O governo federal está aguardando uma posição técnica de especialistas da indústria automotiva para decidir se aceita ou não o pedido dos industriais de cana-de-açúcar para aumentar de 25% para 27,5% a mistura de álcool anidro na gasolina, a partir de 1º de maio deste ano. A proposta está sendo avaliada pelo Ministério da Fazenda.
O pedido foi feito, na semana passada, ao Ministério de Minas e Energia (MME) pelos dirigentes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Se for aceito, o aumento da mistura significará uma demanda adicional de álcool anidro de 1 bilhão de litros por ano, conforme estimativas da consultoria FG Agro.
Se o governo autorizar o aumento do percentual, o consumo de anidro na safra 2014/15, que começa em maio, pode chegar a 12 bilhões de litros, o que significará um aumento de 1,750 bilhão de litros em comparação com os 10,250 bilhões de litros consumidos em 2013/14.
O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, torce para que o governo decida favorável a esse aumento. “Com a ampliação do percentual de álcool à gasolina, as indústrias serão incentivadas a produzir mais etanol, serão melhor remuneradas e, consequentemente, quem fica na ponta da cadeia produtiva, que somos nós, os fornecedores de cana, também seremos beneficiados por causa do melhor equilíbrio do segmento”, destacou o dirigente.
Com informações do Valor Econômico – Tarso Veloso e Fabiana Batista