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Informe Climático – Dezembro de 2023

Nº 09/2023 - 12 DE DEZEMBRO DE 2023

FENÔMENO EL NIÑO ENFRAQUECE E MODELOS CLIMÁTICOS JÁ INDICAM MUDANÇAS FAVORÁVEIS NA PREVISÃO DA PRECIPITAÇÃO

CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Figura 01 – Variação da anomalia de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) – Variação de 06/12/2023 menos 08/11/2023. Em azul resfriamento e vermelho aquecimento.
(Fonte: www.funceme.br).

Gradativamente as condições climáticas sobre os oceanos Pacífico e Atlântico Tropical estão evoluindo favoravelmente e induzindo melhoria das previsões climáticas sobre o Nordeste do Brasil, com um quadro de permanência do enfraquecimento do fenômeno El Niño e um gradativo aquecimento das águas superfíciais do Oceano Atlântico tropical sul.

De acordo com a figura 01, da variação da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) dos Oceanos Pacífico e Atlântico Tropical, há evidentes mudanças na configuração climática na bacia do Oceano Pacífico nos últimos trinta dias. As condições da TSM reduziram gradativamente em praticamente toda a bacia centro oeste do Oceano Pacífico (retangulo tracejado azul), contribuindo assim para a diminuição das anomalias de temperatura fenômeno El Niño e indicando o gradativo enfraquecimento do fenômeno. Com relação a bacia do Atlântico Tropical Sul, retângulo tracejado vermelho, nas últimas duas semanas, as TSM aumentaram gradativamente as anomalias positivas, e estão caracterizando um estabelecimento contínuo de águas mais quentes sobre o litoral nordestino, induzindo o aumento das instabilidades sobre o Oceano Tropical e que podem produzir uma maior quantidade de ocorrência de precipitações pluviométricas sobre a faixa litorânea e áreas adjacentes, ainda em 2023.

Assim, estas condições consolidam a redução do fenômeno de El Niño, com maior resfriamento sobre o setor oeste e permanencia do aquecimento na parte central da bacia, embora tenha também reduzido as TSM nos últimos 30 dias, o que ainda caracteriza e evidência as perspectivas de um fenômeno El Niño na categoria Modoki, que normalmente, é favorável a evolução das precipitações no Nordeste do Brasil.

Por outro lado, com o aquecimento do Oceano Atlântico tropical, as instabilidades sobre o litoral paraibano devem induzir o aumento das instabilidades na faixa litorânea e aumentar as perspectivas de precipitações pluviométricas na região.

TENDÊNCIA TEMPO E CLIMA

Figura 02 – Anomalia de tempertura da superfície do mar sobre as regiões de atuação do fenômeno El Niño. Fonte: Climate Prediction Center / NCEP – relatório de 11/12/2023

Nesta última semana, como indicativo do monitoramento do enfraquecimento do fenômeno El Niño, áreas de 1 a 4, representativas no Oceano Pacífico as áreas do Niño 1+2, Niño 3, Niño 3.4 e Niño 4, todas as regiões de monitoramento apresentaram queda nas anomalias de temperatura (setas vermelhas), indicando uma perda de calor em praticamento todo o Oceano Pacífico Tropical (figura 02), com reduções em torno de 1oC de perda de calor na região.

Assim, o fenômeno El Niño, nas duas útlimas semanas vem perdendo muita energia, reduzindo sua temperatura, principalmente na área do Niño 1+2 e assim, reduzindo o transporte de calor que ocorrre normalmente de oeste para leste. Essa tendência de enfraquecimento já se consolida e o fenômeno deverá permanecer em constante declínio ao longo de todo esse próximo bimestre, passando para um padrão de neutralidade e posteriormente um possível resfriamento na região, começando a configurar um novo fenômeno (La Niña).

Assim,. de acordo com essas análises, os modelos de previsão de temperatura da superfície do mar, figura 03, já indicam o fim do fenômeno El Niño para meados de março e até o prenúncio de um fenômeno La Niña ainda dentro de periodo mais chuvoso do setor leste do Nordeste do Brasil, em particular sobre a faixa leste do estado da Paraíba.

Ainda conforme a figura 03, o indicativo de um resfriamento sobre o costa oeste da América do Sul, já traria o indicativo da evolução do fenômeno La Niña e que passaria a contribuir favoravelmente nas previsões de um perído de precipitações pluviométricas mais regulares sobre o Nordeste do Brasil, em particular sobre o litoral paraibano dentro do seu período mais chuvoso, quadrimestre de abril a julho.

Figura 03 – Previsão da anomalia de tempertura da superfície do mar sobre o Oceano Pacífico tropical. Fonte: Climate Prediction Center / NCEP.
Figura 04– Previsão da anomalia de precipitação pluviométrica sobre a América do Sul para o período de 16 a 22 de dezembro. Fonte: Australian Bureau of Meteorology.

Conforme indicativos de diversos modelos de previsão do tempo para longo prazo, e de acordo com a influência da passagem favorável da Oscilação de Madden & Julian, os modelos estão prevendo uma mudança no quadro de evolução das precipitações pluviométricas, já nesta segunda quinzena de dezembro. Conforme exemplo da figura 04, há perspectivas de aumento das precipitações em toda faixa centro leste do Nordeste (manchas em tons verdes) com perspectivas de um período estendido e com precipitações acima da média. A evolução desse sistema se configura nos principais modelos de previsão e podem indicar um período mais prolongado de precipitações.

Apesar do setor leste do Nordeste do Brasil estar em pleno periodo normal de estiagem, também estão previstas boas probabilidades de precipitações pluviométricas representativas inclusive no litoral nordestino, e, em particular, sobre o litoral paraibano.

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Obra do Arco Metropolitano era uma antiga reivindicação do setor agrícola afirma produtora canavieira que atua na região

“Essa era uma reivindicação do setor do agronegócio para melhorar o fluxo da localidade que a gente já tinha solicitado ao governador em audiência pública e estou muito alegre em ver que isso se tornará realidade. Como produtora desta região estou muito feliz em participar deste momento e representar a Asplan nesta solenidade”. Essa foi a fala da 1ª Vice-Diretora Secretária da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba, Ana Cláudia Tavares, que representou a entidade na solenidade de assinatura da ordem de serviço do Arco Metropolitano de João Pessoa, que vai interligar diretamente a BR-101 à BR-230. O evento que contou com a presença do governador João Azevêdo, do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e outras autoridadesm aconteceu no último dia 14.

Na ocasião, Ana Claudia lembrou ao governador João Azevedo que essa iniciativa atende um antigo pleito do setor produtivo para melhorar o escoamento da produção canavieira, de abacaxi, de outras culturas e também de outros produtos da região, a exemplo de água mineral, já que a região tem várias empresas que atuam com esse produto. “Essa obra era muito esperada por todos nós e será um marco para o desenvolvimento da região”, reiterou a produtora canavieira.

“O projeto da obra é magnífico e quando pronto ele vai reduzir muito os congestionamentos naquela região melhorando também o fluxo de veículos de João Pessoa e das cidades da Região Metropolitana e desafogar o trânsito na BR-230”, destacou Ana que conversou com o governador João Azevêdo, com o superintendente do DER-PB, Carlos Pereira, e com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.

Segundo divulgação do Governo do Estado as obras representarão investimentos de R$ 182 milhões de recursos próprios e terão uma extensão de 18,7 km. A intervenção prevê a construção de dois viadutos, dentre outros serviços, que visam reduzir o tráfego de veículos no perímetro urbano da capital paraibana, reduzindo o tempo de deslocamento das pessoas. As obras também preveem a construção de duas pontes com extensão de 40 metros sobre o Rio Gramame e Mumbaba, passarela de pedestres em concreto, interseções de acesso e retorno a cada 4 km, implantação do sistema de drenagem para escoamento de águas pluviais, recuperação de áreas degradadas e paisagismo.

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Asplan integra grupo que visitou parlamentares em Brasília em busca de apoio para aprovação do PL 3149

“Essa semana foi bastante produtiva em relação aos contatos feitos com os deputados federais, em Brasília, na busca de apoio para aprovação do PL 3149/2020, de forma que voltamos de Brasília bastante convencidos no que diz respeito ao entendimento dos parlamentares da importância da aprovação desta matéria que corrige uma injustiça com os produtores de biomassa do país”. Essa afirmativa do diretor do Departamento Técnico (Detec), da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Neto Siqueira, resume o resultado das reuniões com os deputados federais, em Brasília, neste dia 12 de dezembro. Neto integrou um grupo de representantes de entidades canavieiras que visitaram os parlamentares em seus gabinetes, entre os quais estavam o presidente da Feplana, Paulo Leal e o dirigente da AFCP, Alexandre Lima.

Nesta terça-feira (12) foram visitados os deputados federais Júlio César, Evair de Melo, Messias Donato, Carlos Veras, Fernando Bezerra, Joaquim Passarinho e João Leão. O PL em questão corrige uma injustiça com os produtores que ficaram de fora do Renovabio e, consequentemente, do recebimento dos créditos de CBIOs. O PL ainda tramita nas comissões da Câmara e não tem data para votação em plenário. “Ele está, atualmente, sendo analisado pela Comissão de Minas e Energia e seria votado essa semana, mas, o pedido de vistas do deputado Domingos Sávio, adiou a votação na comissão o que deve acontecer na próxima quarta-feira (20)”, esclarece Neto Siqueira.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, que também já esteve em Brasília, por diversas ocasiões, também buscando apoio para agilização da tramitação do PL na Câmara, reitera a importância da inclusão dos produtores no Renovabio e da aprovação da matéria, o mais breve possível. “Volto a afirmar que não estamos pleiteando nada de ninguém, mas, algo que nós ainda não temos acesso porque ficamos de fora da Política Nacional de Biocombustíveis, o Renovabio, que instituiu o ativo de crédito de descarbonização (CBios), mas temos pleno direito a essa inclusão, pois somos parte importante desta cadeia de geração de crédito de carbono no campo e, consequentemente, deveríamos estar recebendo os CBios desde o início”, afirmou ele.

Ainda segundo José Inácio estima-se que o setor industrial já tenha recebido cerca de R$ 6 bilhões desde a implantação do Renovabio e que, somente na atual safra, os produtores paraibanos deixem de receber R$ 12 milhões equivalentes ao CBios que lhes pertenceria. “Esse PL tem o objetivo de colocar um fim nesta controvérsia existente na cadeia produtiva de biocombustíveis desde que usinas começaram a receber os créditos da lei do RenovaBio e os produtores ficaram de fora deste recebimento. Esse PL proposto pelo então deputado federal paraibano, Efraim Filho, em 2020, hoje Senador de República, repara essa injustiça contemplando os produtores na política do Renovabio e, consequentemente, no recebimento do CBios. Já perdemos de receber esses créditos por cinco safras e até quando ficaremos de fora?”, questiona o dirigente canavieiro.

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