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Prazo final do Cadastro Ambiental Rural se aproxima e ainda há muitos produtores que não concluíram seu cadastramento

O prazo final para os proprietários de imóveis rurais realizarem seu registro eletrônico obrigatório no Cadastro Ambiental Rural (CAR) termina no dia 31 de dezembro. O prazo parece longo, mas não é, principalmente, se formos levar em consideração que o governo federal já prorrogou o prazo limite, por mais de uma vez, e mesmo assim muitos produtores em todo o país ainda não fizeram sua inscrição. Na Paraíba, há ainda uma demanda considerável de proprietários que ainda não fizeram a adesão ao CAR e, por isso, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) faz um alerta para que o Cadastro seja feito o mais breve possível.
Quem não aderir ao CAR fica impedido de acessar o Programa de Recuperação Ambiental (PRA) pelo qual fará a recomposição de áreas desmatadas e, sem recuperar o passivo ambiental, não pode recorrer a novas linhas de crédito rural, explica o engenheiro agrônomo e consultor ambiental da Asplan, Alfredo Nogueira. Ele é o responsável na entidade por orientar e realizar o cadastro dos associados e está de 2ª a 6ª feira, das 7h às 13h, na Asplan.
Ele explica que os associados que já tiverem o georeferenciamento da propriedade, basta trazer o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), o Imposto Territorial Rural (ITR), que é um documento do INCRA, além der documentos pessoais e a escritura ou documento de posse da terra. Quem não possui o georeferenciamento, precisa agendar com a equipe do Departamento Técnico da Asplan para fazê-lo, pois, sem a medição exata da propriedade não é possível realizar o CAR. Esse serviço é gratuito para os produtores associados.
O CAR é um para os proprietários de imóveis rurais, e se constitui em um importante mecanismo para implementar o Código Florestal. É através dele que são identificadas as áreas de reserva legal e de preservação permanente nas propriedades rurais do país. Com o cadastro, os órgãos ambientais podem saber quem tem passivo ambiental e quem está seguindo o que determina a lei.
O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, reforça a importância do produtor não deixar para fazer o CAR de última hora. “O governo já tinha prorrogado o prazo e tinha anunciado que não o faria mais, mas, mesmo assim ampliou o prazo novamente. Agora, o produtor tem que cumprir o prazo e não deve deixar para última hora”, diz José Inácio, reforçando que o serviço disponibilizado pela Asplan tem o objetivo de ajudar o produtor nessa missão de regularizar seu CAR. Dados do DETEC apontam, que de abril a agosto, cerca de 130 produtores regularizaram sua situação.

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Representantes do Bradesco apresentam aos associados da Asplan as opções de crédito do Plano Safra 2018/2019

As linhas de crédito disponíveis para o produtor rural no Bradesco, referente ao Plano Safra 2018/2019, foram apresentadas nesta terça-feira (21), aos produtores de cana-de-açúcar da Paraíba. A apresentação e detalhamento do Plano foi feita por representantes do Banco, no mini auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa.
O Plano Safra, lembrou o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, tem o objetivo de ajudar os agricultores a custear a safra. “O crédito disponibilizado pelo Plano Safra, geralmente, tem taxas de juros menores e mais atrativas, o que é um estímulo para o produtor”, destacou José Inácio, lembrando que neste aspecto o Banco do Brasil está na dianteira porque está oferecendo prazo de pagamento maior de cinco anos, contra dois do Bradesco, e disponibilizando crédito de renovação de 100% dos Recursos Obrigatórios, enquanto que o Bradesco oferta 60%.
José Inácio, que agradeceu a gentileza do Bradesco em aceitar o convite da Asplan e disponibilizar seus técnicos para explicarem o Plano Safra aos associados da entidade, reiterou que a Asplan não tem predileção por nenhuma instituição financeira. “Nós aqui defendemos o produtor canavieiro e procuramos orientá-lo da melhor forma possível para que nossos associados tenham sempre a melhor opção que o mercado ofertar”, destacou ele, que pediu aos representantes do Bradesco que estudassem a possibilidade de disponibilizar 100% dos recursos obrigatórios e ainda ampliar o prazo de pagamento para o crédito de renovação.
Os representantes do Bradesco, Francisco Caetano, Gerente Regional, Constantin Jancsó, Economista do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos- DEPEC, Walkiria Thompson, Agronegócio e Vanessa Rodrigues, Gerente de Agência Prime apresentaram as linhas de crédito disponibilizadas pelo banco, tiraram dúvidas e se comprometeram a levar à direção da instituição os pleitos da Asplan de ampliação do prazo de pagamento e oferta de 100% de financiamento via recursos obrigatórios.
O diretor da Asplan, Oscar Gouvêa, foi homenageado, na ocasião, pelo gerente regional Francisco Caetano, em função de ter sido um dos pioneiros, na Paraíba, a utilizar os recursos destinados ao produtor rural via Bradesco. Além do Banco do Brasil e Bradesco, o Santander, Itaú e Banco do Nordeste são instituições com linhas de crédito específicas para o setor agrícola.

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Autor do Renovabio prestigia evento de Abertura da safra 2018/2019 na Paraíba e diz que projeto foi construído a muitas mãos

O deputado federal paulista, Evandro Gussi, autor do projeto que criou o Renovabio, foi uma grata surpresa para os produtores canavieiros e industriais sucroenergéticos que participaram, no último dia 16, em João Pessoa, de um evento que marcou a abertura da safra de cana-de-açúcar 2018/2019 na Paraíba. Inteligente, bem informado, simpático, profundo conhecedor do setor e da necessidade de regulação, o parlamentar que, infelizmente, anunciou que não disputará novo mandato à Câmara Federal, fez a abertura solene do evento promovido pelo Sindicato da Industria de Fabricação do Álcool (Sindalcool), com apoio da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).
“Dizem que eu sou o pai da ‘criança’, mas, na verdade, esse projeto que tive a honra de assinar foi elaborado por várias pessoas, com contribuições importantes de várias entidades e técnicos”, disse ele. O parlamentar lembrou que o Renovabio vai ajudar a organizar o setor de biocombustíveis no Brasil. “Vamos passar dos atuais 26 bilhões de litros de etanol para 47 bilhões e é preciso que haja algo que direcione as ações do setor e ainda estimule quem está inserido nesta cadeia produtiva”, destacou Gussi, lembrando que não se pode desprezar um setor que eleva a renda per capita das pessoas em US$ 1 mil no local onde uma indústria é instalada e em mais US$ 400 nas cidades circunvizinhas.
Ainda segundo o parlamentar, que é do Partido Verde, o produtor brasileiro, ao contrário do que se prega fora do setor, é um agente ambientalista por natureza. “Por muitos anos se acusou o produtor de desmatar as matas, mas, 66,8% do território brasileiro está do mesmo jeito que quando o Brasil foi descoberto, ou seja, está preservado. O Brasil, apesar de ser um grande produtor, é o país que menos usa a área para agricultura com um percentual de apenas 7,6% de seu território, enquanto que na Europa isso chega a 80%, na Noruega a 60%”, destacou Gussi, lembrando que o plantio de cana-de-açúcar deve ser associado a energia limpa e a sustentabilidade, pois é a partir da planta que se produz um combustível limpo, renovável e bem menos poluente.
O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, que deu as boas-vindas aos participantes do evento, lembrou do atual momento vivido pelo país e, especialmente, pelo setor sucroenergético, e destacou a importância de se eleger políticos comprometidos com as questões de cidadania e, sobretudo, que tenham um olhar voltado para o setor. “Diante do cenário atual, a implantação do Renovabio nos enche de esperança de dias melhores, mas, para tanto também devemos nos unir para eleger políticos que queiram fazer algo pelo país, pelo povo brasileiro e que, sobretudo, valorize o setor”, disse José Inácio.
O deputado federal paraibano, Efraim Filho, que fez parte do painel de abertura do evento junto com o presidente da Feplana, Alexandre Lima e o diretor do Sindalcool, Gilvan Celso, destacou a importância da mudança de cultura em relação ao segmento canavieiro e ao setor sucroenergético. “Há 20 anos, o setor, erroneamente, era o vilão, mas, felizmente, hoje a imagem é outra, ou seja, se associa o segmento a progresso, desenvolvimento, geração de emprego, renda e sustentabilidade”, disse o parlamentar.
“Nos último dez anos, não tem crescido a produção de ATR no Brasil, que passou um período sem regulação e isso atrapalhou a produção de cana-de-açúcar e etanol, mas, esse cenário tende a mudar para melhor. O Brasil tem um grande ativo que é a flexibilidade do setor que hora produz álcool, hora açúcar, dependendo do que esteja mais favorável e com o Renovabio, que foi um conquista importante, esse programa terá impacto em vários setores, além de criar um ambiente mais favorável a investimentos”, disse Guilherme Nastari, da Datagro, que integrou o painel ‘Desafios dos produtores de Etanol e a descarbonização com o Renovabio’, que teve ainda a participação de Antônio de Pádua, da ÚNICA e Gilvan Celso, da Miriri.
Outro tema que foi abordado na palestra seguinte foi ‘Cenários de oferta de Etanol e demanda do ciclo Otto 2018/2030’, pelo representante da ANP, Marcelo Carvalho, e por Rachel Henriques, da EPE. De acordo com Raquel, embora o etanol seja um produto ecologicamente muito superior à gasolina, o preço ainda é um fator preponderante na escolha do consumidor. “Não basta ser melhor, é preciso ser vantajoso economicamente para o consumidor”, disse ela, que lembrou que a matriz energética do país é limpa e que o Brasil comercializa 40% do açúcar mundial e que essa prevalência deve permanecer.
Marcelo Carvalho, da ANP, abordou a questão da Renovacalc, versão da calculadora que vai computar os créditos de carbono das indústrias e anunciou que em junho de 2019 a resolução que regulamenta essa questão será apresentada. Ele lembrou ainda que a adesão ao programa é voluntária, mas, que a tendência é que 100% dos produtores se adaptem ao novo modelo de sustentabilidade proposto pelo Renovabio. Neste momento da palestra, o deputado federal Evandro Gussi, destacou a competência e seriedade que os técnicos e servidores públicos da ANP e da EPE, além de outras instituições e órgãos públicos deram contribuições importantes no planejamento e formatação do Renovabio.
O presidente da Abiogas, Alessandro Von Arco Gardemann abordou o ‘Potencial do Biogás com o Renovabio’ e destacou a imensa potencialidade do país nessa questão do Biogás, especialmente, no Nordeste onde só existem duas, das 125 unidades geradoras de biogás. Segundo ele, há no país 381 indústrias sucroenergéticas produzindo etanol, das quais 67 estão no Nordeste, e apenas 125 de Biogás. Ainda de acordo com Gardemann, a indústria automotiva já despertou para a importância do Biogás e já tem veículos utilizando o biogás, com forte tendência da migração do diesel para o biometano.
A programação foi encerrada com a palestra ‘Bioquerosene de cana – Descarbonização dos transportes aéreos’ com a participação de Onofre Andrade, da Boeing e Dra. Amanda Duarte, da Rede Nacional de Bioquerosene. Ela lembrou que a Gol já fez voos com bioquerosene importando, mas que seria importante desenvolver o produto no Brasil que tem potencial para tanto. O representante da Boeing lembrou que a indústria de aviação responde por apenas 2% das emissões globais de particulados, mas, que mesmo com um índice tão baixo, a meta é reduzir ainda mais. “Temos comprometimento com bons padrões de sustentabilidade ambiental e levamos isso muito a sério”, disse Onofre, lembrando que de 2008, quando se realizou o primeiro voo, até os dias atuais, já contabilizam 120 mil voos com bioquerosene.
Na parte de agendas e conclusões, Alisson Brito, do IFPB, falou sobre Desafios nas novas tecnologias na gestão agrícola’, mostrando como a tecnologia dos drones pode contribuir com o produtor rural na identificação de itens importantes ligados ao seu negócio e um representante do BNB falou sobre as linhas de crédito e formas de atuação da instituição. Para o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, o evento superou todas as expectativas. “Tivemos palestrantes de altíssimo nível, com temas que nos afetam e interessam diretamente, de forma que quero parabenizar o Sindalcool pela iniciativa e colocar a Asplan à disposição para sediar eventos desta natureza”, disse José Inácio.

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