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Técnicos da Vale Verde vão à Estação de Camaratuba para capacitação de controle de qualidade de vespas e fungos

Nove profissionais de uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar do Rio Grande do Norte, a Usina Vale Verde, foram recebidos na última quarta-feira (05) na Estação Experimental de Camaratuba para aprimorar seus conhecimentos acerca das metodologias de manejo de controladores biológicos da cana-de-açúcar.  Essa técnica de defensivos biológicos tem o objetivo de controlar com as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais. A procura pelos biodefensivos tem crescido nos últimos anos e a Estação Experimental de Camaratuba, mantida pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba – Asplan, é referência no Nordeste nesse método, produzindo em larga escala dois controladores naturais de pragas que assolam a cana: a Cotesia flavipes (Vespas) e o Metarhizium Anisopliae (Fungos).

Parceiros da Estação Experimental de Camaratuba já há alguns anos, a Usina Vale Verde é uma entre as várias unidades industriais que adquirem biodefensivos e fazem o controle de pragas de forma híbrida, ou seja, com produtos químicos, vespas e fungos, principalmente no controle da broca-comum (Diatraea spp.) e da cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata). É por isso que, para aprimorar cada vez mais os conhecimentos acerca do método, os técnicos da Vale Verde foram conferir o controle de qualidade da produção de vespas e fungos na Estação Experimental. A ideia é reduzir ao máximo o uso de produtos químicos e fortalecer o uso de inibidores que não deixem resíduos nos alimentos e sejam inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população.

Ano passado, a produção média da Estação chegou a 126 mil copos de vespas e 11.368 kg de fungos. O diretor técnico da Asplan, Neto Siqueira, lembra que através da Estação, os plantadores de cana-de-açúcar não só da Paraíba, mas também de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, têm à disposição técnicas avançadas de controle de pragas que seguem, inclusive, uma tendência mundial de redução do uso de agroquímicos para combater pragas e doenças nas lavouras. “Lá eles tém toda orientação que precisam e têm também a produção de controladores que é vendida a preços acessíveis a outros produtores e entidades de classe e que para associados à Asplan, esse defensivo é distribuído gratuitamente”, explicou o diretor, salientando que existe uma demanda significativa e que o serviço é oferecido desde a década de 90.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, desde 2016 que o mercado de produtos biológicos vem crescendo. Em 2017, por exemplo, a produção de produtos biológicos para controle de pragas e doenças agrícolas cresceu mais de 70% no último ano no Brasil, movimentando R$ 464,5 milhões ante R$ 262,4 milhões em 2017. O resultado brasileiro é considerado o mais expressivo da história do setor e supera o percentual apresentado pelo mercado internacional.

Para o engenheiro agrônomo da Asplan, Luís Augusto, o crescimento do mercado brasileiro de defensivos biológicos segue uma convergência mundial. “Os agricultores tem investido no controle biológico. As vantagens são indiscutíveis. Não tem problema de resíduos químicos e não há desequilíbrios biológicos. São usados o que chamamos de inimigos naturais e isso é uma tendência mundial”, explicou o engenheiro.

Para Sonildo Ricardo da Silva, engenheiro agrônomo da Vale Verde e responsável pelo setor de Fitossanidade da Usina, a capacitação na Estação foi de grande importância para a equipe. “Já utilizamos os controladores biológicos em nossa cana e queríamos aprimorar o conhecimento que já temos. Foi de suma importância o treinamento por isso”, disse Sonildo, que agradeceu aos profissionais da Estação, em especial o supervisor dos laboratórios de vespas e fungos, Roberto Balbino, que mostrou aos técnicos agrícolas da Vale Verde como ocorre a produção e armazenamento dos insumos biológicos.

Os produtos da estação são repassados sem custo para os produtores associados à Asplan e, em forma de parcerias, para as usinas nordestinas. Para obter os insumos, basta que o interessado entre em contato com o DETEC – Departamento Técnico da Asplan. A produção de vespas acontece durante todo o ano. Já a de Fungo se concentra nos meses de março, abril, maio e junho bastando que estes solicitem uma visita ou mesmo façam seus pedidos na sede da Asplan, através do telefone (83) 3241-6424, de 2ª a 6ª feira, das 7h às 13h.

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Molion, um dos principais nomes da Meteorologia brasileira, estará em João Pessoa no próximo dia 19 para uma palestra na Asplan

A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em parceria com  Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), receberá, no próximo dia 19, às 10h, um dos principais meteorologistabrasileiros, o professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), doutor em Meteorologia e pós-doutor em Hidrologia de Florestas, Luiz Carlos Baldicero Molion. Ele dará a palestra “Perspectiva do clima para 2020 e sua tendência para os próximos 10 anos”. O evento vai acontecer no auditório da Asplan, na Rua Rodrigues de Aquino, 267, em João Pessoa. Molion defende que o homem e suas emissões de gases estufa na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. O evento é direcionado, prioritariamente, aos associados, mas o público interessado poderá assistir se houver espaço no auditório que tem capacidade para 250 pessoas.

Em maio de 2019, o pesquisador afirmou, por exemplo, em evento promovido pelo Senado Federal, que os modelos aplicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) possuem lacunas e fragilidades no seu rigor científico e servem mais a interesses geopolíticos e econômicos. Segundo informou a Agência de notícias do Senado Federal, na época, Molion apresentou dados provando que entre 1920 e 1940 a temperatura média da Terra aumentou mais de 4° centígrados, num período em que a concentração de CO2 era inferior a 300 partes por milhão.

Além disso, depois da 2ª Guerra Mundial, quando em todo o mundo o processo de industrialização foi extremamente intensificado e as emissões de gases foram muito maiores, a temperatura média caiu. O meteorologista fez questão de ressaltar que até hoje a temperatura média global é inferior à verificada na década de 1930 e que o recente período de aquecimento global, verificado a partir da década de 1990, está ligado à cobertura das nuvens, ou seja, na falta dela, a temperatura se eleva naturalmente.

Para o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, o tema é importante para a classe produtora para que os governos deixem de introduzir políticas públicas e legislações restritivas e se comprometer com metas internacionais tendo como base documentos rudimentares como o próprio Molion considera. “O modelo de gestão da questão ambiental pode estar impedindo regiões do país de se desenvolverem. É inteligente que tenhamos outros estudos, principalmente vindo de um pesquisador respeitado como Molion, que também atua junto a universidades dos Estados Unidos e outras da Europa para estudar o tema”, finalizou José Inácio.

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Produtores canavieiros da Paraíba poderão mapear solos com a tecnologia da Cropman

Imagina você dispor de uma espécie de scanner para o solo e poder, a partir de uma análise minuciosa de dados, otimizar o uso de insumos, ter um diagnóstico preciso do que é necessário colocar na terra em termos de nutrientes, baratear custos e aumentar a produtividade. Essa tecnologia denominada Cropman foi apresentada na manhã desta quarta-feira (29), à diretoria da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba, em João Pessoa, e está disponível para quem quiser contratá-la. O custo do serviço é de       R$ 50,00 por hectare e o equipamento tem capacidade para mapear até 250 hectares/dia.

A apresentação desta tecnologia canadense, já amplamente utilizada por produtores canavieiros do Sudeste do país, foi apresentada pelo diretor da Cropman, Henrique Junqueira. Ele explicou que essa tecnologia analisa cada metro quadrado do solo, com o uso de sensores de condutividade elétrica. “Esse mapeamento da variabilidade espacial do solo é associado a variações de relevo e de amostras de solo coletadas em locais estratégicos permitindo, assim, a criação de unidades de manejo homogêneas”, disse ele. O estudo é apresentado ao cliente em mapas digitais que nortearão os tratos culturais da propriedade de forma localizada e eficiente, o que possibilita um aumento de produtividade, com redução de custos.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, vai experimentar a tecnologia e já contratou a realização deste levantamento para 100 hectares de uma de suas propriedades. “Esse mapeamento é uma ferramenta importante que contribui com o aprimoramento da produtividade”, destacou o dirigente da Asplan, lembrando que vários industrias do Nordeste já fazem uso desta tecnologia obtendo bons resultados tanto na economia e racionalidade com insumos, quanto no aumento da produtividade.

O diretor do Departamento Técnico da Asplan (Detec), Neto Siqueira, estava na apresentação e também gostou das explanações. “Toda ferramenta ou tecnologia que vier agregar valor à produção, seja na racionalidade dos investimentos, seja no aumento da produtividade, será sempre bem-vinda para o setor e a Cropman reúne esses dois propósitos, ou seja, promete reduzir custos e melhorar a produtividade”, finaliza ele.

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