

15 DE OUTUBRO DE 2023
FENÔMENO LA NIÑA PODE VOLTAR A SE RESTABELER, MAS COM CURTA DURAÇÃO E FRACA INTENSIDADE E CLIMA APONTA CONDIÇÕES DE BIMESTRE MAIS ÚMIDO
CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Observa-se, neste mês de outubro, a possível ressurgência do fenômeno La Niña, ainda continuidade do fenômeno que se estabeleceu em 2025, com as anomalias de temperaturas da superfície do mar voltando a reduzir gradativamente (resfriamento da temperatura do oceano) e se estabelecendo em boa parte da bacia tropical do Oceano Pacífico tropical, figura 01, porém ainda com oscilações de anomalias entre quentes e frias, representado nas áreas do Niño 1+2, 3, 3.4 e Niño 4, conforme pode ser observado na figura 01, mostrando assim a evoução de um sistema ainda em desenvolvimento.
Deste modo, as condições climáticas, sobre o Oceano Pacífico tropical, continuam evoluindo para ressurgência de um evento de curta duração do fenômeno La Niña e de forma desconfigurada, mas que poderá apresentar impactos favoráveis para a região semiárida, e, deste modo, trazer um período mais úmido sobre o clima da região Nordeste do Brasil, com a predominância de nebulosidade variável e chuvas isoladas, particularmente para a região semiárida.
Essa condição climática de índices de umidade mais alta sobre a atmosfera, deverá induzir a ocorrência de precipitações pluviométricas isoladas, porém de fraca intensidade, característico do período normal de estiagem e para a região do litoral nordestino, em particular no litoral da Paraíba, o tempo também deverá apresentar maior quantidade de nebulosidade e melhor condição de tempo mais úmido sobre a região. Assim, deveremos ter maior probabilidade de ocorrência das chamadas “chuvas de verão”.
Por outro lado, com relação as temperaturas da superfície do mar, sobre o Oceano Atlântico tropical, figura 01, na região da área oceânica da costa leste da América do Sul, continuam a apresentar redução das anomalias positivas, ou seja, estão apresentando um relativo resfriamento. Esta condição sobre o Oceano Atlântico tropical apresenta uma condição desfavorável a ocorrência de precipitações pluviométricas sobre o litoral nordestino, em particular sobre o litoral paraibano, embora a região litorânea estar em pleno período de estiagem, não deve influenciar nos totais esperados até dezembro de 2025, mantendo-se perspectivas de precipitações pluviométricas próximo a média histórica.
TENDÊNCIA CLIMática

Conforme a previsão da modelagem atmosférica, observada na figura 02, com relação as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) sobre os Oceanos Pacífico e Atlântico, observa-se a previsão de expansão e aumento das anomalias negativas de TSM, resfriamento das temperaturas da superfície do mar, sobre toda a bacia leste do Oceano Pacífico Tropical, mostrando o estabelecimento do fenômeno La Niña, pelo menos, até o trimestre janeiro a março de 2025, de intensidade fraca desconfigurado e com curtissímo tempo de vida.
E, sobre a bacia do Atlântico tropical leste, observa-se uma tendência de previsão para padrão de neutralidade das anomalias de TSM sobre a costa leste do Nordeste do Brasil (NEB), predomínio de áreas com tons em branco, figura 02, demostrando que vai permanecer o resfriamento progressivo que vem sendo registrado neste último mês em toda a bacia tropical do Oceano Atlântico.
Esse quadro, não deverá influenciar negativamente o clima sobre o litoral paraibano, já que a região está em pleno período de estiagem e os totais esperados de precipitação pluviométrica são de baixa magnetude, isolados e poucos representativos para o período.
TENDÊNCIA DO TEMPO

Com o estabelecimento do período normal de estiagem, ausência regular de precipitações pluviométricas, em todo o Nordeste do Brasil (NEB), se consolida o quadro de ausência de precipitações representativas em todo o estado da Paraíba.
Conforme análise de diversos modelos numéricos de previsão do tempo, à médio prazo, neste restante do mês de outubro e todo o mês de novembro de 2025, que não há previsões de ocorrência de precipitações regulares e representativas, e os modelos estão indicando que as precipitações pluviométricas sobre o NEB, apresentem totais próximo da normalidade, ou seja, em torno da média histórica conforme exemplo do resultado do modelo regional (BAM 1.2) do CPTEC/INPE, figura 03.
Particularmente, para a região do litoral paraibano e áreas adjacentes, as pecipitações pluviométricas deverão se manter dentro do padrão de normalidade, representativo do período normal de estiagem, e não devem apresentar chuvas representativas, apenas precipitações pluviométricas passageiras e isoladas. As temperaturas devem se manter em torno da média e teremos nebulosidade variável sobre a região no decorrer de todo este período.