Agenda de interesses relacionado ao Renovabio será debatida durante evento na sede da Asplan em João Pessoa

Agenda de interesses relacionado ao Renovabio será debatida durante evento na sede da Asplan em João Pessoa

Reunir pesquisadores da UFPB, gestores de órgãos ambientais e a indústria sucroalcooleira paraibana para debater uma agenda de interesses convergentes dentro do quadro do Renovabio. Essa é a proposta de um evento que acontecerá nos dias 19 e 20 deste mês, na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa. O evento, promovido pela Universidade Federal da Paraíba e a Japungu Industrial, tem como tema “Diálogos de Sustentabilidade no Setor Sucroalcooleiro: Fauna e Flora e terá palestras, mesa redonda e workshop.

O presidente Asplan e da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-açúcar (Unida), José Inácio de Morais, lembra que a expansão do setor sucroalcooleiro no Brasil vem ao longo do tempo, impactando consideravelmente o meio ambiente e que é importante debater essa expansão também sobre a ótica da sustentabilidade. “Há alguns anos talvez fosse impossível conceber a ideia de aliar a preservação do meio ambiente ao desenvolvimento das indústrias e, consequentemente, ao setor sucroalcooleiro. Hoje, além de ser completamente aceitável, esse pensamento pode ser considerado como aspecto estratégico e um importante diferencial no mercado competitivo. Um dos fundamentos das usinas de açúcar e álcool é o fornecimento e desenvolvimento de produtos trabalhando de maneira sustentável, manejando os produtos e subprodutos de forma a diminuir impactos ambientais, já que o Brasil é líder neste setor”, destaca José Inácio.

Ele lembra também que a imagem da cultura da cana-de-açúcar, que por muitos anos, se notabilizou como exploratória, poluidora e predatória, não mais condiz com a realidade, já que o mercado dispõe de várias ações e instrumentos que objetivam assegurar o tão almejado equilíbrio ambiental. “A cadeia agrícola mudou muito nos últimos anos, reduziu drasticamente os impactos na biodiversidade e a cultura da cana manteve sua importância no desenvolvimento das regiões onde ela existe, com práticas que respeitam o meio ambiente e valoriza seus trabalhadores”, reitera José Inácio.

Programação

A abertura do evento está programada para às 9h, do dia 19, seguida da primeira palestra do dia com o diretor do Sindalcool, Edmundo Barbosa, que vai abordar o tema “Renovabio: política de biocombustíveis na redução de emissão de carbono”. O representante da SIG Ambiental, Rogério Ferreira, fala em seguida sobre o tema “Valorizando a natureza em favor de sua empresa”. A última palestra antes do coffee break, “Conservação Florestal e seus benefícios para a produtividade de cana-de-açúcar” será proferida por Jakeline Sousa, da UFPE. As 10h30 recomeçam as palestras com Pedro Estrela, da UFPB que vai abordar o tema “Histórico da Mata Atlântica na Paraíba:uma ecologia de paisagem”.

Em seguida, George Miranda e Simone Porfírio, da PPGMA/UFPB/SUDEMA, abordam o tema “Panorama das unidades de conservação da Paraíba”. Severino Rodrigo da CEPAN vai falar sobre “Importância da fauna e flora para manutenção dos recursos hídricos e produtividade de cana-de-açúcar” e Erika Guimarães, da SOS Mata Atlântica, vai abordar o tema “Importância da criação e ampliação de unidade de conservação: RPPN’s como modelo”.

Depois da pausa para almoço, prevista para acontecer entre 12 e 13h30, Fabiana Rocha, da PPGEMA/UFPB, vai falar sobre “Integração do setor sucroalcooleiro e ciência: desafios e agenda de pesquisa”. Em seguida, acontece a primeira mesa redonda “Fauna da região da Mata paraibana”, com Daniel Mesquita, Mayara Beltrão, Carla Soraia, Mônica Montenegro e Antônio Emanuel, da PPGCB, PPGEMA, UFPB, CPB e CEMAVE. Depois do coffee break, haverá outra mesa redonda sobre projetos das usinas Miriri, Monte Alegre e São João, entre outros temas. Na sexta-feira (20), das 9h às 12h, haverá o workshop a partir do tema “Planos de Manejo RPPN’s Pacatuba e Gargaú”, com pesquisadores da UFPB e representantes da Japungu Industrial.