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Projeto desenvolvido na Fazenda Maracanã destina toda a produção de feijão para trabalhadores

Há vários anos, os proprietários da fazenda Maracanã, em Santa Rita, desenvolvem um projeto solidário que ao mesmo tempo em que ajuda as famílias dos trabalhadores a terem feijão o ano todo e obter uma renda extra, também contribui com a rotatividade de culturas, que é uma das boas práticas agronômicas. Este ano, 30 hectares da fazenda que pertence ao engenheiro agrônomo e produtor canavieiro, Raimundo Nonato Siqueira, foram cedidos aos funcionários da propriedade para o plantio de feijão, cuja colheita é destinada 100% aos trabalhadores para consumo próprio e comercialização de excedentes, com renda destinada também, exclusivamente, a eles. A expectativa é que a safra de feijão verde e seco seja colhida até maio.

Em junho, explica o filho de Nonato, Neto Siqueira, a terra é devolvida para o plantio de cana-de-açúcar, que é a principal lavoura da propriedade. “Nos sentimos extremamente gratificados por poder proporcionar um ganho extra aos nossos colaboradores e também  assegurar o feijão para consumo próprio deles durante todo o ano”, destaca Neto, que também é engenheiro agrônomo e é quem ajuda a administrar a fazenda do pai.

Ele lembra que a rotação de culturas é uma técnica agrícola de conservação que visa a diminuir a exaustão do solo. “Isto é feito trocando as culturas a cada novo plantio de forma de que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo. Consiste em alternar espécies vegetais numa mesma área agrícola”, explica ele, lembrando que além de contribuir com a conservação do solo, ela também ajuda no controle de pragas e doenças da lavoura e, neste caso, específico também tem um viés social e econômico importante, já que ajuda na alimentação e renda dos trabalhadores.

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É preciso que o Congresso reconheça a justa reivindicação de incluir o produtor no RenovaBio e no recebimento de CBIOs afirma José Inácio

A Política Nacional de Biocombustíveis, o Renovabio, que instituiu o ativo de crédito de descarbonização (CBios) deixou de fora o mais importante elo desse processo que são os produtores, uma vez que é no campo que acontece a maior parte de captura de carbono. E essa injustiça está sendo revista graças a um Projeto de Lei apresentado pelo deputado federal Efraim Filho (DEM/PB) que inclui os fornecedores de matéria-prima entre os beneficiários do CBIOs. “É inadmissível que um Programa que se propõe a estimular a baixa emissão de CO2 tenha deixado de fora quem participa diretamente dessa ação, uma vez que é no processo produtivo que isso acontece em maior escala. Esse PL precisa ser votado urgentemente para que essa injustiça seja reparada o quanto antes”, afirma o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais.

Segundo o dirigente canavieiro, os produtores não querem tirar nada das indústrias, apenas receber o que lhes é de direito. E para chamar atenção dessa questão e tentar acelerar o processo de apreciação da matéria e sensibilizar os parlamentares federais, produtores publicaram um manifesto em apoio a mudanças do Renovabio. No texto, assinado por várias entidades, a categoria manifesta pleno apoio à proposta parlamentar de alteração da Lei no 13.576, de 26 de dezembro de 2017, materializada pelo Projeto de Lei 3.941/2020, que inclui o produtor rural fornecedor de matéria- prima dentro da Política Nacional e Biocombustíveis (RenovaBio). “Temos o direito de participar dessa Política na exata proporção da matéria-prima entregue por nós às indústrias, descontados os custos de emissão, negociação e de comercialização dos Créditos de Descarbonização (Cbios)”, reitera José Inácio.

O texto do Manifesto reforça que “Grande parte das metas de descarbonização ocorrerá no campo, por meio de ações realizadas pelo produtor rural preservacionista, partindo da forma de cultivo da matéria-prima até o cumprimento da manutenção da sua Reserva Legal e das Áreas de Proteção Permanente em sua propriedade”. Além da Unida, assinam o documento a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Organização das Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) e Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma).

O PL do deputado paraibano Efraim Filho inclui o produtor pessoa física ou jurídica, que cultiva em terras próprias ou de terceiros, que explore a atividade agropecuária e destine a sua produção as usinas que fabricaram etanol exclusivamente ou não. “O PL dá previsibilidade da participação do canavieiro no RenovaBio e no recebimento justo de CBIOs com base no que forneceu de cana à usina e com o total de etanol lá fabricado, evitando, inclusive, conflito de interesse sobre a partilha do CBios com o produtor da matéria-prima”, explica o presidente da Feplana, Alexandre Lima. Ele adianta ainda que se a produção da usina é 50% açúcar e 50% etanol, por exemplo, ela receberá apenas os CBIOs relativos ao etanol e a partilha desse crédito de descarbonização deverá, proporcionalmente, levar em conta a matéria-prima do produtor independente sobre a produção do biocombustível.

Fonte: valor.globo.com

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Presidente da Asplan é vacinado e diz que brasileiro precisa deixar de politizar tragédia e torcer para que mais vacinas cheguem logo

Vacinado no último domingo, em função de estar incluído na faixa etária do cronograma de vacinação contra a Covid-19, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, disse que é preciso que o  brasileiro deixe de politizar a tragédia da pandemia e torça para que mais vacinas cheguem o quanto antes. “Vivemos uma tragédia mundial, com milhares de mortos, e não devemos neste momento de tanta tragédia politizar a pandemia. Devemos nos unir e torcer para que tudo dê certo, que chegue mais vacinas e num curto espaço de tempo, pois o vírus não vê posição ideológica, status social, nem poder econômico”, disse o dirigente canavieiro que foi vacinado no posto localizado na Escola Municipal Seráphico da Nóbrega, no bairro de Tambaú, em João Pessoa.

O presidente da Asplan, que apóia o governo Bolsonaro, reconhece que o Governo Federal não agiu com a agilidade que a pandemia pedia, mas, argumenta que o momento não cabe ‘chorar pelo leite derramado’, mas correr atrás do prejuízo. “De fato o governo federal não conduziu bem o processo no início, quando deveria ter se precavido e comprado antecipadamente as vacinas, mas, agora precisamos nos unir, torcer para que se resolva o mais rápido possível e jamais fazer política em cima de tanta tragédia”, reforçou José Inácio que está com três primos hospitalizados, em estado crítico por causa do Covid, em hospitais de João Pessoa e de Recife.

O presidente da Asplan tomou a primeira dose da vacina AstraZeneca, da Universidade de Oxford contra COVID-19. A segunda dose, segundo ele, será tomada daqui a 90 dias. “Não senti nenhuma reação até agora, apenas uma dorzinha no local da injeção, normal como qualquer vacina que se toma”, afirmou ele.

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