Estes profissionais foram contratados, exclusivamente, para acompanhar a moagem de cana nas usinas durante toda a safra
Desde o último mês de setembro que os 18 agentes tecnológicos que integram a equipe do Laboratório de Controle de Qualidade da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) estão monitorando o processo de moagem da cana-de-açúcar de fornecedores ligados à entidade, nas oito unidades industriais do Estado. E para acompanhar esse trabalho, o supervisor de fiscalização, Edvam Silva, junto ao consultor e pesquisador da Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Francisco Dutra Melo, responsáveis também pela capacitação da equipe, realizarão, na próxima segunda-feira (02), às 14h, a primeira reunião de avaliação com os agentes tecnológicos, na sede da Asplan.
Ao longo da reunião, os profissionais contratados para o acompanhamento da moagem da safra 2013/2014 apontarão as intercorrências encontradas nas indústrias que podem afetar à avaliação da qualidade da cana do fornecedor e, consequentemente, à remuneração dessa matéria-prima. Durante toda moagem, que seguirá provavelmente até fevereiro de 2014, esses agentes tecnológicos acompanharão o cumprimento das normas técnicas estabelecidas entre empresas processadoras de cana e fornecedores, a fim de garantir uma avaliação precisa do peso e da qualidade da matéria-prima cana fornecida pelos produtores às indústrias locais.
Segundo Edvam Silva, essa é a primeira reunião de avaliação do grupo de agentes que está desde setembro nas usinas, mas a ideia é fazer um balanço a cada mês, até o fim da moagem. “Esse é um encontro importante para que todos aprendam com as experiências compartilhadas. É um momento também para se tirar dúvidas e de falar sobre os relatórios que são desenvolvidos por eles todo mês”, disse Edvam.
O trabalho dos agentes tecnológicos, chamados também de fiscais, começou no dia 17 de setembro, com o início da moagem na usina Monte Alegre. Segundo o consultor e pesquisador da Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Francisco Dutra Melo, que também é o químico responsável pelo trabalho desenvolvido durante a safra, as usinas sempre começam a moer cana própria para, depois, processar a cana dos fornecedores associados, momento em que a presença do fiscal é de extrema importância. “O trabalho deles é verificar desde a pesagem da cana-de-açúcar nas balanças de carga e o pagamento da cana de açúcar pela ATR (Açúcar Total Recuperável), até a trituração e a leitura do Brix (teor de sacarose) e da Pol (pureza do caldo extraído) da matéria-prima. Tudo isso está relacionado à qualidade da cana do fornecedor e à remuneração que ele recebe das unidades”, explicou o pesquisador, lembrando que todo esse processo também é acompanhado de pelo supervisor Edvam Silva.