Segmento agrícola nacional tem ajudado o Brasil a dar destino certo às embalagens de agrotóxicos
Nos últimos dez anos (2002-2012), o segmento agrícola nacional retirou do meio ambiente mais de 222 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas ou agrotóxicos. Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), ONG responsável pela destinação final do material, o Brasil hoje recolhe 94% do total descartado, o que denota um grande avanço para o país, que também é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, e compromisso por parte o agricultor, o fabricante e o revendedor desses produtos que têm dado um destino correto às embalagens utilizadas. A diligência do homem do campo, inclusive, tem sido elogiada pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), que também tem orientado a classe em benefício do meio ambiente.
“Comemoramos os dados porque sabemos que nós produtores de cana também temos ajudado a reduzir o número de embalagens abandonadas na lavoura, nas estradas e às margens de mananciais d’água. Esse é o resultado do trabalho e esforço da classe produtiva, que também se preocupa com o meio ambiente, independentemente de lei” salientou Murilo Paraíso, referindo-se à nova legislação federal em vigor desde 2002 que determinou a responsabilidade da destinação final de embalagens vazias para o agricultor, o fabricante e o revendedor. “Acredito que a lei é inteligente em passar a responsabilidade para a cadeia produtiva, mas acho que sem o comprometimento de todos isso não funcionaria”, destacou o dirigente.
Os estados líderes na devolução de recipientes de agrotóxicos, segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), são Mato Grosso, Paraná, Goiás e São Paulo. De janeiro a dezembro de 2011, os produtores rurais do Mato Grosso devolveram 8,8 mil toneladas (t) de embalagens vazias de agrotóxicos. No Paraná, no mesmo período, foram recolhidas 4,5 mil t, e em Goiás foram 3,5 mil t. O volume de recipientes entregues pelos agricultores em São Paulo somou 3,7 mil t. de acordo com a ONG, atualmente o Brasil já recicla de forma controlada 20% das embalagens plásticas monocamadas (PEAD) que são comercializadas.