Asplan redige documento para candidatos com principais pleitos do setor e inclui ampliação da Tarifa Verde como uma das prioridades

Asplan redige documento para candidatos com principais pleitos do setor e inclui ampliação da Tarifa Verde como uma das prioridades

Entidade apartidária, mas, de relevante importância e influência no setor produtivo paraibano, a Associação dos Plantadores de Cana (Asplan) é uma instituição que sempre é procurada e ouvida pelos candidatos em épocas de eleição. E para que todos os candidatos a governador possam ter uma visão geral do setor canavieiro, conhecer sua forma de atuação e, principalmente, suas prioridades, a Asplan formatou um documento onde elenca o que considera questões relevantes para o segmento. Entre os itens, alguns sempre recorrentes, a exemplo da segurança no campo, revitalização de estradas, sobre licenças ambientais. Entre os tópicos que são considerados fundamentais destaca-se a ampliação do horário do Programa Tarifa Verde e a redução das taxas de cobrança diferenciada.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, reforça que a entidade conhecida como a Casa do produtor de cana da Paraíba está aberta a receber e dialogar com todos os candidatos. “Esses momentos em que dialogamos diretamente com os candidatos são importantes para que eles conheçam mais a nossa entidade e entendam as nossas prioridades, afinal, um deles, irá governar nosso Estado e definir as políticas públicas para a agricultura nos próximos quatro anos”, destaca o dirigente canavieiro.

Para ele, um dos pleitos mais importantes é o da ampliação dos horários do Programa Tarifa Verde e da ampliação da taxa de desconto. “Produzimos numa região de pouca precipitação e chuvas irregulares, portanto, a irrigação torna-se imprescindível para se ter boa produtividade e até para garantir que a cultura sobreviva”, diz ele, lembrando que além dos altos custos de investimentos em equipamentos de irrigação, o produtor ainda se depara com o alto valor das tarifas de energia elétrica. “Neste aspecto, o Programa Tarifa Verde é um importante instrumento de ajuda para o produtor paraibano. Mas, os períodos determinados para o uso da energia a baixo custo, na maior parte das vezes, não atende a real necessidade de irrigação da cultura, o que acaba impactando na produtividade”, reitera José Inácio, dizendo que isso vale para qualquer cultura irrigada na Paraíba.

Realizado pela Sedap, em parceria com a Emater, a Energisa e a Secretaria de Estado da Receita, o programa Tarifa verde possibilita que o agricultor tenha um desconto na tarifa do consumo de energia elétrica para a irrigação vinculada à atividade de agropecuária e na carga de aquicultura. Na irrigação, a redução dos custos deenergia elétrica variam de 10% a 73%. Para tanto, o produtor utiliza um medidor diferenciado de dupla tarifa, ou seja, quando o uso da irrigação acontecer entre 21h30 às 6h da manhã, o chamado plano “A”, ou entre 2h30 às 11h, denominado plano “B”. “A Asplan solicita do próximo governo que haja uma revisão neste tempo de uso com desconto e também uma ampliação do desconto na tarifa. Se isso ocorrer, poderemos dar um alto em produtividade significativo”, destaca José Inácio, lembrando que a ministra da Agricultura, Teresa Cristina esteve na Paraíba visitando a usina Japungu e pôde verificar in loco o quanto um projeto de irrigação faz a diferença na produtividade e consequente lucratividade de uma lavoura.

Os demais pleitos do setor canavieiro passam pela melhoria das estradas vicinais por onde escoam a produção agrícola, a retomada da patrulha rural e a abertura de mais postos policiais para dar melhor cobertura no campo, a ampliação do programa de distribuição de cana-semente para pequenos agricultores, a revisão de tarifas de licenças ambientais, principalmente, no que diz respeito a disparidade entre o valor da cobrança de propriedades que usam irrigação para as que não usam, uma definição para o uso das águas do canal Acauã-Araçagi, dando prioridade para os produtores que já plantam no perímetro do canal e ainda a questão da revitalização das nascentes da Bacia do Rio Gramame. “Como se vê,  são pleitos que não se restringem a cultura canavieira, mas, a todos os produtores paraibanos indistintamente e que buscam melhorar e desenvolver a produção agrícola paraibana como um todo”, finaliza José Inácio que já conversou com os candidatos Pedro Cunha Lima e Veneziano Vital do Rego.