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Plano de manejo da cana pode ser a solução para que o fogo iniciado por criminosos não chegue às redes de alta tensão

plano manejoRepresentantes da Energisa, das empresas açucareiras do estado, do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool e do Açúcar (Sindalcool) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) reuniram-se na manhã desta quinta-feira (19) para debaterem uma solução para a interrupção no fornecimento de energia elétrica por causa das queimadas em canaviais. Durante o encontro, o grupo chegou à conclusão de que o fogo que atinge as redes de alta tensão 69 kV é criminoso e pode ser evitado, cortando-se a cana que fica próxima às redes. Quem representou a Asplan na oportunidade foi o seu diretor secretário, Pedro Jorge Coutinho.

O evento aconteceu na sede da Energisa, em João Pessoa. Uma equipe da empresa abriu os trabalhos apresentando o desenho de suas redes de alta tensão localizadas no litoral norte aos representantes das usinas, da Asplan, e do Sindalcool, representada por seu presidente, Edmundo Barbosa. Comandada pelo assessor da presidência da Energisa, José Araceli, a equipe mostrou um histórico de desligamentos.

Segundo as informações apresentadas, os danos à rede elétrica têm acontecido principalmente no período que vai de agosto a fevereiro – época mais seca – durante o dia e nos finais de semana, o que comprova a intenção criminosa, visto que não há fogo programado para corte de cana nesse horário e dias.

Uma solução que o grupo encontrou foi a de realizar um estudo para o manejo da cana próxima 15 metros às redes de alta tensão, principalmente nos trechos que mais chamam a atenção pelo histórico de desligamentos, que são: Santa Rita – Sapé (29 km); Rio Tinto – Mataraca (24 km); Goiana – Caaporã (17 km); Mamanguape – Jacaraú (21 km); e Santa Rita – Usina Japungu (2 km).

De acordo com o diretor Secretário da Asplan, Pedro Jorge Coutinho, esse manejo pode ser feito com o corte da cana mais cedo e com os produtores plantando variedades precoces. “O fogo para o corte da cana é feito sempre à noite e em dias de semana. Temos, fornecedores de cana e empresas, somados, mais de mil boletins de ocorrência, estes devidamente registrados na polícia, em razão de incêndios criminosos inadmissíveis, que nos custa enormes prejuízos devido à falta de programação e de acerto de preços de moagem e idade ideal da cana as quais ainda não alcançaram os níveis ideais de ATR”, explicou.

O estudo será elaborado por técnicos das empresas açucareiras e pela Asplan. Entre os dias 20 e 30 de março, representantes da Energisa, empresas açucareiras, Asplan e Sindalcool voltarão a se reunir novamente para planejar ações. A ideia é que o plano de manejo já seja aplicado nestes trechos na próxima safra.

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Presidenta Dilma reabre recursos emergenciais que podem ser utilizados para pagamento da subvenção

dilmavetaCom a iniciativa, o pagamento da subvenção aos canavieiros do NE e RJ está mais próximo de se concretizar

Um decreto publicado no último dia 13, na sexta-feira antes do início do carnaval, reacendeu a esperança de cerca de 30 mil produtores da cana-de-açúcar do Nordeste e do Rio de Janeiro que aguardam o pagamento da subvenção, que tem respaldo na lei 12.999. O decreto reabre recursos emergenciais, contidos na Medida Provisória 666, não utilizados no fim do ano passado. Com a iniciativa, o governo disponibiliza R$ 1,7 bilhão que compõe o superávit primário da União para atender programas específicos não pagos em 2014, entre eles, a subvenção.

 De acordo com o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Lima, o ministro da Fazenda, Joaquim Levi poderá aprovar a regulamentação da referida lei, que continua pendente, impedindo o início do pagamento da subvenção. “Vamos mobilizar os líderes da entidade para buscar apoio político nos estados nordestinos produtores de cana, com o objetivo de solicitar ao ministro a aprovação imediata do decreto regulamentar da lei 12.999, uma vez que a fonte de recurso da subvenção foi reaberta”, destaca Alexandre, lembrando que o decreto já conta com o apoio da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que o aprovou em janeiro.

Ainda segundo o dirigente da Unida, mesmo depois de receber o aval positivo do ministro Levi, os canavieiros terão que aguardar a palavra final de Dilma, já que a liberação da subvenção depende da assinatura presidencial do referido decreto, que dará as diretrizes sobre o pagamento de R$ 12,00 por tonelada de cana, fornecida na safra 2012-13, limitada a 10 mil toneladas por produtor.

Os 30 mil produtores de cana aguardam o benefício desde o mês de julho do ano passado, quando foi publicada a Lei 12.999. Desde então, foram muitos os entraves burocráticos impostos pelo governo federal, impedindo o começo do pagamento da subvenção.

Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, a publicação deste decreto acende uma luz de esperança para os produtores que têm na subvenção um apoio importante para sua sobrevivência na atividade. “O pagamento da subvenção ajuda a repor parte das perdas, não resolve o prejuízo dos produtores, mas ameniza, e muito, a situação, principalmente do pequeno e médio produtor que é a imensa maioria dos beneficiados com o programa da subvenção”, finaliza o dirigente da Asplan.

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Setor agrícola paraibano debate perspectivas e plano de metas estadual para o agronegócio

setor agrucolaO setor agrícola paraibano se reuniu nesta sexta-feira (13), no Centro Cultural Ariano Suassuna, anexo ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), em João Pessoa, para conhecer o plano de metas estadual para o agronegócio. Na ocasião, o ex-ministro da Agricultura (2003-2006) e coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, também teceu palestra apresentando as perspectivas para o agronegócio no Brasil, mostrando que o país pode se tornar líder em produção de alimentos nos próximos anos.

Tendo a cana-de-açúcar como umas das atividades/cadeias produtivas a serem fomentadas pelo Governo do Estado, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) também participou do evento, representada pelo seu vice-presidente, Raimundo Nonato Siqueira e membros da diretoria, além de seus engenheiros agrônomos.

Intitulado de “Ciclo de Palestras”, o evento, promovido pelo Governo do Estado da Paraíba, através de sua Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), reforçou a necessidade de um planejamento de ações para o fomento de atividades agrícolas em âmbito estadual, federal e até mundial.

A primeira palestra foi a do Secretário de Agricultura, Rômulo Montenegro, que apresentou ao público o “Plano de Metas para a Agropecuária da Paraíba”, segundo o qual o Governo elegeu como prioridade cinco cadeias produtivas: Cana-de-açúcar e derivados; Pecuária; Pesca e Aquicultura; Grãos e forragens e Hortifrúti.

Em sua justificativa, Rômulo ressaltou que as cadeias produtivas elencadas vêm se destacando na Paraíba e no Brasil e o Estado tem que agir para fomentar o seu desenvolvimento sustentável. “Somos o maior produtor de mamão do país e também temos grande destaque na produção de leite, portanto, o estado tem que ter politicas públicas para desenvolver essas culturas já estabelecidas, até porque temos um estado com 80% de seu território localizado no semiárido”, disse o secretário, falando também sobre a cana. “Somos o terceiro maior produtor de cana do Nordeste, o segundo na produção de álcool. Não podemos ignorar isso. Termos que sair em defesa deste setor que é o que mais emprega no estado”, continuou Rômulo, garantindo o programa de distribuição de cana-semente aos produtores e o fortalecimento do setor sucroenergético.

O secretário de Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo Filho, também teve uma participação no evento para apresentar as obras do “Canal das Vertentes Litorâneas”, uma ação complementar à Transposição do Rio São Francisco e que vai beneficiar 631 mil pessoas. Além dessa ação, Azevedo também mostrou outras obras hídricas do Governo. “Estamos com um  forte programa de construção de adutoras. São 730 km em adutoras em andamento”, comentou ele na oportunidade.

Para o vice-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Raimundo Nonato Siqueira, o plano apresentado, quando posto em prática será muito bom para o setor. “Foi muito importante essa palestra para cana, que agora figura entre as cinco cadeias produtivas que deve receber apoio do governo para seu desenvolvimento. O plano de distribuição de sementes é uma ação que contenta o setor. Acho que o caminho é realmente o do planejamento de ações. Assim também ficou bem nítido na palestra do Canal das Vertentes, outra ação de grande importância para a agricultura”, destacou o vice-presidente da Asplan, que participou do evento acompanhado do diretor-adjunto da entidade, José Inácio de Morais; do diretor-secretário, Pedro Jorge Coutinho; do diretor-tesoureiro, Oscar de Gouvêa e do vice-diretor secretário, Fernando Rabelo Filho

Palestra do ex-ministro Roberto Rodrigues

Mas o ponto alto do evento foi, sem dúvida, o da apresentação do o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Ele falou durante uma hora sobre as perspectivas para o agronegócio no Brasil e mostrou-se otimista. A mudança dos Ministérios, a pujança brasileira para a produção rural, além da presença de tecnologia e de gente capacitada, para o palestrante, serão pontos de extrema importância para que o Brasil possa se tornar um líder na produção de alimentos.

De acordo com Rodrigues, um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE mostrou que o mundo precisa aumentar sua produção de alimentos em pelo menos 20%, até o ano de 2020 para que exista paz no mundo. Para cada país, a instituição avaliou o possível crescimento, tendo alguns, logicamente, que não conseguirão e outros que chegarão a valores aproximados. Mas o Brasil é o grande destaque desse estudo. Nele, o país aparece com possibilidade de aumentar sua produção de alimentos em pelo menos 40%.

“E podemos sim produzir isso. Temos tecnologia, terra e gente capacitada e, além disso, acho que teremos politica publica. Acho que nesse segundo mandato de Dilma o setor agrícola deve mudar um pouco em função do comando da ministra Kátia Abreu. Ela conhece muito bem o setor e á uma lutadora. Estou confiante”, comentou o palestrante, frisando que o caminho para a paz é a produção de alimentos e a agroenergia, gerada através da cana-de-açúcar.

O vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato, assim como muitos presentes, saíram confiantes também a respeito desse panorama. “Também acredito que a produção de alimentos é o que vai garantir a paz no mundo. Esse é o caminho. Espero que os governos compreendam essa realidade porque só assim eles darão o apoio necessário ao agronegócio com a revisão de suas políticas de crédito, a realização de mais pesquisas e melhorias para o homem do campo”, defendeu o dirigente da Asplan.

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