14 de dezembro de 2015

Presidente da CNA solicita do Governo Federal uma solução definitiva para os débitos dos produtores rurais do Nordeste afetados pela seca

jmartinsJoão Martins entregou documento com propostas para solucionar o problema a ministra Kátia Abreu

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, entregou na última quarta-feira (09), à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Kátia Abreu, documento com propostas para a negociação ou liquidação das dívidas dos produtores rurais do Nordeste. Os produtores rurais nordestinos, do Vale do Jequitinhonha e do Mucuri, do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, também estão incluídos na solicitação de prorrogação e solução dos seus débitos.

No entendimento da CNA, as sucessivas secas que se abateram sobre a região do semiárido nordestino, especialmente ao longo das últimas duas décadas, impõe uma solução definitiva para o problema e não apenas medidas paliativas de “rolagem” da dívida, cujas condições são desfavoráveis do ponto de vista financeiro. O mesmo documento será entregue aos demais ministérios da área econômica e, também, aos ministros do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional.

O presidente das Associação dos Plantadores de Cana de Açúcar da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, elogiou a iniciativa da CNA e lembrou que solicitação desta natureza vem sendo feita pelas entidades representativas da região há mais de uma década. “É precioso ter um olhar diferenciado com os produtores do Nordeste que convivem com a seca e não tem qualquer diferencial de atendimento das instituições bancárias, principalmente, no tocante às dívidas agrícolas. Uma negociação diferenciada ou mesmo uma liquidação são saídas que equilibrariam a atividade agrícola do Nordeste, lhe dando novo fôlego, porque o contingente de produtores endividados e que não tem perspectivas de quitar seus débitos com as atuais condições do sistema bancário é muito grande”, destaca Murilo.

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Meteorologista apresenta as perspectivas climáticas para 2016 e diz que as chuvas virão se o Atlântico Sul continuar a aquecer

palestra clima auditorioA palestra aconteceu nesta quinta-feira (10) no auditório da Asplan

Os produtores da cana-de-açúcar paraibanos participaram, na manhã desta quinta-feira (10), de mais um ciclo de palestras promovido pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Desta vez, o público conferiu as previsões climáticas para o ano de 2016 através da palestra do meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa),  Flaviano Fernandes Ferreira. O estudioso, que também é doutorando no assunto, comentou que há esperanças de que o ano de vem seja melhor em se tratando de chuvas para a região litorânea nordestina, mas adiantou que até março a quantidade de chuvas poderá estar dentro da normalidade ou um pouco abaixo da média.

Flaviano explicou que o sul do Oceano Atlântico está aquecendo e que isso é extremamente significativo para a evaporação da água e consequente formação de nuvens no litoral do Brasil. “A corrente sul-equatorial que vem da África está esquentando o Atlântico e, isso, junto à diminuição de temperatura do El Nino no Pacífico, pode trazer chuvas ao nosso litoral em meados de abril ou maio. É uma esperança”, frisou. Esse tempo, segundo ele, será necessário para que o El Nino deixe de exercer sua influência sobre o clima. “Até fevereiro, o El Nino ainda estará presente e isso tende a inibir a formação das chuvas. A expectativa é a de que em março ele já tenha se desfeito”, disse.

Além disso, as chuvas de janeiro a março também são fortemente influenciadas pela localização do vórtice, que são aquelas espirais próximas ao continente facilmente visualizada pelo leigo nos mapas meteorológicos. “Se o centro do vórtice estiver no continente, não teremos chuvas. Mas se ele estiver no oceano e suas bordas próximo ao continente, com certeza as chuvas se formarão”, detalhou o meteorologista da Aesa.

Para o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, as explicações não foram muito animadoras, mas atendeu à necessidade dos produtores que buscavam informação a respeito do assunto. “É importante para o produtor ter esse conhecimento para que ele possa se organizar melhor. Já sabemos que o ano que vem não começará com chuvas boas, mas também sabemos que há esperança de que as coisas melhores quando o Atlântico aquecer e o Pacífico esfriar, porque isso reduz também o El Nino. Vamos acompanhar isso com atenção e especial interesse”, disse o dirigente.

Máquina Colhedora- Cortadora de cana

Ao final da apresentação das perspectivas do clima para 2016, um representante da Associação dos Plantadores de Cana de Sergipe (Asplana), Helber Rodrigues, aprestou aos produtores paraibanos o desempenho de uma máquina colhedora e cortadora de cana (a Mec Colhe), melhorada pela MecMaq, que já vem vendo utilizada com sucesso em São Paulo e em Sergipe.

De acordo com o vídeo apresentado, que pode ser acessado no You Tube colocando-se o nome da máquina (Mec Colhe), o equipamento consegue colher 6 a 7 toneladas/hora de cana crua e 9 toneladas/hora de cana cortada. “E um ótimo trabalho e, ainda por cima, a cana sai limpa, o que é uma grande diferença das outras máquinas já disponíveis no mercado”, frisou o apresentador do equipamento.

O evento contou com a participação do presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Lima; o presidente da Associação de Plantadores de Cana do Rio Grande do Norte (Asplan), Renato Lima; o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana do Extremo Sul da Bahia, Jorge Monteiro; e o presidente do Sindicato dos Produtores de Cana de Pernambuco, Gerson Carneiro Leão, além da diretoria da Asplan PB e seu Departamento Técnico (Detec), representado pelo seu coordenador, o engenheiro agrônomo, Vamberto Rocha.

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