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Presidente da CNA solicita do Governo Federal uma solução definitiva para os débitos dos produtores rurais do Nordeste afetados pela seca

Presidente da CNA solicita do Governo Federal uma solução definitiva para os débitos dos produtores rurais do Nordeste afetados pela seca

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jmartinsJoão Martins entregou documento com propostas para solucionar o problema a ministra Kátia Abreu

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, entregou na última quarta-feira (09), à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Kátia Abreu, documento com propostas para a negociação ou liquidação das dívidas dos produtores rurais do Nordeste. Os produtores rurais nordestinos, do Vale do Jequitinhonha e do Mucuri, do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, também estão incluídos na solicitação de prorrogação e solução dos seus débitos.

No entendimento da CNA, as sucessivas secas que se abateram sobre a região do semiárido nordestino, especialmente ao longo das últimas duas décadas, impõe uma solução definitiva para o problema e não apenas medidas paliativas de “rolagem” da dívida, cujas condições são desfavoráveis do ponto de vista financeiro. O mesmo documento será entregue aos demais ministérios da área econômica e, também, aos ministros do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional.

O presidente das Associação dos Plantadores de Cana de Açúcar da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, elogiou a iniciativa da CNA e lembrou que solicitação desta natureza vem sendo feita pelas entidades representativas da região há mais de uma década. “É precioso ter um olhar diferenciado com os produtores do Nordeste que convivem com a seca e não tem qualquer diferencial de atendimento das instituições bancárias, principalmente, no tocante às dívidas agrícolas. Uma negociação diferenciada ou mesmo uma liquidação são saídas que equilibrariam a atividade agrícola do Nordeste, lhe dando novo fôlego, porque o contingente de produtores endividados e que não tem perspectivas de quitar seus débitos com as atuais condições do sistema bancário é muito grande”, destaca Murilo.