2 de abril de 2014

Novo nematicida é apresentado aos produtores canavieiros da Paraíba

Nilton-MarrocosEntre as doenças que afetam a produtividade da cana-de-açúcar, aquelas causadas por nematóides assumem grande importância em virtude dos sérios prejuízos causados à planta e, indiretamente, ao produtor, pela redução de sua produtividade e, consequentemente, de seus lucros. Para tratar de um assunto tão delicado e tão próximo do dia a dia do produtor e para melhor orientar os seus associados quanto aos cuidados com a plantação para evitar ou tratar o canavial com nematóides, o Departamento Técnico da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em parceria com a IHARA, fabricante de defensivos agrícolas, promoveu, na manhã desta terça-feira (01), uma palestra com um dos maiores especialistas no assunto, o engenheiro agrônomo, pesquisador e consultor técnico, Wilson Novarretti. Na ocasião, também foi apresentado o novo nematicida POTTENTE, produto direcionado para o controle de nematoides na cultura canavieira.

A palestra foi aberta pelo presidente da Asplan, Murilo Paraíso, que agradeceu o empenho do Departamento Técnico da entidade em promover um debate tão oportuno e ainda os profissionais da IHARA, que se dispuseram a trazer a novidade para os integrantes da associação. “É com grande prazer que dou as boas vindas aos profissionais da IHARA e também ao Novarreti que estão aqui para nos orientar e ajudar a termos uma melhor produtividade em nossa cultura”, disse Murilo, passando a palavra para o gerente comercial da IHARA, Alessandro Amorim, que fez uma breve explanação da empresa, de seus produtos, com ênfase aos destinados à cultura canavieira,  e de sua atuação no mercado. “Nós últimos sete anos, nós lançamos três produtos que auxiliam no manejo da produção canavieira, uma cultura muito importante e que tem especial atenção de nossa empresa”, destacou Alessandro, se atendo ao mais novo lançamento o POTTENTE.

Antes de falar propriamente de nematóides, sobre as principais medidas de controle, a importância do manejo químico e de instruções para coleta de amostras para análise nematológica, Novarreti fez algumas explanações sobre insetos e pragas e falou da escassez, cada vez mais crescente, de países que deixam de ter áreas disponíveis para produção de alimentos, com destaque para as vantagens territoriais do Brasil. “Em 2025, pelo menos, 32 países no mundo, entre eles a China e Israel, não terão áreas disponíveis para produção de alimentos. O Brasil está numa situação confortável, mas precisa aumentar a produtividade de suas culturas”, destacou o pesquisador. Quanto aos nematoides, ele foi enfático: “Não é fácil matar nematoides. Eles são muito evoluídos e resistentes”, disse ele, destacando que o POTTENTE da IHARA surge como um poderoso aliado nesta batalha.  

O engenheiro agrônomo, Nilton Marrocos, que sucedeu Navarretti nas explanações, deu detalhes técnicos do produto e mostrou algumas experiências com dados e fotos de sua aplicabilidade, além de resultados preliminares. Uma dos exemplos mostrados foi o da fazenda Maracanã, em Santa Rita, do produtor canavieiro e ex-presidente da Asplan, Raimundo Nonato. Lá, a IHARA está utilizando o produto desde o ano passado e apesar dos resultados finais só serem tabulados no segundo semestre, a eficácia do produto já é visível e perceptível na plantação. “Temos observado não apenas na Maracanã, mas em outras fazendas e usinas, resultados excelentes no controle dos Nematoides. Além disso, o produto tem contribuído com o estabelecimento pleno da cultura em sua fase inicial, através de raízes sadias e vigorosas”, afirmou Marrocos, ao mesmo tempo em que mostrava fotos comparativas de plantas tratadas e não tratadas com o novo nematicida. Ainda segundo Marrocos, o produto reduz a população de nematoides no solo e nas raízes, proporcionando melhor desenvolvimento radicular e melhor desenvolvimento das plantas. Além disso, a IHARA assegura mais segurança e flexibilidade com o POTTENTE, pois o produto não sofre interação com herbicidas derivados de ureia. A fabricante também garante que o produto não entope bicos, evitando a exposição do operador ao produto durante a operação de desentupimento.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, o evento foi de grande importância para os produtores de cana e trouxe vários esclarecimentos. “Essa palestra tirou muitas dúvidas e reforçou informações úteis que devemos ter com a nossa plantação”, finalizou Mutilo.

Sobre nematóides

Os nematóides fitoparasitas prejudicam as plantas pela ação nociva sobre o sistema radicular que, por sua vez, afeta a absorção e a translocação de nutrientes, alterando a fisiologia da planta. Esses organismos também podem predispor a planta a doenças e a estresses ambientais ou atuarem como transmissores de outros patógenos. Por serem microscópicos e portanto invisíveis a olho nu, a única maneira de se detectar com certeza a presença de nematóides é através de análise realizada em laboratório. Áreas que apresentam produção insatisfatória ou quedas progressivas de produtividade, manchas no talhão apresentando plantas menos desenvolvidas e que estão localizadas em solos arenosos, com baixo teor de matéria orgânica, são suspeitos da presença de nematóides, mas é preciso uma análise de laboratório para confirmação e se for o caso, determinar população e espécies presentes.

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O uso da tecnologia da Internet no agronegócio ainda é insipiente no Brasil

raynerTema foi debatido na manhã desta terça-feira (01), durante palestra promovida pela Asplan

O Brasil é o terceiro maior produtor agrícola do mundo e a produção doméstica segue em expansão. Uma das principais explicações para o bom desempenho do país no ramo é o investimento dos produtores nacionais em alta tecnologia, que vai desde a seleção de sementes, melhoramento genético e adoção de máquinas inteligentes, com computador de bordo e GPS. Ironicamente, um entrave tecnológico persiste no campo: a falta de conexão com a internet. De acordo com o Ministério das Comunicações, são apenas 250 mil as propriedades rurais conectadas à rede mundial de computadores, ou seja, nem 5% do total do país. Mas, ao poucos esse realidade tente a mudar. E foi justamente para despertar o interesse por essa ilimitada e importante ferramenta, que a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), promoveu nesta terça-feira (01) uma palestra sobre o “Uso da tecnologia da internet e celular no agronegócio”.

Proferida pelo especialista na área, Rayner Holmes, da Ponto R Comunicação, a abordagem serviu para despertar o interesse para o uso desta ferramenta chamada Web. “Há inúmeros exemplos de aplicativos e soluções que podem auxiliar o produtor no seu dia a dia e melhorar o acompanhamento da cultura no campo, e muitos deles com acesso gratuito, outros com preços bem acessíveis, mas,  por desconhecimento, o produtor deixa de desvendar esse amplo universo de possibilidades”, destacou Rayner. Um exemplo citado pelo palestrante foi o do  Google Earth Pro, um programa pago, disponibilizado pelo Google que faz a medição de áreas  de forma precisa, ágil e rápida. “Por um valor irrisório, o produtor tem à sua disposição essa ferramenta e, muitas vezes, por não conhecê-la, deixa de utilizá-la”, destacou Rayner.

Ele citou alguns aplicativos e sites que, em sua opinião, são importantes ferramentas de informações para acesso do produtor, a exemplo do Ageitec Embrapa, do PIMS MC, da Próxima, além dos endereços eletrônicos www.agritempo.gov.br; do www.revistaplantar.com.br e do próprio site da asplan www.asplapb.com.br. Ainda segundo Rayner, com a evolução dos smartfones, tablets, etc, o acesso a web tende a se popularizar e se disseminar cada vez mais. “Hoje, no Brasil, temos 272,3 milhões de celulares, contra 195 milhões de pessoas, ou seja, temos mais aparelhos que cidadãos. Destes, 4,9 milhões de celulares estão na Paraíba e boa parte deles estão conectados com a internet”, afirmou Rayber, ao mesmo tempo em que fazia apresentações dos aparelhos mais modernos e eficientes para ter acesso a rede mundial e a todas as suas vantagens e possibilidades.

“O agronegócio brasileiro é admirado no mundo por sua eficiência, mas está muito atrasado quanto à exploração das possibilidades da internet”, afirmou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso. Segundo ele, essa realidade começa a mudar, aos poucos, no dia a dia da Asplan, já que desde o início do ano a entidade também redirecionou sua estratégia de comunicação para o mundo das possibilidades da internet, melhorando seu site e inserindo-se nas redes sociais, a fim de ampliar a integração, disseminação de ideias, atividades e ações com os seus associados.

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