Com a participação do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol), presidida pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), e o Fórum Nacional Sucroenergético definiram, essa semana, em Brasília, um conjunto de propostas para a recuperação do setor, que enfrenta grave crise com o fechamento de usinas, a redução da produtividade e com preço da gasolina mantido artificialmente pelo governo.
As principais propostas para tirar o setor da crise são a retomada da Cide da gasolina; o aumento da mistura de etanol na gasolina até 27,5%; melhoria da eficiência do motor flex no Inovar-Auto e a intensificação do uso da bioeletricidade gerada a partir da queima da palha e do bagaço da cana-de-açúcar.
Segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, a Frente do Etanol quer contribuir para a superação da crise que atinge indistintamente toda cadeia produtiva e fazer com que o Brasil continue dando exemplo ao mundo produzindo um combustível barato, correto ambientalmente e gerador de emprego e renda. Para ele, o governo federal não pode mais continuar ignorando as dificuldades enfrentadas pelos produtores. “O governo precisa mudar sua postura porque o fechamento de 40 usinas nos últimos três anos significa menos empregos, menor arrecadação de impostos e a necessidade constante de importação de gasolina”, destaca o dirigente canavieiro paraibano.
O ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues considerou “burrice e falta de patriotismo” o descaso do governo com a produção etanol no país. Para ele, a retomada do programa depende de acordo “dentro do próprio governo”, da união do setor e de entendimento entre o Executivo e produtores. O encontro da Frente essa semana em Brasília registrou a presença de vinte parlamentares, dos estados de AL, MG, SP, PR, MT, RN, e CE.
Com informações da Feplana