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Lavoura de cana paraibana já segue a tendência brasileira de redução de custos com defensivos agrícolas

lavoura cana

Um estudo inédito da consultoria Kleffmann Group mostrou que o Brasil é o país que proporcionalmente, menos utiliza defensivos agrícolas entre os grandes exportadores de alimentos. Segundo a pesquisa, o país conseguiu reduzir em 3% o gasto com defensivos entre 2004 e 2011. No mesmo período, outros exportadores gastaram mais com defensivos: a Argentina passou a gastar 47% mais e os Estados Unidos elevaram os custos com defensivos em 6%. O levantamento abrange todos os produtos agrícolas, inclusive a cana-de-açúcar que, na Paraíba, já vem sendo cultivada com a ajuda de controladores biológicos a algum tempo.

Na Paraíba, por exemplo, os canavieiros contam com um laboratório que é referência no Nordeste na produção de Cotesia Flavipes (Vespas) e Metarhizium Anisopliae (fungos) para o controle biológico de duas grandes pragas que atacam os canaviais paraibanos: a broca-comum (Diatraea spp) e a cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata). O laboratório fica na Estação Experimental de Camaratuba, no município de Mataraca, e está sob a responsabilidade da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Segundo o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, é lá que os produtores de cana e associados encontram a solução para os diversos problemas que enfrentam com custos menores que os empregados no mercado de defensivos químicos e ainda de forma natural.

“Cada vez mais as pessoas se conscientizam em relação à questão ecológica e o uso desses insumos naturais, além de não afetar o meio ambiente, resulta em um melhor controle das pragas e ainda melhora a cadeia produtiva da cana-de-açúcar que terá um ambiente mais livre de defensivos”, destaca o dirigente, lembrando que essa é a tendência de todos que trabalham com o agronegócio. “Ao invés de investir em defensivos, as pessoas estão procurando diluir seus gastos com a adoção de biotecnologias referentes a sementes ou plantas mais fortes para se fazer um uso mais racional dos próprios defensivos ou mesmo nem chegar a usá-los”, disse.

Conforme a pesquisa da consultoria Kleffmann Group, a melhora do Brasil nas estatísticas relacionadas ao uso de defensivos está também atrelada a uma produção cada vez maior, com pequeno aumento de área cultivada – ganho de produtividade – e ajuda do clima, que permite o plantio de duas ou até três safras por ano em um mesmo espaço. “Aqui na Paraíba já estamos tentando crescer verticalmente em produtividade porque não temos espaço para expandir nossa produção. Daí nossos investimentos para a compra de novas variedades de cana mais resistentes e o uso de defensivos biológicos”, concluiu o dirigente da Asplan, Murilo Paraíso.

Vale lembrar que em números absolutos, no entanto, o Brasil – com uma Agricultura tropical e uma maior incidência de pragas e doenças – é o país que mais gasta em defensivos, cerca de USS 7 bilhões em 2011, superando os Estados Unidos, que desembolsaram USS 6,7 bilhões nesse mesmo ano.

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Mudanças em seis ministérios não deve provocar solução de descontinuidade nas ações do Governo Federal

murilo mapaO Brasil já tem seis novos ministros. As mudanças ocorrem nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, das Cidades, da Pesca e Aquicultura, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Turismo. Os novos ministros tomaram posse nesta segunda-feira (17). Esta é a segunda etapa da reforma ministerial, iniciada pela presidenta há pouco mais de um mês.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário, atualmente ocupado por Pepe Vargas, será assumido pelo ex-presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, que já ocupou a pasta no governo Lula. Em Cidades, o vice-presidente da Caixa, Gilberto Occhi, substituirá Aguinaldo Ribeiro.

Clelio Campolina Diniz, reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será o novo titular da Ciência e Tecnologia no lugar de Marco Antonio Raupp. Já o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) ocupará o ministério da Pesca e Agricultura, atualmente conduzido pelo também senador Marcelo Crivella, também do PRB fluminense.

Neri Geller, hoje secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, será o substituto de Antônio Andrade na pasta. Para o lugar de Gastão Vieira no Ministério do Turismo, a presidente anunciou o gerente de assessoria internacional do Serviço Brasileiro às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vinicius Nobre Lages.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, avalia que a mudança não deve atrapalhar os projetos que já estão em andamento. “Como é uma mudança eminentemente política, porque os ex-auxiliares estão deixando os cargos por causa do prazo de descompatibilização da Lei Eleitoral, porque pretendem disputar as eleições, acredito que as ações não sofram soluções de descontinuidade, especialmente, as ligadas à Agricultura que mais nos interessam”, diz Murilo, desejando boa sorte aos novos ministros.


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Frente do Etanol define conjunto de propostas para recuperar setor sucroenergético

roberto rodriguesCom a participação do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol), presidida pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), e o Fórum Nacional Sucroenergético definiram, essa semana, em Brasília, um conjunto de propostas para a recuperação do setor, que enfrenta grave crise com o fechamento de usinas, a redução da produtividade e com preço da gasolina mantido artificialmente pelo governo.

As principais propostas para tirar o setor da crise são a retomada da Cide da gasolina; o aumento da mistura de etanol na gasolina até 27,5%; melhoria da eficiência do motor flex no Inovar-Auto e a intensificação do uso da bioeletricidade gerada a partir da queima da palha e do bagaço da cana-de-açúcar.

Segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, a Frente do Etanol quer contribuir para a superação da crise que atinge indistintamente toda cadeia produtiva e fazer com que o Brasil continue dando exemplo ao mundo produzindo um combustível barato, correto ambientalmente e gerador de emprego e renda. Para ele, o governo federal não pode mais continuar ignorando as dificuldades enfrentadas pelos produtores. “O governo precisa mudar sua postura porque o fechamento de 40 usinas nos últimos três anos significa menos empregos, menor arrecadação de impostos e a necessidade constante de importação de gasolina”, destaca o dirigente canavieiro paraibano.

O ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues considerou “burrice e falta de patriotismo” o descaso do governo com a produção etanol no país. Para ele, a retomada do programa depende de acordo “dentro do próprio governo”, da união do setor e de entendimento entre o Executivo e produtores. O encontro da Frente essa semana em Brasília registrou a presença de vinte parlamentares, dos estados de AL, MG, SP, PR, MT, RN, e CE.

Com informações da Feplana

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