de controlar as cigarrinhas das folhas e da raiz, tem resultados satisfatórios em outras aplicações. Há vários estudos que falam das potencialidades do fungo, para controle de diversas pragas e doenças”, afirmou Roberto.

O serviço e a Estação

Além dos controladores biológicos, a Estação Experimental de Camaratuba também oferece apoio técnico para assistência de campo, um serviço realizado através de treinamento e orientação de pessoal para o manejo de aplicação e liberação de vespas e fungos. Roberto explicou que é rotina dos profissionais as visitas nas biofábricas e as visitas em campo para verificar o problema do produtor de cana in loco. “Trabalhamos em parceria e sintonizados com o produtor. Ele nos traz informações e nós, técnicos, levamos orientações”, afirmou Roberto.

Outro serviço importante realizado pela Asplan é o tira duvidas através do Whatsapp ou na própria biofábrica, onde o produtor tem orientação prática como proceder no manejo das principais pragas da cana. Para mais informações, basta ligar para (83) 3241-6424.Vale lembrar que os dois laboratórios mantidos na Estação Experimental são referência no Nordeste na produção de controladores biológicos de duas pragas que atacam canaviais e pastagens: a broca-comum (Diatraea spp.) e a cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata).

A Estação está localizada na BR 101, próximo à entrada do município de Mataraca. A engrenagem foi instalada em 1979, através de um convênio entre o já extinto Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)/Planalsucar e Asplan. No entanto, desde 1989, a Asplan assumiu a Estação para dar continuidade às pesquisas, à fabricação de controladores biológicos e ao cultivo de cana-semente de variedades promissoras.

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