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Reativação de usinas em Pernambuco anima produtores de cana paraibanos

usinas peA notícia de que usinas Cruangi e Pumaty, situadas nos municípios de Timbaúba e Palmares, em Pernambuco, devem ser reativadas dentro em breve animou a classe canavieira também no estado da Paraíba. Segundo o diretor adjunto da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, embora as usinas estejam situadas no estado vizinho, a reativação dessas duas plantas industriais revigorará a atividade como um todo, visto que quanto mais usinas estiveram ativas na região, mais facilidade o produtor de cana também terá para negociar a moagem de sua cana, conseguindo preços mais vantajosos em função da disponibilidade de unidades industriais.

“Essas duas usinas juntas geram em torno de cinco mil empregos na indústria e no campo. Mas os benefícios vão além disso. A reativação delas significa também mais possibilidades de ajuste entre usinas e produtores pela própria oferta de unidades na região”, disse José Inácio, lembrando também que a solução encontrada pelos produtores e usineiros também pode servir à Paraíba. “Aqui também tivemos usinas fechadas e o nosso governo pode observar o exemplo ao lado e tentar salvaguardar a atividade canavieira também aqui no estado”, ressaltou o diretor. A Usina Pumaty e a Cruangi fecharam suas portas em 2012.

Segundo informações que vem sendo divulgadas na imprensa pernambucana e informações da própria Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape), os detalhes da reabertura ainda estão sendo discutidos no âmbito da Secretaria da Fazenda. A ideia é que as usinas voltem a funcionar através de um convenio com governo. Posteriormente, as unidades serão geridas em sistema de cooperativas. No caso da Usina Cruangi, a administração será feita somente pelos canavieiros, ao passo que na Pumaty a administração será compartilhada entre trabalhadores e os proprietários da empresa.

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Dirigente da Asplan participará de Seminário promovido pela Feplana em Brasília

murilo paraisoO presidente da Asplan, Murilo Paraíso, representará a entidade canavieira paraibana

É com o objetivo de discutir temas relacionados ao setor da cana-de-açúcar e promover a troca de experiências entre os associados de entidades ligadas à cultura da cana de todo o Brasil, que a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), realizará, no próximo dia 18,  das 14h às 18h30, o seminário “Cana Legal”.  O evento acontece um dia antes de uma Assembleia Geral Ordinária convocada pelo presidente da entidade, Paulo Leal, no dia 19 de março. O objetivo da assembleia, que ocorre às 9h, é o de apresentar e aprovar da prestação de contas da Federação. Ambos os eventos ocorrerão na sede da FEPLANA, Brasília-DF, Setor Comercial Sul, Quadra 01, Bloco G, Salas 204/206.

Segundo o convite da Feplana, o Seminário terá início com a palestra “Produção de Energia: A Biomassa da Cana”, ministrada pela Técnica da Embrapa Patrícia de Abrão de Oliveira. Em seguida, acontece uma palestra sobre Direito Ambiental:  o novo código florestal e suas implicações atividade rural. O palestrante será Nelson Ananias e João Carlos; Técnicos da área ambiental da CNA. Outra apresentação importante acontece às 16h30 sobre Direito Agrário: externalidades de riscos para o produtor rural. Quem fará a exposição será Rudy Ferraz, técnico da Frente Parlamentar Agricultura – FPA. Para finalizar, às 17h15 o público assistirá à palestra “Políticas públicas: atuação da frente parlamentar pela valorização do setor sucroenergético”, comandada pelo Deputado Arnaldo Jardim, Coordenador da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético.

Já no dia seguinte, 19, data marcada para a Assembleia Geral da Feplana, representantes do setor de todo o país começarão o dia assistindo à apresentação do Dr. Thiago Vinha sobre “Modernização do artigo 64 da lei 4.870/65”. Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, as palestras da Federação são importantes para que os dirigentes de associações estejam sempre atualizados e muito bem informados sobre a situação da cultura da cana no país. “Durante esses eventos da Feplana sempre assistimos a palestras que nos despertam para outro lado de um problema ou realidade, nos dando a amplitude delas. Além disso, nesses encontros, sempre temos contato com pessoas do Governo ou do Congresso, que também nos atualizam sobre questões que aguardamos respostas”, disse o dirigente.

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Pesquisa feita com bases reais e com diversos modelos de carros mostra que etanol é muito mais competitivo do que se diz

cana alcoolA população se habituou e hoje mal questiona a informação de que a relação entre o rendimento do álcool combustível e o da gasolina gira em torno dos 70%. Mas esse paradigma está prestes a ser quebrado. Após anos guardando dados de consumo de etanol e gasolina de seus clientes, uma empresa gaúcha especializada em gerenciamento de frotas resolveu avaliar esses dados e chegou à conclusão de que o etanol, na verdade, apresenta um rendimento médio de 79,52% do desempenho da gasolina. Ao todo, foram pesquisados 410 mil veículos flex fuel que rodaram em 31 meses (agosto de 2009 a março de 2012). A pesquisa foi divulgada no site Valor Econômico – Agronegócio.

Segundo a investigação, feita pela empresa Ecofrotas e pela consultoria KPMG, os veículos que apresentaram o melhor rendimento com etanol foram os da categoria “operacional médio”, na qual estão incluídos modelos como o Ágile e Fox. Com o etanol, essa categoria rodou uma média de 7,94 km com 1 litro. Já com a gasolina esses carros rodaram 9,64 km, o que significou uma relação de 82%. Em segundo lugar ficaram os “executivos” como Astra, Siena, Polo Sedan, Voyage e Vectra, e as “pick ups”, como Saveiro e Fiat Strada. Conforme a pesquisa, esses modelos tiveram um desempenho equivalente a 79% do da gasolina. Já o menor rendimento, de 77%, foi encontrado entre os veículos da categoria “leve” como o Celta, Classic, Clio, Corsa, Uno e Fiesta (motores 1.0 e 1.6).

Mesmo com esses dados, sabe-se que ainda é comum haver resistência dentro das empresas, que não acreditam que o etanol seja vantajoso. Mas, os dados utilizados pela KPMG – retirados de uma base de informações considerada “real”, pois utilizou o consumo de carros que circulam nas ruas e estradas brasileiras diariamente – devem levar a discussão mais adiante, até porque todos de veículos observados também são relativamente novos, visto que foram fabricados entre 2004 e 2011. Além disso, algumas companhias já estão optando pela economia e, com isso, também estão atingindo suas metas de redução de poluentes e estão conseguindo validar créditos ambientais.

A notícia anima o setor sucroalcooleiro que não vê a hora de se confirmar também outras pesquisas que apontam para a elevação para 13% ao ano o crescimento do consumo do etanol no mundo em função do forte aumento do número de carros flex. “A produção e uso dos biocombustíveis sempre foram uma genuína opção de crescimento sustentável deste país. Uma pesquisa como essa com certeza nos anima porque coloca em evidência um combustível limpo e, porque não, competitivo também”, disse o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba – Asplan, Murilo Paraíso, frisando, no entanto, a falta de incentivo para a produção da cana, que passa por diversos problemas, inclusive, pela falta de um marco regulatório para a produção do álcool.

Vantagens para a Paraíba

Com uma produção estimada em cerca de 6 milhões de toneladas de cana a cada safra, produzida numa área de cerca de 130 mil hectares, o setor canavieiro paraibano é de fundamental importância para a economia do Estado, a ponto inclusive de estar entre os três maiores produtores de cana do Nordeste, ficando atrás apenas dos estados de Alagoas e Pernambuco, que são tradicionalmente os maiores produtores da região. Além disso, a Paraíba é majoritariamente alcooleira enquanto os demais estados do Nordeste produzem mais açúcar que álcool. O incentivo para a produção e uso do etanol, portanto, tende a estimular a economia paraibana em diversos aspectos e elevar a qualidade de vida de milhares de pessoas que dependem da produção canavieira direta ou indiretamente.

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