Depois do protesto da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e de tantas outras entidades ligadas ao agronegócio nacional, agora foi a vez da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) divulgar um manifesto contra a forma equivocada e desrespeitosa como o samba-enredo da escola carioca Imperatriz Leopodinense vai retratar os produtores rurais brasileiros na Marques de Sapucai, no carnaval deste ano.
Em nota, a Feplana, que representa 70 mil produtores independentes de cana-de-açúcar, manifesta sua indignação diante da forma como o tema, que será tratado pela Escola no Desfile de Carnaval de 2017, aborda o setor produtivo do país. “Essa atitude irresponsável mostra o total despreparo e desconhecimento sobre a atividade que está movendo a economia brasileira em uma época de extrema crise que vive nosso país”, destaca a nota que é assinada pelo presidente da entidade. Alexandre Lima.
O comunicado da Feplana destaca a importância do carnaval para o Brasil e a visibilidade que ele dá, nacional e internacionalmente, aos temas abordados, e por isso, manifesta sua preocupação e repúdio às críticas feitas ao setor agrícola nacional. “Nos sentimos no dever de transmitir para a sociedade, para os partidos políticos, aos parlamentares e, principalmente, para a Justiça de nosso país a nossa profunda preocupação por tal desqualificação, pois trabalhamos diariamente em nosso negócio e investimos no que sabemos fazer, que é gerar alimentos com valores acessíveis para a sociedade e trazer riqueza para a economia, mas ao invés de exalter nossas qualidades e avanços, a escola vai mostrar um samba-enredo que nada tem haver com a realidade do nosso dia a dia”, destaca o manifesto.