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Asplan promove palestra para orientar associados sobre importância do georreferenciamento de propriedades

Existe prazo para fazer o georreferenciamento de propriedades rurais no Brasil, mas, alguns donos de imóveis ainda não atentaram para a necessidade de se adequar a Lei Federal nº 10.267/2001. E foi justamente para orientar melhor os produtores canavieiros paraibanos sobre esse assunto e outros correlatos que a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) promoveu, nesta quarta-feira (8), uma palestra com o Tabelião do 2º Tabelionato de Notas de Santa Rita e Doutorando em Direito Constitucional, Yuri Amorim da Cunha. O advogado e assessor jurídico da Asplan, José Lindomar Júnior também participou do evento.

Em sua abordagem o palestrante lembrou que existe um princípio no registro de imóveis que é denominado ‘especialidade objetiva’ e que a partir dele, a matrícula e o título do imóvel deve estar descrito de forma que ele possa ser identificado, caracterizado e localizado. Contudo, explicou Yuri, infelizmente isso não ocorre como deveria em boa parte das propriedades. “Os sistemas de medição de antigamente não eram tão precisos como agora e a maior parte das matrículas foram elaboradas sem a devida técnica por isso o Governo Federal editou a Lei 10.267/2001”, explicou ele.

Segundo Yuri, tal iniciativa teve o objetivo de aprimorar o sistema jurídico e cadastral brasileiro e quem não se adequar a atual realidade e realizar o georreferenciamento de sua propriedade terá problemas que passam pela impossibilidade de transferir o imóvel, seja por venda ou doação, por exemplo. E há prazo para essa adequação. Para imóveis entre 25 e 100 HA, a data limite é o próximo dia 20 de novembro. Já para os abaixo de 25 HA, o prazo se estende até 20 de novembro de 2025.

O palestrante lembrou ainda que a realização do georreferenciamento é importante para descrever melhor o imóvel, fornecendo mais subsídios na matrícula imobiliária para que tanto proprietários como terceiros tenham mais certeza e confiança em eventuais negociações, seja em transferência do imóvel ou dando ele em garantia de alguma negociação. Ele também enfatizou o fato de que sem o georreferenciamento e a certificação pelo INCRA, o proprietário não poderá, após o prazo estabelecido por lei, alienar a propriedade. Durante a palestra, Yuri ainda falou sobre a documentação necessária, os erros mais comuns que são cometidos e discorreu sobre direito de propriedade, lembrando que a legislação brasileira exige que o imóvel deva ser usado com a finalidade de atender ao fim social.

A associada Ana Cláudia Tavares foi uma das que participou da palestra e elogiou a iniciativa do Departamento Técnico e Jurídico da Asplan em promover esses esclarecimentos. “Foi muito esclarecedora a palestra e todas as colocações, pois todos os pontos abordados são questões importantes para produtores rurais e as orientações dadas sobre regularização de imóveis rurais também foram muito oportunas, principalmente, para quem ainda precisa se adequar a legislação ou está tendo dificuldades em fazê-lo, como nós de Santa Rita em função de problemas que enfrentamos com o cartório local”, disse ela.

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Unida elege nova diretoria executiva que vai atuar no triênio 2023/2025 tendo Pedro Neto como presidente

O atual vice-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Pedro Tavares Campos Neto foi eleito, nesta segunda-feira (30), presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-açúcar (Unida). A nova Diretoria Executiva da entidade, que vai atuar no triênio 2023/2025, também tem outros integrantes da Asplan, a exemplo do diretor tesoureiro, Neto Siqueira, que é o atual diretor do DETEC da Asplan e José Inácio, atual presidente da Asplan, que passou a integrar o Conselho Fiscal como suplente. A nova diretoria tem representatividade dos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A eleição ocorreu na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), em Recife, com a presença de representantes de entidades associadas de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Paraíba. O presidente da AFCP, Alexandre Lima, conduziu a reunião. Na ocasião, ele agradeceu a atuação de José Inácio que foi presidente da Unida por dois mandatos e disse que o setor agradece a atuação dele neste período e que continuará contando com sua colaboração na defesa das causas do setor.

José Inácio, por sua vez, lembrou que já deu sua contribuição para a Unida como presidente por dois mandatos consecutivos e confirmou que continuará dando suporte à entidade. “Essa nova geração representada por Pedro Neto, Neto Siqueira e tantos outros precisa começar a comandar nossas entidades, afinal, os veteranos não são eternos e é preciso renovar os quadros para que novos nomes surjam para defender nossas bandeiras e lutar pelo setor”, disse José Inácio que, recentemente, foi reconduzido para mais um mandato como presidente da Asplan.

O presidente eleito, Pedro Neto é de uma família que já planta cana há mais de cinco gerações e se orgulha de vivenciar esse cotidiano em meio aos canaviais e as riquezas que advém do cultivo da cana-de-açúcar. “Sou da quinta geração da família que planta cana. Nasci, cresci e vou continuar perto da cana enquanto Deus quiser. Há 20 anos frequento os órgãos de classe e há 10 participo de diretorias. Sou pernambucano de nascimento e paraibano de coração e planto cana nos dois estados e sou um apaixonado pela cultura e suas potencialidades”, destacou Pedro.

Como dirigente da Unida, ele disse que vai continuar defendendo a bandeira do setor canavieiro e do agronegócio, lembrando que essa bandeira não tem cor partidária. “Nossa bandeira é a cana-de-açúcar. Eu sempre defendi que as associações e entidades de classe não devam ter partidos políticos porque independente de quem está no poder, o que a gente tem que defender são os interesses do setor produtivo porque isso é o que é importante e vital para todos nós”, reiterou Pedro Neto, que também agradeceu a confiança em seu nome. “Saibam que a Unida terá um nordestino determinado defendendo os nossos interesses em Brasília ou em qualquer lugar que eu me fizer presente”, finalizou ele.

 

A nova Diretoria Executiva da Unida ficou assim definida:

Diretor Superintendente – Pedro Tavares Campos Neto

Vice-Diretor Superintendente- Edgar Antunes

Diretor Tesoureiro- Neto Siqueira

Diretor Secretário- Paulo Giovani

Diretor Técnico – Gerson Carneiro Leão

Conselho fiscal – 3 efetivos – Gerson Carneiro Leão, Hermano Augusto de

Almeida Neto e Alexandre Araújo de Morais Andrade Lima.

1º Suplente – José Inácio de Morais Andrade

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Informe Climático – Outubro de 2023

Nº 08/2023 - 26 DE OUTUBRO DE 2023

FENÔMENO EL NIÑO EVOLUI COM MENOR INTENSIDADE E SEUS IMPACTOS DEVEM REDUZIR NO DECORRER DE 2024

CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS

Figura 01 – Anomalia de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) em 26/10/2023. (Fonte: Tropicaltidbits.com).

Sobre o Oceano Pacíficio Tropical, o fenômeno El Niño apresenta lenta evolução e anomalias pouco representativas em relação ao previsto pela grande maioria dos modelos.  Assim, temos que as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) evoluiram aquém do esperado e modula-se um evento com temperaturas em torno de 2,5oC, acima da média, próximo a área do Niño 3.4 (área central do Oceano Pacífico).

Gradativamente às TSM mais aquecidas, do que a média, estão se distribuindo mais para parte central do Oceano Pacífico Tropical evoluindo assim, para um padrão de um El Niño não Canônico, ou seja, não configurando um El Niño padrão e sim um evento classificado como Modoki, com estabelecimento e atuação prevista para final de novembro.

Assim, o atual evento de El Niño gradativemente se desconfigura, dando evolução ao padrão El Niño Modoki que, como efeito direto, promove evoluções favoráveis à precipitações pluviométricas sobre o Nordeste do Brasil (em que ainda transcorre o período normal de estiagem) e também tem caracteristicas de induzir a condição de estiagem na região Amazônica, como de fato está ocorrendo e impactos favoráveis particularmente no setor leste do Nordeste do Brasil (NEB).

Com relação a bacia do Atlântico Tropical, costa leste da América do Sul, a Temperatura da Superfície do Mar ainda predomina com anomalias negativas de TSM, o que é desfavorável a geração de instabilidades para a atmosfera, e que mantêm o tempo com reduzida nebulosidade e sem ocorrência de precipitações, apenas fracas e passageiras.

TENDÊNCIA TEMPO E CLIMA

Figura 02 – Anomalia semanal de temperatura da superfície do mar, com relação a média global período de 21 a 26/10/2023. Áreas circuladas em azul indicam tendência de temperaturas abaixo da média e em vermelho acima. Fonte: www.tropicaltidbits.com

Neste período normal de estiagem sobre o Nordeste do Brasil, no decorrer de praticamente toda a primavera, o clima terá a influência do fenômeno El Nino, mas as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) não estão evoluindo para a configuração de um evento mais representativo e começaram a apresentar uma sensível redução das TSM, nestas últimas semanas, conforme indicativo da figura 02, mostrando um resfriamento em praticamente toda a área de atuação do fenômeno ENOS, com anomalias negativas de TSM ao longo do Ocenao Pacífico tropical leste. 

Deste modo, a tendência climática é que o fenômeno ENOS continue a enfraquecer, em intensidade média e área de atuação, e conforme já previsto o fenômeno ENOS não deverá evoluir plenamente no decorrer do ano de 2024. 

Na figura 02, no quadro azul, pode ser observado que as anomalias de temperatura da superfície do mar estão negativas em praticamente toda a bacia tropical do Pacífico, e no Atlântico tropical, quadro vermelho há um indicativo de aquecimento sobre a bacia tropical leste, e que permanecendo assim, deverá evoluir favoravelmente para a melhoria da qualidade das precipitações pluviométricas no período mais chuvoso da região e deve favorecer o ínicio do período chuvoso do setor leste, desde que, esta tendência, permaneça com essa configuração.

Deste modo, essa oscilação de redução registrada na TSM, no decorrer dessa última semana do mês de outubro, converge com a redução das anomalias de temperatura sobre águas superfícias no Oceano Pacífico tropical e que deve causar uma redução da área de evolução do fenômeno.

Assim, com a mudança gradativa da evolução do fenômeno El Niño sobre a bacia do Pacífico, embora muito lenta e com variações, vislumbra-se uma condição climática com um quadro de melhores perpectivas climáticas para o período mais chuvoso de 2024.

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