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Santa Rita ganha campus do IFPB e estuda a implantação de curso para atender às demandas da região, dentre elas, a cana-de-açúcar

A inauguração do campus do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) em Santa Rita, no último dia 10, abre um leque de possibilidades para a região que já tem um parque industrial desenvolvido com usinas de cana-de-açúcar, água mineral e fruticultura. Sendo a quarta maior economia do estado, a tendência é que em breve o campus de Santa Rita abrigue cursos voltados a atender à demanda econômica da localidade. O curso Tecnólogo de Produção Química é um exemplo do que vem por aí e que deve dar um upgrade às indústrias ali instaladas, principalmente, às de cana. O curso ainda está em estudo e é uma possibilidade após aprovação em Conselho, para 2021.

A direção da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba – Asplan apoia a implantação do curso e elogiou a iniciativa da instituição. “A cultura canavieira é de suma importância para a Paraíba e, especialmente, para Santa Rita que é uma das principais regiões produtoras do Estado”, afirmou o presidente da Asplan, José Inácio de Morais.

Segundo o engenheiro químico e coordenador de Estágio e Relações Empresariais do IFPB – Santa Rita, Luzielson Baracho Ribeiro, com uma nova estrutura que teve o investimento de R$ 11.030.776,92, numa área de 5.740,96m², com dois blocos acadêmicos, laboratórios, um bloco administrativo, infraestrutura para reservatórios de água e urbanização, o campus agora estuda a abertura de cursos superiores voltados às potencialidades locais. “Aqui, nós temos um forte parque de usinas de cana, temos a água mineral e a fruticultura com o abacaxi e o coco muito fortes. Queremos crescer com esses mercados e atender às suas demandas profissionais, por isso nossa atenção está voltada também com esse foco”, comentou o coordenador.

Para ele, o curso de Produção Química atende bem a esse mercado em Santa Rita. “Diferente da Produção Sucroalcooleira que tem na UIFPB, a Produção Química abrange muitas culturas e processos. Na cana, por exemplo, o profissional poderá ser aproveitado na produção de bioenergia através da levedura, do CO2, do Sisal, do Agave, etc. Além, lógico, atuar com o próprio ATR. Além disso, também poderá atuar com a água mineral, que é muito forte em Santa Rita e a cultura do abacaxi e do coco. Ou seja, um profissional que vai agregar e muito a qualquer empresa”, defendeu Luzielson, acrescentando que 90% dos alunos do campus são de Santa Rita mesmo.

“O nosso campus já é o primeiro a ter o programa Jovem Aprendiz. Temos laboratórios e estamos investimento na compra dos equipamentos. A ideia é oferecer uma grande demanda por profissionais qualificados que moram no município”, destacou ele, lembrando que só para o mercado da cana, a Paraíba possui oito usinas distribuídas nos municípios de Caaporã, Pedras de Fogo, Santa Rita, Mamanguape e Rio Tinto. As plantações de cana-de-açúcar se estendem por 26 cidades na faixa litorânea e algumas localidades na microrregião do Brejo paraibano, onde o produto é destinado à produção de cachaça.

Para o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, esse é um curso que vai incrementar a indústria Sucroalcooleira do estado. “Em produção a Paraíba só perde para Alagoas e Pernambuco. Empregamos quase 30 mil pessoas em épocas de safra como agora. Somos um dos principais pilares da economia do Estado. Nada mais natural que se tenha algo em nossas academias voltado ao segmento. Então, nós da Asplan, louvamos muito a iniciativa do IFPB. Será muito importante formar profissionais capacitados para trabalhar na indústria química, por meio de análises físico-químicas e biológicas”, comentou José Inácio. Na inauguração do novo campus de Santa Rita a Asplan foi representada pelo engenheiro agrônomo da entidade, Luis Augusto.

Estrutura

O prédio fica no km 42 da BR-230, no bairro Alto das Populares. O Campus Santa Rita do IFPB iniciou sua história em 2014 e funcionava em uma estrutura alugada. Lá, atualmente, tem dois cursos técnicos integrados ao Ensino Médio: Informática e Meio Ambiente. A unidade conta com grupos de pesquisa e de extensão e projetos na área de inovação. O Curso Tecnólogo em Produção Química será o primeiro superior do campus a funcionar em uma estrutura que conta com  blocos acadêmicos, 16 salas de aula, Laboratórios de Automação e Instrumentação Industrial, Açúcar e Álcool, Metrologia, Microbiologia, de Desenho – CAD, Metrologia Elétrica, Metrologia Dimensional, Química, Física, Biologia, Matemática, e três Laboratórios de Informática. Os prédios possuem ainda Coordenações de Curso e Sala de Professores.

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Asplan entende que PL que proíbe pulverização aérea é inconstitucional além de ferir o próprio regimento interno da ALPB

A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) entende que o Projeto de Lei 561/2019 que tramita na ALPB e que propõe proibir a pulverização aérea de agrotóxicos na Paraíba é inconstitucional e fere o regimento interno da Assembleia. Essa conclusão foi a síntese de uma reunião, nesta quarta-feira (04), com a diretoria da entidade e o deputado licenciado e atual Secretário de Planejamento da prefeitura de Campina Grande, Tovar Correia Lima (PSDB). Na ocasião foi avaliado a matéria que deve entrar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba nos próximos dias. “O PL é inconstitucional e, por já ter sido apresentado e não aprovado em setembro último, ele também não poderia entrar em pauta novamente durante a mesma legislatura, o que fere o regulamento interno da ALPB”, destacou Tovar.

O secretário executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola, Júnior Oliveira, também presente à reunião, explicou que 14 estados do país estão com ações similares, mas, cinco estados, dentre eles, Minas Gerais, Paraná e Paraíba e Rio Grande do Norte, já discutiram a polêmica e decidiram mostrar à opinião pública o impacto que isso pode trazer à população. “O setor agrícola vai ter grande dificuldade sem a pulverização porque essa é a maneira mais correta de tratar áreas grandes, além de que na prática aérea a quantidade de agrotóxico é muito menor do que a feita no chão. Essa é uma matéria que os parlamentares não conhecem. Mas, ela emprega milhares de pessoas. No Ceará, que é o único estado a proibir a pulverização aérea, a plantação de bananas está sentindo os efeitos negativos de não ter a pulverização”, explicou Júnior Oliveira.

O deputado Tovar salientou que, para além dos benefícios da pulverização, a matéria também não pode ser colocada em pauta duas vezes na mesma legislatura. “Se ela já foi negada em setembro e arquivada, não pode voltar ao Plenário novamente na mesma legislatura, pois o regimento não permite”, comentou o parlamentar, frisando que o mais importante, porém é conscientizar a todos do impacto que uma decisão dessas pode trazer para o país. “Sou do diálogo. Minha preocupação sempre é sentar e conversar para não colher informações erradas. Temos que fazer as coisas para empregar nossa gente e não criar mais dificuldades”, disse Tovar.

Pelo direito de produzir com segurança

Com mais de 70 anos atuando na pulverização segura de agroquímicos em áreas extensas, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola vem desmistificando muitas informações a respeito do tema. “Ao longo desse tempo tivemos muitas mudanças que nos deu mais segurança. Hoje, por exemplo, temos a pulverização aérea com muito menos produto do que a feita no chão, pelo trabalhador, que acaba ficando muito mais exposto. Isso aumenta o custo do produtor, que tem que comprar mais defensivo e também aumenta o risco para o trabalhador. Não tem vantagem alguma”, explicou o secretário executivo da entidade, Júnior Oliveira.

A vedação total à pulverização aérea de agroquímicos prejudica os produtores rurais que precisam realizar a aplicação dos defensivos em suas lavouras e garantir a produtividade de sua plantação. Sendo o Brasil um grande produtor mundial de alimentos, o prejuízo que o agricultor brasileiro verifica com a retirada de uma forma legítima de aplicação de defensivos impacta todo o mundo, não apenas o Brasil. Na Paraíba, a prática é imensamente pequena se comparada ao Sul e Sudeste do país, mas os produtores defendem seu direito de pulverizar sua plantação quando necessário.

“Dos 120 mil hectares de cana que temos na Paraíba, metade é de produtores independentes ligados à Asplan. Eles têm em média 60 mil hectares juntos. Desses, apenas mil hectares da Paraíba foi pulverizado este ano. Mas, vem uma doença aí chamada ferrugem marrom e alaranjada com maior severidade aos canaviais e nós queremos o direito de pulverizar nosso plantio”, defendeu José Inácio de Morais, presidente da Asplan. Ele destacou ainda que o PL viola também a Constituição Federal por “invadir” a competência privativa da União, quando o papel do estado é suplementar neste caso. “Essa matéria é inconstitucional. Não vamos cair no ridículo novamente como foi o caso do PL em que se proibia a inseminação artificial na pecuária, uma ação que usa alta tecnologia, por simples falta de informação.  Além disso, a questão da pulverização é do Ministério da Agricultura e não da Assembleia”, alertou José Inácio.

O Diretor do Departamento Técnico da Asplan (DETEC), Neto Siqueira, reforça a fala de José Inácio, lembrando que a pulverização aérea usa de alta tecnologia, de georeferenciamento e de instrumentos técnicos especializados que permite uma aplicação de precisão. “É preciso ter muito cuidado quando se legisla sem um entendimento da matéria, sob o risco de prejudicar todo um setor e até a sociedade, como neste caso. É preciso, sobretudo, haver bom senso”, reforçou Neto Siqueira.

A Proposta de Lei deve entrar a qualquer momento em discussão na CCJ da ALPB. “Mas, diante de todos os argumentos apresentados, dentre eles o que fere o regulamento interno da ALPB, o da inconstitucionalidade da matéria e o dos benefícios e segurança da atividade, espera-se que a pauta não avance. É preciso pensar que a prática tem regulamentação e fiscalização e que o país não pode retroceder nesse aspecto. A agricultura é rápida, enquanto o legislador não. Ele vai a 10 km por hora e ainda na contramão neste caso”, finalizou Tovar Correia Lima.

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Diretoria da Asplan solta nota e lamenta morte do jornalista e assessor Heraldo Nóbrega

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, lamentou na manhã desta sexta-feira (29), a morte do jornalista e assessor de longas datas da entidade, Heraldo Nóbrega. Para o dirigente canavieiro, o legado que o profissional deixa para a entidade, é de um assessor importante, um defensor das causas canavieiras e, sobretudo, um profissional honesto, íntegro e competente. “Heraldo é de uma geração de jornalistas que exerciam a profissão com dignidade, com responsabilidade, competência e altivez”, destacou José Inácio.

Colaborador da Asplan, desde a década de 90, Heraldo sempre teve um papel relevante na divulgação das ações da Associação, na defesa das causas canavieiras e, sobretudo, escrevia ou falava do setor com conhecimento de causa e paixão. “Ele estudava, se atualizava e tinha sempre uma contribuição a dar no sentido de divulgar o setor e suas particularidades, e o fazia não apenas porque era nosso assessor, mas, porque acreditava na força do setor sucroenergético e vibrava junto com a gente a cada conquista ou avanço. Ele fará falta”, destaca José Inácio.

Nos últimos tempos, por causa da depressão, explica a gerente administrativa da Asplan e amiga de Heraldo, Kiony Vieira, ele frequentemente passava pela Asplan muito mais para buscar apoio dos amigos, do que para exercer o ofício do jornalismo que era sua grande paixão, ao qual ele somava, na entidade, com a assessora de imprensa e jornalista Eliane Sobral. “Na última segunda-feira, ele esteve aqui. Conversamos longamente. Ele disse que estava feliz, estava bem, que Deus tinha lhe dado uma nova chance de ser feliz e que ele iria prosseguir. Mas, hoje, infelizmente, fomos acordados com essa triste notícia de sua morte que deixou todos nós muito perplexos”, disse Kiony.

A Asplan soltou uma nota lamentando a morte do assessor que segue na íntegra:

NOTA DE PESAR

O universo nos surpreende, nos pega de surpresa e nos deixa de mãos atadas e perplexos diante de uma condição de fragilidade tal que leva o ser humano a cometer o ato mais desesperador de todas as coisas: tirar sua própria vida. Foi assim, infelizmente, com nosso amigo, consultor e assessor de longas datas HERALDO NÓBREGA. Fomos surpreendidos no amanhecer desta sexta-feira (29.11), com a triste notícia de sua partida. Sabe-se lá o que passou na cabeça dele antes de cometer tal ato. Não cabe a nós julgar, apenas pedir a Deus que tenha misericórdia, o acolha em sua bondade e divindade, perdoando seus pecados e a antecipação de sua morte, recebendo-o como um irmão que na terra só semeou o bem, que foi justo, bom filho, bom amigo, solidário e honesto, excelente profissional. Esse é o legado que nos deixa HERALDO e é assim que lembraremos dele e desta forma iremos nos despedir logo mais, às 14h, quando começa o velório e, posteriormente, às 18h, quando ocorrerá o sepultamento. Estaremos lá, HERALDO, no PARQUE DAS ACÁCIAS, para te dar o último adeus e agradecer por tudo o que fizestes pela ASPLAN, pela defesa do setor canavieiro e, sobretudo, pelo grande ser humano que sempre fostes. É desta forma linda que lembraremos de ti, eternamente. Vá em paz, porque você merece!

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