5 de setembro de 2014

Indústria sucroenergética será beneficiada com o aumento do percentual do álcool à gasolina

MuriloParaiso okO presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, enalteceu nesta quinta-feira (04) a posição do Senado Federal que aprovou, na última terça-feira (02), o projeto que aumenta o percentual do etanol misturado à gasolina. Hoje o percentual máximo dessa mistura é de 25% de etanol e a proposta é de que essa taxa chegue a 27,5% desde que exista viabilidade técnica para isso. O texto ainda seguirá para sanção presidencial. Segundo o dirigente da Asplan, com a ampliação da alíquota as indústrias sucroenergéticas do país serão incentivadas a produzir mais etanol fortalecendo o setor como um todo.

“Já é lamentável que o Brasil chegue à situação de importar álcool dos EUA para suprir a demanda interna, então, comemoramos sim essa nova configuração porque ela também coloca os canavieiros na ponta da cadeia produtiva. Espero isso traga mais equilíbrio ao setor e que também sejamos beneficiados com isso”, disse Murilo, destacando que agora é preciso que a Presidenta Dilma Rousseff também tenha sensibilidade para sancionar tal proposta. “A prática desses últimos governos de subsidiar a gasolina acabou inviabilizando a progressão do etanol da cana. Agora o governo precisa ver novas formas de incentivar o etanol, que ainda é a alternativa mais confiável, mais barata e menos poluente, além de ser genuinamente nacional”, lembrou Murilo.

A proposta de aumento do percentual do etanol misturado à gasolina está no Projeto de Lei de Conversão 14/2014, decorrente da Medida Provisória (MP) 647/2014. A medida também eleva para 6% o percentual obrigatório de mistura do biodiesel ao óleo diesel. Antes, esse percentual era de 5%. Além disso, a matéria também prevê outro aumento desse percentual para 7% a partir de 1° de novembro. A regulação do limite dessas variações, inclusive o da mistura do álcool à gasolina, conforme a matéria, deve ficar a cargo da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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Cássio se reúne com dirigentes da Asplan e afirma que apoiará causas importantes defendidas pelos produtores canavieiros se eleito governador

cacio1O candidato ao governo do estado pelo PSDB, Cássio Cunha Lima, abriu espaço em sua agenda política no final da manhã desta quinta-feira (04) para um encontro com a diretoria da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Numa conversa descontraída e informal, realizada na sala de reuniões da entidade, no Centro da capital paraibana, Cássio ouviu as principais demandas do setor canavieiro, recebeu documentos que descrevia a atuação da Asplan e as necessidades mais urgentes do segmento local e se comprometeu a encampar ações e projetos para fomentar o setor canavieiro. O candidato foi recebido pela diretoria da Associação que está ouvindo os principais postulantes ao cargo nas eleições de 5 de outubro. Ainda serão agendados encontros com o governador Ricardo Coutinho, do PSB, e com Vitalzinho, candidato do PMDB.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, foi o primeiro a se pronunciar durante a reunião. Ele abordou itens considerados fundamentais para o fortalecimento da cultura e do segmento canavieiro, como a questão da segurança hídrica, da preservação do direito de propriedade, da importância da retomada das parcerias público-privada na recuperação de estradas, de programas de distribuição de cana-semente, reforçando o apartidarismo da entidade que representa 1.800 produtores no Estado. “Esta Casa é apartidária. Aqui somos produtores e vivemos de nossas plantações. Não temos bandeiras, nem partidos, defendemos as causas do homem canavieiro e por isso estamos ouvindo todos os candidatos”, disse Murilo.

Em seguida, o vice-presidente da Asplan, Pedro Jorge, o diretor tesoureiro, Oscar Gouvêa e o ex-presidente da Asplan, José Inácio, reforçaram a importância da preservação do direito de propriedade, reforçaram a necessidade de aproveitar a transposição do Rio São Francisco para dar maior segurança hídrica às cidades do interior paraibano e expuseram  que o setor vive uma das piores crises dos últimos anos por falta de políticas específicas para o segmento sucroenergético nacional, tendo uma remuneração abaixo dos custos de produção. “Hoje, para produzir gastamos R$ 93 e temos uma remuneração de apenas R$ 63, numa defasagem de R$ 30 em cada tonelada de cana”, exemplificou Pedro Jorge.

Cássio ouviu atentamente as explanações, falou de sua afinidade com o setor, lembrou de parcerias importantes durante seu governo que privilegiou o segmento canavieiro local, a exemplo do programa de distribuição de cana-semente que contribuiu para revitalizar a cultura no brejo paraibano e da parceria público-privada de recuperação de estradas, e prometeu retomar esses e lançar outros projetos. “Quero reinterar que não tenho um olhar preconceituoso sobre o setor, ao contrário o conheço muito bem e sei do seu potencial por isso podem contar comigo”, disse Cássio que prometeu, caso seja eleito, estudar a possibilidade de implantar na Paraíba um programa similar ao Prorenor de Pernambuco, a retomar a parceria-público privada com as prefeituras, através da utilização de máquinas e equipamentos para recuperação de estradas e fazer cumprir a lei em casos de reintegração de posse de terras invadidas. Cássio estava acompanhado do deputado Assis Quintans e vários assessores.

 “Os encontros têm sido muito proveitosos, pois podemos ouvir as propostas dos candidatos em relação ao setor e expor para eles o que achamos mais importante, buscando, desta forma, um compromisso com o nosso segmento com qualquer que seja o candidato eleito”, avaliou Murilo.

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