Levantamento prevê um aumento de 43% em área plantada de cana-de-açúcar
e de 55% em produção da matéria prima para o período estimado
Um estudo realizado pela Fiesp em parceria com o Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) traz as projeções de oferta, demanda e uso da terra para o agro negócio brasileiro, no período entre 2011 e 2022. O projeto, intitulado “Outlook Brasil” traz perspectivas para 16 produtos agrícolas, entre eles algodão, arroz, cana-de-açúcar (açúcar e etanol), feijão, milho, soja (grão, farelo e óleo), trigo, carnes (bovina, suína e aves) e ovos. O trabalho também analisou o impacto dessas culturas e do setor na economia, a infraestrutura do País, além de avaliar os efeitos do agronegócio sobre outros segmentos. O “Outlook Brasil” traz ainda estimativas e análises para o consumo doméstico, produção, área plantada, mercado, importações e exportações, entre outros aspectos.
Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murílo Paraíso, o levantamento pode contribuir de forma bastante positiva para o desenvolvimento do agronegócio nacional, especialmente, o setor sucroalcooleiro. “Os dados são relevantes e balizam as ações necessárias para a promoção do crescimento do Brasil sob vários aspectos, inclusive, no setor energético, onde a cana-de-açúcar ocupa lugar de destaque”, afirma Murilo que disse se surpreender com os avanços projetados, especialmente, no setor canavieiro.Segundo dados do “Outlook Brasil”, o aumento nas exportações e do consumo doméstico de etanol, somados ao crescimento dos embarques de açúcar deverão levar à expansão da cultura canavieira no país. O estudo projeta um avanço de 3,9 milhões de hectares plantados com a matéria prima e de 394 milhões de toneladas na produção canavieira nacional, totalizando 13,1 milhões de hectares e 1.112 milhões de toneladas. Esses dados sinalizam para um aumento de 43% em área plantada e de um acréscimo de 55% na produção de cana-de-açúcar no Brasil nos próximos dez anos.
Ainda segundo o estudo, a produção de etanol deverá expandir-se em 28,5 bilhões de litros (56,2 bilhões de produção total em 2022), enquanto são projetadas exportações de 10,2 bilhões de litros (já considerando a abertura do mercado nos Estados Unidos). O consumo doméstico de etanol também continuará crescendo, chegando a 45,8 bilhões de litros (20,3 bilhões a mais do que em 2011), explicado pelo crescimento da participação dos veículos flex na frota total brasileira, de 42% para 81%, entre 2011 e 2022.
Estes e outros dados detalhados, bem como o estudo completo estão disponíveis no endereço www.fiesp.com.br/outlookbrasil/. O trabalho levou três anos para ser concluído e tem parceria com o Center for Agricultural and Rural Development e o Food and Agricultural Policy Research Institute (CARD/FAPRI), da Universidade de Iowa/EUA (ISU), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e dos demais mantenedores do instituto: Irga, Ubabef e Unica.
News – Assessoria & Comunicação