A notícia de que usinas Cruangi e Pumaty, situadas nos municípios de Timbaúba e Palmares, em Pernambuco, devem ser reativadas dentro em breve animou a classe canavieira também no estado da Paraíba. Segundo o diretor adjunto da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, embora as usinas estejam situadas no estado vizinho, a reativação dessas duas plantas industriais revigorará a atividade como um todo, visto que quanto mais usinas estiveram ativas na região, mais facilidade o produtor de cana também terá para negociar a moagem de sua cana, conseguindo preços mais vantajosos em função da disponibilidade de unidades industriais.
“Essas duas usinas juntas geram em torno de cinco mil empregos na indústria e no campo. Mas os benefícios vão além disso. A reativação delas significa também mais possibilidades de ajuste entre usinas e produtores pela própria oferta de unidades na região”, disse José Inácio, lembrando também que a solução encontrada pelos produtores e usineiros também pode servir à Paraíba. “Aqui também tivemos usinas fechadas e o nosso governo pode observar o exemplo ao lado e tentar salvaguardar a atividade canavieira também aqui no estado”, ressaltou o diretor. A Usina Pumaty e a Cruangi fecharam suas portas em 2012.
Segundo informações que vem sendo divulgadas na imprensa pernambucana e informações da própria Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape), os detalhes da reabertura ainda estão sendo discutidos no âmbito da Secretaria da Fazenda. A ideia é que as usinas voltem a funcionar através de um convenio com governo. Posteriormente, as unidades serão geridas em sistema de cooperativas. No caso da Usina Cruangi, a administração será feita somente pelos canavieiros, ao passo que na Pumaty a administração será compartilhada entre trabalhadores e os proprietários da empresa.