Presidente da Asplan elogia aprovação na Câmara do PL que assegura que trabalhador safrista não perca benefícios sociais ao ser contratado

Presidente da Asplan elogia aprovação na Câmara do PL que assegura que trabalhador safrista não perca benefícios sociais ao ser contratado

Há algum tempo, o setor agrícola, especialmente, a cana-de-açúcar que precisa de muita mão de obra no campo em épocas de safra vinha sofrendo com a escassez de trabalhadores safristas dispostos a assinar a carteira de trabalho. Isto porque, caso ele assinasse a carteira, perderia os benefícios sociais que regularmente recebia. Mas, essa situação está prestes a mudar e para melhor. Com a aprovação, nesta quarta-feira (19), pelo Plenário da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 715/2023, que compatibiliza o recebimento de benefícios sociais com a celebração de contratos de safra sem prejuízos para o trabalhador, esse impasse não mais ocorrerá. Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio, esse Projeto chega em boa hora.

“Esse PL é muito importante não apenas para a cana-de-açúcar, mas para a agricultura em geral, pois ele vai possibilitar que o trabalhador safrista possa ser fichado, ter seus direitos garantidos, sem perder os benefícios sociais que ele recebe”, disse o dirigente canavieiro. A matéria segue agora para análise no  Senador Federal.

O PL que é de autoria do deputado federal Zé Vitor (PL-MG) e teve a relatoria do deputado Evair de Melo (PP-ES), na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), ambos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), compatibiliza o contrato em carteira, sem a perca do recebimento de beneficio social.

José Inácio destaca que o que acontece atualmente é que com receio de perder os benefícios sociais regularmente percebidos, os trabalhadores não querem assinar carteira por períodos de curta duração e preferem trabalhar na ilegalidade para não perder os benefícios. “Com esse PL nós vamos poder registrar o contrato de trabalho em carteira sem nenhum ônus ou perca para o trabalhador”, afirma o presidente da Asplan. Para ele, a matéria também deve ser aprovada pelos senadores. “Não há porque vetar uma matéria que beneficia tanto trabalhadores, quanto empregadores e o próprio governo que terá mais arrecadação”, finaliza o dirigente canavieiro.